sexta-feira, 2 de julho de 2010

Reflexão Dominical - 04/07/2010

XIV Domingo do Tempo Comum


       1 – A salvação não é uma prerrogativa nossa, uma conquista, mas é DOM de Deus. É Ele que nos cria, é Ele que nos chama à santidade, é Ele que nos salva. E a expressão plena dessa salvação dá-no-la Jesus Cristo no alto da Cruz, sinal de entrega, de oblação, sacrifício de substituição pelos nossos pecados, para nossa salvação e salvação da humanidade inteiramente.
       O profeta Isaías lembra-nos a promessa de Deus: Ele virá para nos salvar. "Como a mãe que anima o seu filho, também Eu vos confortarei: em Jerusalém sereis consolados. Quando o virdes, alegrar-se-á o vosso coração e, como a verdura, retomarão vigor os vossos membros. A mão do Senhor manifestar-se-á aos seus servos" (Primeira Leitura).
       A vinda de Jesus Cristo, a Sua morte e ressurreição, onde se realiza a salvação da humanidade é o cumprimento pleno da vontade de e das Suas promessas a favor de todo o povo.

       2 – A alegria e a confiança de nos sabermos salvos em Jesus Cristo levar-nos-á, com generosidade e entusiasmo, a anunciar a todos os povos esta certeza de que Deus nos ama, e que quer a nossa salvação. No entanto, diz-nos Jesus, "a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho".
       É também Deus que suscita os servidores do Seu Evangelho. Cabe-nos, pela oração, pedir trabalhadores para a messe do Senhor, e pela oração preparar-nos para acolher a Palavra de Deus, preparando também os nossos irmãos na fé.

       3 – No serviço do Evangelho, a que todos como cristãos somos chamados, tal como toda a Igreja, há-de sobrevir a humildade de quem se sabe portador de uma grande graça. Só nesta disponibilidade poderemos encontrar-nos com o amor de Deus.
       As palavras de São Paulo a este propósito são sintomáticas: "Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Segunda Leitura).
       Em meio de contendas e de algumas críticas infames, o Apóstolo testemunha, aos gálatas, a sua vida como Apóstolo, ao serviço do Evangelho, nas mais variadas situações, terminando que o faz não para se gloriar, mas para mostrar o quanto Cristo n'Ele operou a favor das comunidades.
       Jesus, envia 72 discípulos a anunciar a Boa Nova do reino de Deus. No regresso, acolhe-os com satisfação, escuta-os com agrado e canaliza as suas alegrias: "Não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos antes porque os vossos nomes estão escritos nos Céus".
       A confiança com que partiram, a presença de Deus durante o anúncio, durante a missão, e alegria de saberem que Deus os salva e que através deles chama outros à salvação.
       Assim com os primeiros discípulos, assim connosco, discípulos e apóstolos deste tempo.
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Textos para a Eucaristia (ano C): Is 66,10-14c; Gal 6,14-18; Lc 10,1-12.17-20

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