Assim fala o Senhor Deus a Jerusalém: «Procederei contigo como tu procedeste, pois faltaste ao juramento e quebraste a aliança. Mas lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo nos dias da tua juventude e estabelecerei contigo uma aliança eterna. Tu recordarás o teu comportamento e sentirás vergonha, quando Eu te der como filhas as tuas irmãs, as mais velhas e as mais novas do que tu, mas não em virtude da tua aliança. Porque Eu restabelecerei a minha aliança contigo e então reconhecerás que Eu sou o Senhor, de modo que te lembres do passado e te humilhes e não voltes a abrir a boca de vergonha, quando Eu te perdoar o que fizeste – diz o Senhor Deus» (Ez 16, 59-63). Diante da traição, da calúnia, da mentira, da injúria, o ser humano (quase) sempre reage instintivamente, por defesa e por sobrevivência, contrapondo, vingando, remoendo, querendo devolver a ofensa de que foi vítima. É conhecida a expressão bíblica, olho por olho, dente por dente, a chamada lei de talião.
Em Deus eleva-se ao infinito o que há de melhor em nós. Diante da infidelidade do povo, Ele mantém a aliança, perdoando toda a ofensa, por mais grave que seja. E, finalmente, estabelecerá uma aliança eterna,, que para nós cristãos se realiza plenamente em Jesus Cristo.
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