quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Madre Teresa de Calcutá - 100 anos

       Em Skopje, capital da Macedónia, pequena cidade com cerca de vinte mil habitantes, nasceu, a 26 de Agosto de 1910, Ganxhe Bojaxhiu. A sua família era católica e pertencia à minoria albanesa que vivia no Sul da antiga Jugoslávia. Um dia após o seu nascimento, Ganxhe recebeu o Baptismo e a sua educação teve lugar numa escola estatal durante os tristes anos da Primeira Guerra Mundial. Com um timbre de voz muito suave e harmonioso, a pequena Ganxhe tornou-se solista do coro da igreja da sua aldeia e, mais tarde, chegou a dirigir esse mesmo coro paroquial.
       Em 1912, quando Ganxhe tinha apenas dois anos, Skopje libertou-se do domínio turco e conseguiu a sua independência. Tornou-se a capital da República albanesa da Macedónia. Poucos anos depois, caiu sob o poder sucessivo da Sérvia, Grécia e Bulgária.
       Na célula familiar, e devido ao fervor religioso de sua mãe, Drana, a menina começou a dar sinais de vocação religiosa. Tinha na altura 12 anos. Ganxhe Bojaxhiu e seus dois irmãos mais velhos - Age e Lázaro - mantinham uma relação agradável. Lázaro, que morreu em 1981, chegou a relatar que naquela família “nada faltava porque o pai tinha um negócio de materiais de construção, em sociedade com um italiano, e possuía duas casas com jardim”.
       Com a morte do pai surgiram dificuldades financeiras, mas a religiosidade naquela família intensificou-se. Nas idas de Drana e seus filhos ao Santuário da Virgem de Letnice, a mais nova da prole – a futura Teresa - gostava de ficar sozinha durante os ofícios religiosos. O mesmo acontecia nas visitas diárias à Igreja da Paróquia do Sagrado Coração. “Ganxhe permanecia horas em silêncio” – relatou a mãe.
       Para além desta vivência espiritual, o Pe. Frnajo Jambrekovic descobriu que Ganxhe gostava muito de ler os relatos dos missionários. Leitora assídua deste género literário-religioso, a jovem «perdia horas» a beber as crónicas que os jesuítas de Skopje enviavam sobre o seu trabalho missionário na Índia. “Não tinha completado ainda 12 anos, quando senti o desejo de ser missionária" - contou, mais tarde, Madre Teresa.

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