quarta-feira, 11 de julho de 2012

Para o amor, nenhum sacrifício é demasiado grande

       Para o amor, nenhum sacrifício é demasiado grande; de facto, só se pode sacrificar o que se mama. Sacrificar o que não se ama é até demasiado fácil: o difícil é oferecer a Deus o amor verdadeiro da nossa vida! Diz Kierkegard: «Abraão ama Isaac com toda a alma e quando Deus lho pede, ama-o, se possível, ainda mais; só assim pode fazer dele um sacrifício». Abraão só pode sacrificar Isaac porque o ama infinitamente. A Deus não se oferece o refugo do coração, pois só se pode oferecer-lhe o amor maior... Crer é oferecer o Isaac do seu coração, o único, o amado, oferecê-lo a Deus, porque só Ele é digno desta oferta e deve ser amado assim. Morrer para nascer. Perder-se para encontrar-se...
       A fé consiste em: crer na possibilidade impossível de Deus, confiar em Deus, apesar do silêncio de Deus, não obstante a noite escura das suas exigências impossíveis.O homem da fé sabe que Deus é Deus e que é preciso confiar em Deus sem condições. Na verdade, também Deus vivi a sua noite por amor aos homens, também Ele como Abraão oferecerá por nós o Isaac do Seu coração...

BRUNO FORTE, As quatro noites da salvação, Prior Velho, Paulinas 2009.

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