terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Editorial Voz Jovem - Rostos do Ano da Fé

       1 – O ano da Fé, iniciado no dia 11 de outubro de 2012 e que terminará no dia 24 de novembro do corrente ano, na solenidade de Cristo Rei, há de levar-nos a um testemunho mais luminoso.
       Os santos, ainda que tenham vivido em outros tempos e contextos, ajudam-nos a visualizar a vivência concreta, alegre, corajosa da FÉ.
       No mês de janeiro celebramos vários santos. Destacámos sobretudo o mártir São Sebastião, Padroeiro principal da Diocese de Lamego. Em todas as Igrejas da Diocese existe (pelo menos) uma imagem de São Sebastião e que deveria presidir a todas as procissões em honra dos santos.
       2 – Vejamos as várias invocações neste primeiro mês do ano, iniciado com a solenidade de SANTA MARIA MÃE DE DEUS, em dia Mundial da Paz.
       Dia 2: Basílio Magno e Gregório de Nazianzo, Bispos de doutores da Igreja; dia 7: São Raimundo de Penaforte, Presbítero; dia 10: Beato Gonçalo de Amarante, Padroeiro de Valença do Douro; dia 17: Santo Antão, Abade, Padroeiro da Desejosa; dia 20: mártir São Sebastião, Padroeiro da Diocese de Lamego e da Balsa e São Fabiano, Papa e mártir; dia 21: Santa Inês, Virgem e Mártir; dia 22: São Vicente, diácono e mártir, Padroeiro das Dioceses de Lisboa e do Algarve; dia 24: São Francisco de Sales; dia 25: Conversão de São Paulo; dia 26: São Timóteo e São Tito, Bispos, discípulos de São Paulo; dia 28: São Tomás de Aquino; dia 31: São João Bosco, Presbítero.
       3 – São Sebastião, Padroeiro Principal da Diocese de Lamego, naquilo que a tradição assimilou e transmitiu, é um exemplo como a fé ajuda a ultrapassar os obstáculos da vida e como o cristão se pode santificar nas mais diversas profissões e/ou ocupações. Mais forte que tudo, é o amor a Deus.
       Terá nascido em Narbona, sul de França, de uma família nobre, em meados do século III. Os seus pais seriam de Milão, onde cresceu até se mudar para Roma. Soldado romano vinculado à guarda pretoriano do grande perseguidor da Igreja, Diocleciano, responsável por demasiados martírios de cristãos. Mudou-se para Roma, onde a perseguição era mais intensa e feroz, para testemunhar a fé e defender os cristãos.
       Cai nas graças do imperador, sendo nomeado capitão/comandante da Guarda Pretoriana, mas logo a defesa da fé cristã lhe trará a morte. Animava os cristãos condenados a não desfalecerem. Entretanto foi denunciado por Fabiano, então Governador Romano. Diocleciano acusa-o de ingratidão. Preso a uma árvore, é cravado com flechas, até o julgarem morto. Santa Irene encontrou-o ainda com vida, levou-o para casa e tratou-lhe as feridas. Depois de restabelecido voltou junto do imperador, para defender os cristãos, condenando-lhe a impiedade. Este mandou que fosse chicoteado até à morte e depois deitado à Cloaca Máxima, o lugar mais imundo de Roma. O corpo foi recuperado e sepultado nas catacumbas da Via Ápia.
       Testemunhou a fé, com coragem e alegria, a partir da sua vida, como jovem soldado, cristão. Daqui se conclui que a santidade é possível em qualquer trabalho, em qualquer vocação, em qualquer compromisso humano.
       4 – Passaram alguns séculos, mas o número de mártires continua a ser demasiado elevado. No último ano civil, 2012, 105 mil cristãos deram a vida pela fé. A palavra martírio é traduzível por testemunha. O mártir é testemunha eloquente da fé em Jesus Cristo. Como cristãos, todos devemos tornar-se testemunhas de Jesus Cristo, dando a vida nos gestos e nas palavras.

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