quinta-feira, 28 de março de 2013

Carta a Jesus numa Quinta-feira

       A quinta-feira é dedicada ao sacerdócio e à Eucaristia.
       Foi na Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia, que Jesus instituiu o sacerdócio e a Eucaristia: "Fazei isto é memória de Mim". São os dois temas principais do Ano Pastoral na nossa Diocese de Lamego. O Ano Sacerdotal, convocado pelo Papa Bento XVI, por ocasião do 150.º aniversário da morte do Santo Cura d'Ars, e a Eucaristia, como proposta do nosso Bispo, D. Jacinto, para o último ano do terceiro triénio do seu pontificado à frente da Diocese de Lamego.
       O texto que se segue, em forma de carta a Jesus, ajuda-nos a situar-nos diante deste grandiloquente mistério:

 Meu querido Jesus
       Hoje é Quinta-feira, dia da semana em que a Igreja faz memorial da instituição da Eucaristia, a graça imensa que nos quiseste dar durante a Última Ceia.
       Por isso mesmo, querido Jesus, quero-te pedir perdão por todas as vezes em que participo na Santa Missa e apenas está presente o meu corpo, porque a minha cabeça, os meus pensamentos e às vezes até o meu coração, vagueiam pelos meus problemas do dia-a-dia, por tantas situações que nada têm a ver com aquele momento, e por isso mesmo não me deixo envolver na Tua presença de amor.
       Peço-Te perdão também, por todas as vezes em que Te recebo como alimento para a vida de fé que me deste, e o faço de um modo rotineiro, como se de um hábito “mecânico” se tratasse, quase não dando conta do extraordinário Mistério que nos deixaste para nossa Salvação, não realizando sequer que és Tu mesmo que Te dás como Alimento a mim, pobre pecador.
       Peço-Te perdão ainda, querido Jesus, porque às vezes, depois de Te receber em mim, em vez de Te adorar, amar e louvar, apenas penso em pedir, pedir para mim e para os outros, querendo mais ser consolado do que consolar.
       Querido Jesus, perdoa-me também, por todas as vezes em que tenho tanta pressa para me ir embora, quase não deixando a Santa Missa acabar, e sobretudo não Te agradecendo a graça de mais uma Eucaristia a que me chamaste a participar, a celebrar, para por mim e por todos Te entregares.
       E também, meu adorado Jesus, perdoa-me por tantas vezes criticar o Sacerdote, porque demora muito ou pouco, porque a homília não me agrada, e até pela crítica e julgamento que tantas vezes faço daqueles que acolitam, lêem, ou ajudam na distribuição da Comunhão.
       Pobre de mim, que mesmo na Tua presença real e verdadeira, tantas vezes me deixo levar pelos meus orgulhos e vaidades, em vez de baixar a cabeça e humildemente dizer: «Senhor, eu não sou digno…».
       Tem piedade, querido Jesus, deste pobre pecador, que apesar da sua fraqueza, crê em Ti, confia em Ti e Te agradece pelo Teu infinito perdão, pelo Teu eterno amor, pela Tua entrega permanente, por todos e por mim, ao Pai.
       Dá um beijo a Tua Mãe e diz-lhe que eu confio muito n’Ela, e que preciso muito que me guie no caminho da humildade, no caminho do Sim.
       Intercede por todos e por mim junto do Pai Criador e não Te esqueças, querido Jesus, de derramares em todos e em mim, como eu fracos e pecadores, o Espírito Santo que coloca a oração em nós e nos ensina, (como ensinou Tomé), a dizer: «Meu Senhor e meu Deus!»
       Um abraço e um beijo deste Teu irmão muito pequenino, pobre pecador, que Te quer amar cada vez mais e Te pede a Tua Bênção de amor.
Joaquim, in Que é a Verdade?

Outras cartas a Jesus: Segunda-feira; Terça-feira; Quarta-feira, e Sexta-feira.

Silêncio da Palavra na Cruz

       Por fim, a missão de Jesus cumpre-se no Mistério Pascal: aqui vemo-nos colocados diante da «Palavra da cruz» (cf. 1 Cor 1, 18). O Verbo emudece, torna-se silêncio de morte, porque Se «disse» até calar, nada retendo do que nos devia comunicar. Sugestivamente os Padres da Igreja, ao contemplarem este mistério, colocam nos lábios da Mãe de Deus esta expressão: «Está sem palavra a Palavra do Pai, que fez toda a criatura que fala; sem vida estão os olhos apagados d’Aquele a cuja palavra e aceno se move tudo o que tem vida». Aqui verdadeiramente comunica-se-nos o amor «maior», aquele que dá a vida pelos próprios amigos (cf. Jo 15, 13).
       Neste grande mistério, Jesus manifesta-Se como a Palavra da Nova e Eterna Aliança: a liberdade de Deus e a liberdade do homem encontraram-se definitivamente na sua carne crucificada, num pacto indissolúvel, válido para sempre. O próprio Jesus, na Última Ceia, ao instituir a Eucaristia falara de «Nova e Eterna Aliança», estabelecida no seu sangue derramado (cf. Mt 26, 28; Mc 14, 24; L c 22, 20), mostrando-Se como o verdadeiro Cordeiro imolado, no qual se realiza a defi nitiva libertação da escravidão.
       No mistério refulgente da ressurreição, este silêncio da Palavra manifesta-se com o seu significado autêntico e definitivo. Cristo, Palavra de Deus encarnada, crucificada e ressuscitada, é Senhor de todas as coisas; é o Vencedor, o Pantocrator, e assim todas as coisas ficam recapituladas n’Ele para sempre (cf. Ef 1, 10). Por isso, Cristo é «a luz do mundo» (Jo 8, 12), aquela luz que «resplandece nas trevas» (Jo 1, 5) mas as trevas não a acolheram (cf. Jo 1, 5). Aqui se compreende plenamente o significado do Salmo 119 quando a designa «farol para os meus passos, e luz para os meus caminhos» (v. 105); esta luz decisiva na nossa estrada é precisamente a Palavra que ressuscita. Desde o início, os cristãos tiveram consciência de que, em Cristo, a Palavra de Deus está presente como Pessoa. A Palavra de Deus é a luz verdadeira, de que o homem tem necessidade. Sim, na ressurreição, o Filho de Deus surgiu como Luz do mundo. Agora, vivendo com Ele e para Ele, podemos viver na luz.

Bento XVI, Verbum Domini, n.º 12.

terça-feira, 26 de março de 2013

Busco Tus huellas Señor Jesus


A nossa tradução/adaptação:
De Ti, nasce a luz; de Ti, toda a verdade
em Ti, posso encontrar a liberdade!

Busco Teus passos Senhor Jesus
Busco palavras de eternidade
Quero encontrar essa luz sem fim
Quero encontrar a verdade.

O meu desejo é viver em Ti
Quero fazer a Tua vontade
Que mais, Senhor, posso eu querer
Se és Tu, minha liberdade.

Diz-me, Senhor, que hei-de eu fazer
P’ra iluminar toda a escuridão
Diz-me, Senhor, como conseguir
Ser uma luz de verdade.

Estou convencido que sem Teu amor
Tudo se encerra na solidão
Somos escravos de uma ilusão,
Se connosco não estás.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Domingos de Ramos e Via-sacra

       A Semana Santa inicia com o Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, com destaque para a bênção dos Ramos e a proclamação do Evangelho da Paixão, este ano seguindo o evangelista São Lucas. Na paróquia de Tabuaço, apresentamos imagens da celebração da bênção dos Ramos, na Capela de Santa Bárbara, seguindo-se a procissão até à Igreja e a celebração da Santa Missa, e ao início da noite, a Via-sacra, na Igreja Paroquial, com a participação de vários grupos, à cabeça com as catequistas e catequese, mas incluindo acólitos, grupo coral, elementos do conselho económico, jovens...
Para ver outras imagens, visitar o perfil da Paróquia de Tabuaço no facebook

domingo, 24 de março de 2013

Encontro de Francisco com Bento XVI

        A meu ver, uma forma simples de desmistificar o encontro foi mostrá-lo, evitando que se fique muito tempo a criar palavras ou factos ou possibilidades:

sexta-feira, 22 de março de 2013

Bento XVI - HUMILDADE - Francisco

       A partilha deste post deve-se ao facto de também nós sermos de opinião que o preconceito em relação ao Cardeal Ratzinger, quando eleito Papa, se tornar por de mais evidente com a sucessão. A atitude das pessoas em geral e dos meios de comunicação social em particular acentuam muitos preconceitos.
       Por ser alemão? Por ser Prefeito da Doutrina da Fé, por ser muito conhecido, por ser o garante da fidelidade a Jesus Cristo e ao Evangelho, por suceder a um Papa carismático, que permaneceu durante quase 27 anos? Certamente muitos destes motivos pesaram...
       Francisco andava de autocarro... Bento XVI andava a pé e entrava com gatos no Vaticano... Simpatia. O então Cardeal Ratzinger cumprimentava todas as pessoas que encontrava e era dos mais dialogantes nas diversas reuniões... Sapatos - Francisco usa os seus, são certamente mais confortáveis, Bento XVI calçava os sapatos feitos por um sapateiro italiano, o mesmo que os fazia para João Paulo II, também desta forma se valoriza o trabalho de uma pessoa simples (ainda que depois alguém se lembrasse de dizer que os sapatos eram prada)...
       A pobreza... Bento XVI escreveu uma Carta Encíclica toda dedicada à CARIDADE... em qualquer texto de João Paulo II ou de Bento XVI a opção pelos pobres é evidente, não é uma descoberta recente do Papa Francisco que muito respeitamos. Quantas vezes estes predecessores afirmaram a necessidade da Igreja ser pobre e para os pobres?
       Muitos dizem que a Igreja é muito rica, mas com a sua riqueza material e também espiritual é das instituições que está na primeira linha a ajudar os mais débeis da sociedade: hospitais, lares, centros de dia, creches, apoio a mães solteiras, apoio a toxicodependentes, as pessoas com SIDA... por todo o mundo, que inclui Portugal.
       Paramentos... quando veio a Portugal foram oferecidos ao Papa mais paramentos do que aqueles que ele poderia usar... e agora deitam-se foram para não ostentar solenidade? Ou vão delapidar o património cultural e imóvel para ajudar os pobres, ficando sem o património, sem estruturas e sem meios para ajudar? E por que é que as pessoas que falam tanto na necessidade de ajudar os pobres com a riqueza dos outros, não pegam nas jóias de família, nas alianças de casamento, vendendo-as e dando o dinheiro aos pobres?
       Já viram quantas famílias riquíssimas deixaram cair palácios por falta de dinheiro?
       O acolhimento a Francisco é mais que justo e merecido. O preconceito em relação a Bento XVI foi sendo ultrapassado à medida que as pessoas o foram conhecendo para lá da informação mediática... Fica o texto...

In Católico com muito orgulho, a partir de: Gazeta do Povo – Por Marcio Antonio Campos

       A simplicidade e a humildade serão, de fato, características marcantes do pontificado do papa Francisco. Praticamente toda reportagem faz questão de ressaltar esses pontos, que são, realmente, elogiáveis. No entanto, a maior parte dos relatos da imprensa também faz questão de estabelecer um antagonismo entre Francisco e seu antecessor, Bento XVI. Não basta saber que o anel do novo papa é de prata, banhado a ouro; é preciso citar o de Ratzinger, feito de ouro maciço. Elogia-se o papa que mantém a cruz peitoral de ferro dos seus tempos de bispo, ao mesmo tempo em que se lembra que Bento XVI usava cruzes de ouro. A impressão é de que se pretende levar o leitor a pensar “esse, sim, é um bom papa, não é como o anterior”, como se um conclave fosse um concurso de simpatia.
       O mote começa a beirar o exagero quando cerimônias como a do início do pontificado são elogiadas por sua “simplicidade” em contraposição às liturgias de Bento XVI. Na verdade, a missa em quase nada foi diferente do que teria sido se o papa anterior a tivesse celebrado. É verdade que o novo pontífice não parece demonstrar o mesmo interesse pela liturgia que tinha Bento XVI, mas é preciso levar em consideração que Ratzinger jamais viu nas vestes litúrgicas um instrumento de ostentação e autopromoção. Sua visão da beleza como elemento apologético está bem documentada em sua obra. E, simplicidade por simplicidade, Bento sempre fez questão de usar adereços litúrgicos – cada um deles carregado de simbologia, ou seja, não se trata de mero enfeite – já usados por outros papas e pertencentes ao Vaticano, com custo zero.
       Francisco se sente muito à vontade entre a multidão, mas é até injusto comparar um pontífice com décadas de experiência pastoral com um acadêmico introvertido que fez praticamente toda a sua carreira eclesiástica em universidades e na Cúria Romana. E, mesmo assim, Bento nunca fugiu dos fiéis ou nunca se mostrou avesso ao contato com as pessoas. O “abraço coletivo” que ganhou dos dependentes de drogas na Fazenda Esperança, em Guaratinguetá (SP), é um dos momentos mais tocantes de sua visita ao Brasil, em 2007.
       A julgar pelas repetidas menções que faz a seu “amado predecessor”, muito provavelmente o próprio papa Francisco rejeitaria comparações de estilo com a intenção de diminuir Bento XVI ou fazê-lo parecer fútil com suas cruzes douradas e sapatos vermelhos. Mas é difícil imaginar que os elogios ao papa simples e humilde vão continuar quando ele começar a se pronunciar sobre os tais “temas polêmicos” a respeito dos quais a imprensa sempre espera, em vão, por mudanças. Aí se perceberá que Bento XVI e Francisco não são tão diferentes quanto parecem.
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Outra curiosidade que achei espantosa. Na comparação com Bento XVI, o Papa Francisco deslocou-se na praça de São Pedro de jipe, isto é, Papa-móvel descoberto, no dia de início de pontificado, como se Bento XVI andasse sempre no Papa-móvel fechado -ainda que por questões de segurança seja defensável, mas também depende do tempo atmosférico:
(Bento XVI num jipe, que nem é papal
 Bento XVI no Papa-móvel jipe, em diferentes ocasiões...
E neste outro Papa-móvel, oferecido ao Vaticano pela Mercedes, há diferenças substanciais? Além da cobertura?
Francisco no Papa-móvel, no início de Pontificado. Acham que deslocar-se num ou outro Papa-móvel faz muita diferença?

quinta-feira, 21 de março de 2013

Joseph Ratzinger - Cooperador da Verdade


Solenidade de São José - Dia do Pai

       No passado dia 19 de março, celebrou-se a solenidade de SÃO JOSÉ, Patrono Universal da Igreja. Foi também o dia para assinalar a figura do pai, dos nossos pais. Nas comunidades paroquiais de Tabuaço e de Távora, e no âmbito da catequese, lugar para que as crianças/adolescentes promovessem a festividade deste dia. Em Tabuaço, a Eucaristia solenizada pelo Grupo Coral da Catequese, encenação do Evangelho - Parábola do Filho Pródigo -, e no momento de ação de graças, leitura de um poema e distribuição pelos pais de um cravo e um cartão.
       Em Távora, a distribuição de um cartão também alusivo a São José e ao pais, no ofertório, e, no momento de ação de graças pequenas frases das crianças sobre os seus pais, o que se alargou também ao grupo coral.
       Ficam algumas imagens, que podem ser visualizadas nos respetivos perfis no facebook: Paróquia de Tabuaço || Paróquia de Távora.





quarta-feira, 20 de março de 2013

O Pai é o que assiste com mais amor

"A parábola do filho pródigo e uma reflexão sobre o tema.
- O Pai é paciência infinita
- O Pai é respeito infinito
- O Pai é generosidade sem limites
- O Pai é amor que persegue
- O Pai é amor que sabe sofrer sem pesar nos outros
- O Pai é amor sempre operante
- O Pai é esperança respeitosa
- O Pai é ternura que sabe derramar o Seu Sangue em silêncio
- O Pai é criatividade, que sabe arriscar
- O Pai é Aquele que quer a todo o custo a salvação do seu filho
- O Pai é aquele que quer arrancar o filho do mal!
Então, continua a contar Jesus:
       Então aquele filho foi guardar os porcos para não morrer de fome. Queria comer ao menos as alfarrobas dos porcos, mas ninguém lhas dava.
       Era a maior humilhação. Nós sabemos que para um Hebreu, tocar um porco era ficar impuro, era não poder mais rezar nem ler a Escritura, não podia entrar no templo ou na Sinagoga.
       A vida ensina que há coisas que nunca conhecemos enquanto não as experimentamos.
       Mas, como Deus é amor operante, também permite estas coisas para que o pecador reentre em si, com a sua experiência pessoal. Deus conduz-nos pela mão com infinita paciência.

Jesus explica-nos quem é o Pai e continua:
       O Pai, é aquele que não abandona ninguém, antes pelo contrário, é aquele que assiste com mais amor quem necessita mais de Ti.
       Então eis que começa o primeiro passo para o Sacramento do Perdão. Diríamos nós, para a confissão.

Diz o Evangelho:
       "Então reentrou em si mesmo e disse: Quantos jornaleiros na casa do meu Pai têm pão em abundância e eu aqui morro de fome; levantar-me-ei e irei ter com meu Pai ".
       Cessa finalmente a resistência, triunfa o bom senso. A provação ajuda a ver o que é o egoísmo que não deixava ver e aquele jovem começa a pensar. Nós somos seres sem juízo como as crianças...!
       E o Pai, com paciência nos conduz. Obrigado, ó Pai, por tudo quanto fazes por nós, Tu tens a arte de tocar o nosso coração e de levar cada uni de nós ao Sacramento.
       E para alguns de nós, se calhar, o Pai teve que trabalhar tanto para nos trazer aqui...
       E o rapaz finalmente diz: levantar-me-ei e irei ter com Meu Pai e Lhe direi: "Pai pequei contra o Céu e contra Ti; já não sou digno de ser chamado teu, filho!"

       Neste momento, no coração do Filho, o Pai amadurece a vontade que o leva a tomar uma decisão: voltarei para o Pai, voltarei para o Sacramento da Reconciliação.
       O Pai é paciência, o Pai é tolerância, o Pai é amor infinito que trabalha constantemente no coração do homem e que nós nunca saberemos compreender: Porque ele manda situações duras, humilhações, sofrimentos, vergonhas, confrontações até que apareça o arrependimento.

Nesta altura o rapaz diz:
       Pequei, pequei, trata-me como o último dos teus servos...
       Então, partiu e foi: eis o SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO!
       É mesmo assim, quando decidimos, pronto: estamos preparados para o sacramento do Perdão.

       E Jesus explica:
       O Sacramento é voltar para a casa! Voltar para os braços do Pai, é o arrependimento, é Reparação: trata-me como um dos teus servos.

Notemos que também esta decisão é uma graça do Pai;
é o arrependimento que se torna eficaz,
é o arrependimento que se torna acção,
é o arrependimento que se torna reparação.
Eis que assim nós vemos que o Pai não somente ama,
mas reconstrói dentro de nós com uma paciência infinita,
com o sofrimento e a dor.
O Pai dobra a vontade do filho.
O Pai trabalha no coração do homem com amor infinito
que nunca compreenderemos:
situações duras, humilhações, sofrimentos, vergonha etc.
até que apareça o arrependimento.
       E então o jovem diz finalmente:
       irei e lhe direi: Pequei. Trata-me como o último dos teus servos...
       Levantou-se e partiu!

       Eis o Sacramento: o Sacramento é voltar para os braços do Pai, o arrependimento é reparação bem definida.

       Notemos ainda: antes o amor do filho era muito frágil, depois, o Sacramento do Perdão reconstrói em nós uma criatura nova!
       "Correu para ele, abraçou-o"!
       Diante deste gesto, cada um de nós pode rezar assim: "Pai, eu posso cometer os mais horríveis crimes
(como sabemos este filho tinha destruído todo o seu património...), mas nenhum delito é tão grande até ao ponto de ser capaz de travar o Teu amor. Antes, quanto maior for o delito, mais nos dispensas ternura e amor". Tu beijas o filho, e o levas a retribuir-te o beijo!
       E que faz o filho?"

terça-feira, 19 de março de 2013

Ratzinger - Cooperador da Verdade

       A expressividade do então Cardeal Joseph Ratzinger, mesmo que não se perceba o que diz, faz sobressair uma pessoa bem disposta, bem humorada, que interage com as pessoas que tem à sua frente, com naturalidade espontânea...


Solenidade de São José, Esposo de Maria

Nota biográfica:
       Nos desígnios de Deus, José foi o homem escolhido para ser o pai adoptivo de Jesus. É no seio da sua família modestíssima que se realiza, com efeito, o Ministério da Incarnação do Verbo. Intimamente unido à Virgem-Mãe e ao Salvador, José situa-se num plano muito superior ao dos mais profundos místicos: amando Jesus, amava o Seu Deus; toda a ternura respeitosa, com que envolvia Maria, dirigia-se à Imaculada Mãe de Deus.
      Figura perfeita do «justo» do Antigo Testamento, homem de uma fé a toda a prova, no cumprimento da sua missão, mostrará sempre uma disponibilidade total, mesmo nos acontecimentos mais desconcertantes.
       Protector providencial de Cristo, continua a sê-lo do Seu Corpo Místico. O exemplo da sua vida é sempre actual para todos quantos querem situar a sua vida na âmbito dos desígnios de salvação do Senhor.

Oração:
       Deus todo-poderoso, que na aurora dos novos tempos confiastes a São José a guarda dos mistérios da salvação dos homens, concedei à vossa Igreja, por sua intercessão, a graça de os conservar fielmente e de os realizar até à sua plenitude. Por Nosso Senhor Jesus Cristo...
 

sábado, 16 de março de 2013

Domingo V da Quaresma - ano C - 17 de março

       1 – No evangelho de São Lucas, no domingo passado, Jesus, através da conhecida parábola do Filho pródigo, mostrou-nos como Deus é um Pai que respira amor, perdoa e faz festa pelo regresso do filho. Hoje, no Evangelho de São João, Jesus testemunha, com palavras e gestos, a opção clara e inequívoca pelo amor, que se traduz no perdão, na proximidade com os outros, no acolhimento das pessoas mais frágeis, tantas vezes excluídas pela sua condição social, religiosa, pela sua origem, ou pela situação em que se encontram, doentes, pecadores, publicanos, mulheres de má vida, e no caso presente uma mulher apanhada em flagrante adultério.
       Os dois evangelhos entrelaçam-se. Jesus não vem para separar, julgar, excluir, vem para salvar, incluir, desafiar-nos a sermos MAIS, a darmos o melhor de nós mesmos, a descobrirmos nos outros a presença de Deus.
       A Lei de Moisés tinha previsto que uma mulher apanhada em flagrante adultério fosse morta por apedrejamento. Ouvimos Jesus a dizer que não vem para anular a Lei mosaica. Ele garante a plenitude da Lei. Como? É o que vemos neste episódio, e em muitas outras situações. A Lei suprema é a CARIDADE, preenchida pelo perdão e pelo bem.


       2 – Vale a pena ler/escutar o evangelho:
Jesus foi para o monte das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».
       3 – Jesus recolhe-se no monte das Oliveiras, para alguns momentos de oração e intimidade com o Pai. Regressa à cidade e ao templo. Para ensinar. Todas as horas são boas para ensinar. Nem só de pão vive o homem. A palavra, a abertura de espírito, as razões e o sentido para a vida. Poderemos ter tudo, mas o essencial é que a nossa vida faça sentido, para nós e para os outros, e que descubramos que a nossa luta, o nosso sofrimento, o nosso compromisso, não é em vão. Podemos ter o mundo inteiro, mas se nos faltam razões para viver, a presença dos amigos, a compreensão das nossas limitações, um ombro amigo, se nos falta um FIM pelo qual valha a pena viver, somos miseráveis. Jesus vem para ensinar. Para nos dar Deus. Para nos abrir o Coração do Pai. Para nos revelar um FIM, que não terá fim, será princípio da comunhão plena com Deus.
       A originalidade de alguns fariseus e escribas faz-nos lembrar aquelas pessoas que andam sempre em busca de motivos para denunciar, expor, conflituar, para arranjar confusão, a fim de exibirem a falibilidade dos outros, em contraponto com o heroísmo pessoal. Ou, como refere o célebre psiquiatra brasileiro, denunciando nos outros os próprios defeitos. Apontando para outros, desvia-se a atenção. Mais uma cilada a Jesus. Que fará, cumprirá a lei de Moisés ajudando a matar aquela mulher? E então o perdão e misericórdia que Ele defende?
       Diante d'Ele os acusadores e uma mulher pecadora. Por vezes os gestos são mais eloquentes que muitas explicações. Os acusadores evocam a Lei de Moisés, por que lhes convém. Jesus baixa-se e escreve no chão. Insistem com Ele, interrogam-no. Jesus responde taxativamente: “Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra”, baixa-se e continua a escrever no chão, a aguardar, provocando uma resposta nova, criativa, original (agora sim) nos seus ouvintes. Frente a Ele fica apenas aquela pobre mulher que já tinha o destino traçado.
       Também aqui é significativa a interação que Jesus provoca: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».
       Ao perdoar, e compreender, Jesus não sanciona ou aplaude o pecado daquela mulher, nem lhe diz que fez bem, nem a desculpa com os pecados dos outros. Não lhe diz para esquecer e ir à sua vida. Não. Envia-a para uma vida nova, diferente, de compreendida para convertida. VAI. Não VOLTES a pecar. Tens uma oportunidade para refletir, para começar uma vida nova. Não desperdices a tua vida com situações de pecado que te podem levar à morte. Vive positivamente. Encontrar-se com Jesus implica um caminho novo e não regressar à vida anterior. Foi assim com os Magos, é assim com esta mulher. VAI. NÃO VOLTES ao lugar do passado.
       4 – Desde logo a incoerência e a descriminação da lei. A mulher apanhada em adultério era condenada à morte – infelizmente ainda acontece em alguns países, marcados por fundamentalismos radicais –, e o homem que estava com ela nas mesmas circunstâncias? Por justiça, não teriam que ser os dois levados às autoridades e partilhado o mesmo destino? Em que é que se diferencia o pecado cometido por uma mulher ou por um homem?
       É uma descriminação que perdurou, mesmo em ambientes cristãos.
       Por outro lado, não seremos igualmente pecadores, quando provocamos situações para os outros pecarem? Poderemos, por algum momento, colocar-nos acima dos outros? Eles pecadores, nós santos? Os homens e as mulheres mais santas foram/são as pessoas mais compreensivas, tolerantes, acolhedoras, como no caso concreto de Jesus Cristo. Obviamente que em muitas situações a justiça tem de ser reposta, e o perdão não dispensa dessa justiça, sob pena de as vítimas continuarem a sê-lo.

       5 – O novo Papa, na primeira Eucaristia, na Capela Sistina, propôs-nos três verbos essenciais: CAMINHAR, EDIFICAR, PROFESSAR Jesus Cristo crucificado, caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, procurando viver com irrepreensibilidade”, só com esta disponibilidade seremos verdadeiros discípulos do Senhor Jesus.
       Deste modo, a postura do cristão não poderá ser diversa da de Jesus Cristo. Neste ambiente se situam as palavras do apóstolo São Paulo: “Considero todas as coisas como prejuízo, comparando-as com o bem supremo, que é conhecer Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele renunciei a todas as para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar… Continuo a correr… Só penso numa coisa: esquecendo o que fica para trás, lançar-me para a frente, continuar a correr para a meta, em vista do prémio a que Deus, lá do alto, me chama em Cristo Jesus”.
       Em nenhuma circunstância o discípulo de Jesus está dispensado de prosseguir o seu caminho, transparecendo Cristo e Cristo crucificado. Diz o Papa Francisco: “Esta vida é um caminho e quando paramos as coisas não correm bem... Quando professamos um Cristo sem cruz não somos discípulos do Senhor”.

       6 – Em tempo de Quaresma, o nosso olhar só pode fixar-se na CRUZ de Jesus, como expressão do amor de Deus, como sinal do perdão e da caridade que Cristo visualiza para nós. Ele vai à frente. Nós seguimo-l'O e o encontro com Ele far-nos-á seguir por um caminho novo. VAI. Não VOLTES à tua vida anterior.
       Ponhamo-nos à escuta, com o olhar vigilante, para acolhermos e descobrirmos o NOVO CAMINHO com o qual Jesus nos presenteia, anunciado desta forma pelo profeta Isaías:
“O Senhor abriu outrora caminhos através do mar, veredas por entre as torrentes das águas... Eis o que diz o Senhor: «Olhai: vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer; não a vedes? Vou abrir um caminho no deserto, fazer brotar rios na terra árida. Os animais selvagens – chacais e avestruzes – proclamarão a minha glória, porque farei brotar água no deserto, rios na terra árida, para matar a sede ao meu povo escolhido, o povo que formei para Mim e que proclamará os meus louvores».
       Já vislumbramos a Cruz e para lá da CRUZ e por causa da Cruz já nos incendeia a LUZ da ressurreição, a presença luminosa de DEUS.


Textos para a Eucaristia (ano C): Is 43, 16-21; Filip 3, 8-14; Jo 8, 1-11.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Papa Francisco - Bênção Apostólica "Urbi et Orbi"

Irmãos e irmãs, boa-noite!
Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado! E, antes de mais nada, quero fazer uma oração pelo nosso Bispo emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde.
 [Recitação do Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai]
E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo... este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho de Igreja, que hoje começamos e no qual me ajudará o meu Cardeal Vigário, aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta cidade tão bela!

E agora quero dar a Bênção, mas antes… antes, peço-vos um favor: antes de o Bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim. […]
Agora dar-vos-ei a Bênção, a vós e a todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade.

[Bênção]

Irmãos e irmãs, tenho de vos deixar. Muito obrigado pelo acolhimento! Rezai por mim e até breve! Ver-nos-emos em breve: amanhã quero ir rezar aos pés de Nossa Senhora, para que guarde Roma inteira. Boa noite e bom descanso!

terça-feira, 12 de março de 2013

Gianfranco RAVASI - O que é o Homem?

Gianfranco RAVASI. O que é o Homem? Sentimentos e laços humanos na Bíblia. Paulinas Editora, Prior Velho 2012, 144 páginas.
       O Cardeal Gianfranco Ravasi, que se encontra em Conclave para a eleição de um novo Papa, sendo um dos papáveis segundo a comunicação social, e que pregou o Retiro Quaresmal à Cúria Romana, na qual se incluía o então Papa Bento XVI, que tinha anunciado a renúncia ao Pontificado no dia 11 de fevereiro, com efeitos a partir do passado dia 28 de fevereiro, o último do mês, ajuda-nos a uma caminhada pela Bíblia, procurando o essencial do ser humana, em linha com a história da aliança de Deus com o povo, com a reflexão crente sobre a vida, o ser humano, imagem e semelhança de Deus, as formas de viver o amor, e o sofrimento.
       Este livro faz parte de uma coleção "Poéticas do viver crente. Linhas de Rumo", coordenada pelo Pe. Tolentino de Mendonça, com textos muito acessíveis, de fácil leitura, positivos, envolventes, alimentados na Palavra de Deus, para iluminar as horas que passam.
       O autor parte do sentir humano, com raízes na Bíblia, lançando pontes para outras religiões, para outras culturas, para tempos de antigamente e para os nossos dias. E nesse sentir, a evolução das emoções/sentimentos, na busca da mansidão que aproxima, constrói, fazendo-nos apostar nos outros, no perdão, na partilha, numa justiça que vai muito além da medida retribuitiva.
Do sentimento do medo, que nos dobra e escraviza, ao temor que nos abre o coração a Deus, como preparação para a festa do encontro com Deus, para saborear o amor, a alegria, a festa.
       O ser humano descobre-se na festa, na alegria, no amor, mas também no sofrimento. Também aqui, o autor não deixa de nos fazer viajar pela história do povo de Deus, descrita na Bíblia, mas também por outros mundos culturais e religiosos. O sofrimento diz-nos da nossa fragilidade e falibilidade. Mas poderá também fazer-nos encontrar connosco e com Deus. Há muitas reflexões teológicas sobre o sofrimento, nem sempre uma teologia do sofrimento. Job lança muitas luzes sobre o sofrimento, explorando a constatação que o sofrimento não é consequência do pecado. Jesus vai ainda mais longe. Vive. Não anula e não esconde o sofrimento. Há de entregar-Se. O Seu sofrimento é vicário, sofre por nós, em nossa vez, para nos libertar, para nos colocar na comunhão com Deus, em absoluto. A fraqueza e a debilidade poderão ser oportunidade para se manifestar a grandeza de Deus e o seu amor..
       O ser humano pode desenhar-se numa linha contínua, segundo o autor, na qual há lugar para o sentir, para o medo, para o sofrimento, para a festa, para o amor. Segundo ele, são vários (7) os rostos do amor: eclesial, social, nupcial, paterno e materno, familiar, de amigos (amical), e o amor pátrio. A este propósito alguns dos títulos dos capítulos finais: Amigos do peito, amigos na vida e na morte; Casal humano: à imagem do amor de Deus; A família; Cabelos brancos, «Coroa de Glória», sobre a velhice, com as virtudes que poderá trazer, ainda que não seja sinónimo de sabedoria ou de santidade...
       Mais uma leitura interessante para a Quaresma, ou para qualquer grande, sobre o ser humano, com as suas fraquezas, com a grandeza que lhe vem de Deus.

segunda-feira, 11 de março de 2013

D. ANTÓNIO COUTO - A nossa Páscoa

D. ANTÓNIO COUTO, Bispo de Lamego. A nossa Páscoa. Paulus Editora. Apelação 2013, 120 páginas.
       Nas palavras do autor, D. António Couto, é mais um livrinho como os dois anteriores, também publicados por esta editora: "Vejo um ramo de amendoeira e outra palavras em flor" e "Estação de Natal", procurando refletir a palavra de Deus, lida nos dias de hoje, com os fundamentos históricos, arqueológicos, culturais.
       Em tempo de Quaresma (que prepara liturgicamente a celebração da Páscoa, mas que surge depois da Páscoa, sem a qual não haveria nem quaresma, nem liturgia, nem Igreja), D. António Couto oferece-nos este subsídio sobre os diferentes domingos da Quaresma (1.ª parte), da Semana Santa (2.ª parte) e do Tempo de Páscoa (3.ª parte), com outras notas em outros textos que bem poderiam ser proclamados neste tempo. O ciclo de leituras é do ANO A, cuja liturgia da Palavra pode ser usada também nos anos B e C (o ciclo de leituras deste ano é o C), sobretudo nas comunidades onde os catecúmenos se preparam para o batismo.
       Para quem segue as reflexões propostas pelo nosso Bispo, em MESA de PALAVRAS, e também para quem quiser aprofundar a palavra de Deus e a inserção à comunidade crente, esta é uma leitura recomendada, a não perder, para mastigar, para ruminar e sobretudo para se deixar envolver pelo Evangelho, na fidelidade a Jesus, no compromisso atual com os irmãos.

Alguns pedaços de reflexão:
"Com esta celebração da Ceia do Senhor, em Quinta-Feira Santa, a Igreja Una e Santa reacende a memória da instituição da Eucaristia, do Sacerdócio e da Caridade, e dá início ao Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do seu Senhor, que constitui o ponto mais alto do Ano Litúrgico, de onde tudo parte e onde tudo chega, coração que bate de amor em cada passo dado, em cada gesto esboçado, em cada casa visitada, em cada mesa posta, em cada pedacinho de pão sonhado e partilhado.
É assim que Deus nos dá a graça de caminhar durante todo o Ano Litúrgico, dia após dia, Domingo após Domingo, sempre partindo da Páscoa do Senhor, sempre chegando à Páscoa do Senhor...
Com Jesus Cristo, aprendemos a passar do pecado para a graça, da soleira da porta para a mesa, da morte para a vida em abundância, da nossa casa para a Casa do Pai. É assim que nós, por graça feitos filhos no Filho, aprendemos a ser estrangeiros e hóspedes, tranquilamente sentados em Casa e à Mesa daquele único Senhor que servimos e que nos diz: «Toda a terra é minha, e vós sois, para Mim, estrangeiros e hóspedes» (Quinta-feira santa).
"Ainda em João 18,15, os dois SEGUIAM Jesus, que é a correcta postura do discípulo. Pedro, porém, não SEGUIU Jesus até ao fim: ficou ali estacionado no pátio do Sumo Sacerdote! Mais do que isso e pior do que isso, em vez de estar com Jesus, Pedro ficou com os guardas, a aquecer-se com os guardas! (João 18,18). Pedro, portanto, não fez o curso ou o percurso de discípulo de Jesus até ao fim! Deixou por fazer umas quantas unidades curriculares. É por isso que agora tem de SEGUIR alguém que tenha SEGUIDO Jesus até ao fim. É por isso, e só por isso – nada tem a ver com idades (Pedro mais idoso, o «discípulo amado» mais jovem!) – que Pedro tem agora de SEGUIR o «discípulo amado», chegando naturalmente ao túmulo atrás dele. Note-se ainda que, não obstante um ir à frente e o outro atrás, correm os dois juntos. É aquilo que ainda hoje vemos na catequese e na mistagogia cristãs: corremos sempre juntos, mas alguém vai à frente, para ensinar o caminho aos outros! Belíssima comunhão em corrida!" (Páscoa da ressurreição)
"O Evangelho da Solenidade deste Dia Grande de Pentecostes (João 20,19-23) mostra-nos os discípulos de Jesus fechados num certo lugar, por medo dos judeus. O Ressuscitado, vida nova e modo novo de estar presente, que nada nem ninguém pode reter ou impedir, nem as portas fechadas daquele lugar fechado, vem e fica de pé no MEIO deles, o lugar da Presidência, e saúda-os: «A paz convosco!». Mostra-lhes as mãos e o lado, sinais que identificam o Ressuscitado com o Crucificado, e vincula os seus discípulos à sua missão: «Como o Pai me enviou (apéstalken: perf. de apostéllô), também Eu vos mando ir (pémpô)». O envio d’Ele está no tempo perfeito (é para sempre): a sua missão começou e continua. Não terminou. Ele continua em missão. A nossa missão está no presente. O presente da nossa missão aparece, portanto, vinculado e agrafado à missão de Jesus, e não faz sentido sem ela e sem Ele. Nós implicados e imbricados n’Ele e na missão d’Ele, sabendo nós que Ele está connosco todos os dias (cf. Mateus 28,20). «Como o Pai me enviou, também Eu vos mando ir». Este como define o estilo da nossa missão de acordo com o estilo e a missão de Jesus" (Domingo de Pentecostes)
AMOR PERFEITO:

É o amor, ainda que imperfeito,
É o amor, ainda que com defeito,
É o amor que faz correr a Madalena. 

É o amor, ainda que imperfeito,
É o amor, ainda que com defeito,
É o amor que faz chorar a Madalena. 

Mas tu sabes, meu irmão da Páscoa plena,
Tu sabes que há outro amor em cena,
E é esse amor que faz amar a Madalena.   

A PÁSCOA É JESUS

Páscoa é Páscoa. Simplesmente.                                          
Sem I.V.A. nem adjetivo pascal. 
Páscoa é lua cheia, inconsútil, inteira,
sementeira de luz à nossa beira.

Deixa-a viver, crescer, iluminar.
Afaga-lhe a voz e o olhar.

Não lhe metas pás, não lhe deites cal.
Não lhe faças mal.
Não são notas enlatadas, brasas apagadas.
É música nova, lume vivo e integral.

Não é paragem, mas passagem,
aragem a ferver e a gravar em ponto Cruz
a mensagem que ardia no coração dos dois de Emaús.
A Páscoa é Jesus.

domingo, 10 de março de 2013

O Filho pródigo - versão atual...

       O Evangelho proposto para este IV Domingo da Quaresma apresenta-nos a bela parábola do Filho Pródigo. Aprofundando a reflexão, propomos este vídeo, 7 minutos, que "atualiza" a parábola de Jesus, neste caso centrando-se sobretudo no filho. Na parábola, Jesus centra-se no PAI.


sábado, 9 de março de 2013

IV Domingo da Quaresma - ano C - 10 de fevereiro

       1 – O evangelho deste dia apresenta-nos uma das mais extraordinárias parábolas de Jesus, um exclusivo de São Lucas, conhecida como a Parábola do Filho Pródigo, mais adequado seria Parábola do Pai Misericordioso. Veremos por quê. É uma verdadeira pérola que nos fala de um Deus que ama sempre, sem reservas, absolutamente.
       Jesus prossegue o seu ministério, nem sempre bem compreendido, com o Seu jeito de se relacionar com as pessoas, sem privilegiar classes, ou melhor, privilegiando precisamente os que estão abaixo das classes. Para Jesus o menos é MAIS. Os desprotegidos pelo poder, pela riqueza, ou até pela religião, os que têm menos, merecem de Jesus maior atenção, maior cuidado, mais tempo e delicadeza, para que se sintam chamados, amados, se sintam filhos queridos de Deus.
       Jesus come com pecadores, maltrapilhos, doentes, pedintes, publicanos. Esta constatação envolve uma acusação grave feita pelos fariseus a Jesus. Ele dá-Se com todos aqueles que a sociedade se encarregou de excluir, a escumalha que não deveria ter lugar à mesa. Ele acolhe-os e come com eles. E comer com alguém implica e significa comunhão, proximidade. Senta-se à mesa comigo quem considero amigo, ou da família.
       2 – Jesus conta-lhes então uma parábola.
       Um homem tinha dois filhos. Para os quais vivia. Sem que nada o fizesse prever, o mais novo decide pôr cobro aos laços familiares, abandonando a casa. Pede a parte da herança que lhe caberá em sorte. Sai de casa. Tem tudo, mas não se sente completamente feliz. Vai em busca de algo mais. Uma razão maior. O homem ultrapassa infinitamente o homem. A ambição (com conta, peso e medida) leva a procurar o melhor dos outros e a dar o melhor de nós mesmos. A ganância destrói-nos, mais cedo ou mais tarde, e destrói os que estão à nossa beira.
       À medida que se afasta da casa paterna, sem saber ainda, afasta-se da felicidade e de quem suporta a sua vida. Investe em novas amizades. Experimenta tudo. Esbanja o que tem. Diverte-se. Gasta e desgraça a vida, sempre em busca de mais. Uma sede sem fim. Ávido de prazeres, ocupa todo o tempo cronológico para não pensar em mais nada. Ocupa o lugar dos afetos com muitas coisas. Abafa a voz que o liga ao pai. Procura ir além de tudo o que já antes viveu em sua casa.
       Logo se apercebe que a felicidade não está longe, ou no exterior, ou nas coisas, ou nas facilidades, ou nos outros. Sente-se abandonado. Cada vez mais só. Cai em si. O dinheiro não compra a felicidade, nem os amigos, nem a alegria de se sentir amado. A vida parece ter-se esquecido dele. Melhor, ele abandonou o sonho, entregou-se à perdição.
       Há, porém, dentro dele, algo mais forte, tão forte que é impossível não encontrar, a ligação ao PAI. Recorda-se como era feliz, tendo tudo, mas sobretudo tendo um Pai que o amava, o respeitava, o compreendia, o apoiava nas suas decisões.
       Vence o orgulho e o sentimento de culpa por ter abandonado a casa paterna. Regressa. À sua casa. Aos braços do pai. Nem se importa de ser tratado como um dos criados, pois mesmo o mais insignificante tem mais do que ele tem agora, tem a atenção do pai, uma casa, um refúgio, um ombro amigo, um olhar compassivo. Não se importa de não recuperar os direitos de filho.
       Se nos centrássemos na figura do filho mais novo – há momentos em que também nós nos afastamos do Pai, dos outros, de nós mesmos, da nossa consciência – veríamos, ainda assim, um homem em busca da felicidade. Procura ser feliz por todos os meios. Precisou de se afastar para descobrir que a verdadeira felicidade estava dentro (dele), em casa, ao pé do pai. Por vezes só reconhecemos o valor do que temos quando o perdemos. E às vezes é tarde para recuperar e para regressar. Este filho ainda foi a tempo de descobrir a razão maior da sua felicidade, o amor do Pai.
       3 – Aquele pai tinha outro filho. Mais velho. Mais responsável. Com menos tempo para a diversão. Tinha que tomar conta do irmão mais novo. E aborrecer-se com ele. Começou a trabalhar com o pai, muito antes do irmão. Quando o irmão nasceu, os mimos dos pais passaram para ele. É fácil perceber como se sentiria ao ver todas as atenções colocadas no mais pequeno, mesmo que soubesse que o carinho tinha sido exclusivo para ele durante alguns meses ou anos. E nunca recuperável pelo mais novo.
       Fica triste com a partida do irmão. Habituara-se a ele. Algumas tarefas eram divididas. Já não tinha que fazer tudo. Fica triste com a tristeza do pai, com o seu desgosto e a sua melancolia. Mas doravante terá a atenção do pai só para si, sem comparações. Os bens materiais divididos nem lhe fazem moça. Dividir as atenções e cuidados do pai era muito mais violento.
       Casa, trabalho, (pouco) descanso. Muito tempo passa sem se lembrar do irmão que está perdido pelo mundo. Sabe que o pai não esquece, mas que pouco a pouco a dor será menor e ele terá o pai só para si. Passam-se dias em que quase nem falam. Nem se veem. O pai está garantido. Não precisa de conquistar a sua atenção. O chão é seguro. Não pergunta pelo irmão. Não pergunta pelos sentimentos do pai. Tudo está na ordem natural das coisas. Tem para si que o pai tudo fará para o compensar por ter ficado em casa. Não precisa de investir nos afetos. Não precisa de agradar ao pai. Este não se habilitará a perder outro filho. O pai é que tem a obrigação de se curvar diante dele e é se o quer junto de si.
       Como está enganado! O pai não pode esquecer nenhum dos filhos. Conhece-os e ama-os nas suas limitações. Saíram do seu coração. Há espaço para os dois. O lugar do filho foragido não é preenchido. É deste filho. Não pode ser compensado. Mesmo que morra, o lugar no coração do pai não será ocupado.
       O irmão mais novo regressa. Já pouco se lembrava dele. E para mais, o pai faz-lhe uma festa, perdoa-o, passa uma borracha no sucedido, não quer saber da ofensa, ou dos pecados passados. Está tão feliz que só quer festejar. O mais velho não entende tanta algazarra. Tinha como adquirido que o irmão estava morto, para si e para o pai também. Como é possível que o pai o acolha de volta? E o perdoe? E lhe faça uma festa? E lhe devolva a dignidade de filho? Veste-lhe roupas novas, sandálias, coloca-lhe o anel no dedo. Gastou tudo e ainda é compensado! Não compreende a atitude do pai. O amor do Pai. Não aceita. Fica profundamente magoado tanto com o regresso do irmão como com a benevolência do Pai.
       4 – Fixemos agora o olhar no PAI. Como faz Jesus. Nesta parábola a figura principal é Ele. Depois de algumas murmurações, Jesus deixa claro que Deus é Pai, e ama como Pai e como Mãe, no mais profundo de Si mesmo, é um AMOR entranhado na vida, na história do ser humano. Por mais que nos afastemos, Deus não nos desampara, não nos abandona à nossa sorte. Está sempre pronto a dar-nos a mão. Assim nos é mostrada a história de Israel. Deus alia-Se com a humanidade, pelos patriarcas, pelos profetas.
       Ao longo de toda a parábola Jesus está centrado no pai e em Deus como Pai que não Se incomoda em partir a cara, acolhendo, perdoando, sem respeitos humanos. Não teme o comentário, ou a desonra. Os filhos valem tudo, toda a riqueza, toda a vida, todo o amor.
       Aquele pai cria as condições para os filhos (e para os servos). Trabalha em função dos filhos. Quer que eles sejam alguém, mas acima de tudo que não lhes falte um abraço, a presença dos amigos, a alegria de desfrutar da vida, diariamente, no meio das fragilidades, em dias mais alegres e em dias mais sombrios. Quer que os filhos aprendam a trabalhar, a ser responsáveis, a cuidar da casa, para que outros possam usufruir, viver. Os filhos acompanham-no nos negócios. Partilha com eles a responsabilidade. Não se esconde nas preocupações do trabalho ou na acumulação de fortunas. Os filhos vão para ao campo. Misturam-se com a criadagem, pois para o Pai também contam, também precisam de casa, de amigos, de apreciar a vida.
       Tudo corre bem. Mais ou menos. Os filhos já estão crescidos. Os cuidados são os mesmos, mas agora são os filhos que orientam a sua vida, assumem as suas responsabilidades e as consequências dos seus atos. Conhece os filhos como a palma das suas mãos. Ainda antes do próprio, deteta sinais de alarme no filho mais novo. Dá-lhe espaço, mas está mais vigilante. Vê-o inquieto, ansioso. Não vê motivos para isso. Mas sabe que os filhos têm de viver a sua vida e passar por momentos menos bons. Também assim se cresce. Que andará a turbar-lhe a mente? Com a naturalidade de sempre pergunta-lhe sobre o que lhe vai na alma. Não obtém resposta satisfatória. Vê que o filho se mantém distante e a fazer perguntas e mais perguntas aos servos e aos viajantes. O pai vê o filho mais sisudo, já não se diverte como antes. Já tem preguiça de o acompanhar para o campo ou para os negócios.
       Está a desligar-se. Está a crescer. Está a pensar pela sua cabeça. Há que esperar e dar tempo ao tempo. Eis que o filho mais novo se abeira cheio de si mesmo: "Pai, dá-me a parte da herança que me toca". E parte. O pai sente que lhe falta o ar. Uma parte de si é-lhe arrancada. Não quer acreditar. Morre um pouco. O pedido do filho é um desejo de morte. A herança herda-se pela morte dos pais, e não em vida. O filho deseja que o pai morra. O que mais importa é sair de casa.
        5 – Debrucemo-nos um pouco mais sobre a postura do pai. Respeita a opção dos filhos. Dá parte dos seus bens – para ele não existem bens que paguem o amor aos filhos, tudo é para os filhos –, não reclama com o filho mais novo. Não o repreende. Não o castiga. Poderia, ao menos, deixá-lo partir mas de mãos vazias. Os bens são seus, enquanto viver, não dos filhos…
       Durante a ausência do filho, cuida da casa, para que o outro filho se sinta protegido, amado, e aos servos não falte o zelo do Pater familias. O tempo cura as maleitas dos afetos e dos sentimentos. Pelo menos dilui. Não desiste. Fora está alguém que torna a sua casa incompleta. Por ora não pode fazer muito. Não desiste. Cada dia, o seu olhar se fixa no horizonte, aguardando que o AMOR profundo que nutre pelo filho o faça regressar. A sua aposta não é defraudada. Demorou demasiado tempo. Vê uma sombra ainda distante. Não tem dúvidas. Só pode ser o seu filho que “estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado”. Lança-se ao seu encontro. Abraça-o. Devolve-lhe a dignidade de filho. Para ele, continuou a ser filho. Não o avalia pelos desaires, mas pelo coração. O amor não tem preço. Não há nada que pague o regresso do filho. É a vez de esbanjar a sua riqueza com o regresso do filho. A sua maior riqueza é o amor. Pelos filhos. Não importa o que tem de fazer. “Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos”.
       A mesma atitude diante da intransigência do filho mais velho. Procura entender as razões que lhe assistem. Sempre esteve em casa. Certinho. Cumpridor. Fiel. De tão zeloso que não quer desculpar a safadeza e a rebeldia do irmão. Como é possível o regresso à normalidade? Como é possível que o Pai o trate como se nunca tivesse ido para longe, como se nunca lhe tivesse desejado a morte? Será que o pai perdeu o juízo e a vergonha? Só o amor do Pai/Mãe entende como o coração tem razões que toda a razão desconhece.
       O amor não permite cálculos. Quando é verdadeiro, genuíno. Também o filho mais velho não entende a predileção pelos filhos. Dá-lhes toda a atenção do mundo. O cuidado com o filho mais novo, não o desvia da delicadeza para com o filho mais velho. Tudo é para os filhos. Não importa os sacrifícios que tenha que fazer ou os gastos que tenha que efetuar. Tudo será para eles.
       Jesus mostra-nos como é imenso o amor de Deus por nós. Muito maior que a nossa fragilidade, gigantesco em relação ao nosso pecado. Se nós quisermos, não há nada que nos possa separar do amor de Deus.
       6 – Como outrora, também hoje Deus nos tira do opróbrio, da miséria. Deus vem para nos resgatar de toda a escravidão (primeira leitura). Dá-nos como herança, não uma parte, mas dá-Se todo, em Jesus Cristo, o Seu bem mais precioso, para que no Seu filho muito amado descubramos o caminho de regresso à Casa do Pai, onde jorra a vida.
       Deixemo-nos inebriar com as palavras do apóstolo:
“Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. As coisas antigas passaram; tudo foi renovado. Tudo isto vem de Deus, que por Cristo nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação. Na verdade, é Deus que em Cristo reconcilia o mundo consigo, não levando em conta as faltas dos homens e confiando-nos a palavra da reconciliação. Nós somos, portanto, embaixadores de Cristo… A Cristo, que não conhecera o pecado, Deus identificou-O com o pecado por causa de nós, para que em Cristo nos tornemos justiça de Deus”.


Textos para a Eucaristia (ano C): Jos 5, 9a.10-12; 2 Cor 5, 17-21 ; Lc 15, 1-3.11-32.