sábado, 6 de julho de 2013

Preparação comunitária para a Confirmação

       A celebração do Sacramento da Confirmação, sacramento do compromisso cristão, da maturidade da fé, do Espírito Santo, é DOM e benefício para aqueles que o celebram, mas também Dom, benefício e compromisso para a comunidade paroquial, neste caso, da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Tabuaço.
       No tempo em que muitas pessoas já se encontram em férias, pelo calendário ou pela disposição distendida, dedicamos a semana para uma preparação mais comunitária, com a presença do reverendo Pe. Diamantino Alvaíde, para nos ajudar a refletir, na terça, quarta, quinta e sexta-feira.
       Nas suas intervenções, o Pe. Diamantino valorizou a escuta e proclamação da Palavra de Deus.
       No dia 2 de julho, terça-feira, seguindo o Evangelho (Mt 8, 23-27), no qual é relatado a presença dos apóstolos num barco, e cuja tempestade marítima os faz acordar Jesus, o pregador comparou o grupo dos crismandos e da comunidade paroquial de Tabuaço (como toda a Igreja), a um barco. Uns e outros vamos no barco. Uns mais à frente, a bombordo ou a estibordo, uns a espreguiçar outros ao leme, mas todos beneficiarão do que os outros fizerem. Se o barco oscila muito, todos oscilam, se vai calmo, todos vão serenos. Se quem o guia acelerar ou desacelerar, ou procurado viragens bruscas, ou se distrair e o deixar embater em alguma rocha, ou encalhar, todos serão afetados. Nesta mesma imagem, a possibilidade de sermos mar, agitado e que provoca a instabilidade do barco, ou generosidade para que o barco vá mais sereno. Importante saber que Jesus também vai no nosso barco.
       No dia 3 de julho, quarta-feira, festa do Apóstolo São Tomé, o padre pregador comparou a comunidade e a Igreja a uma casa de portas e janelas abertas, onde entra quem quer, e sai quem quer. Quem passa vê o que se passa no interior e quem está dentro vê o que se passa no exterior. A casa onde se encontravam os apóstolos, depois da morte de Jesus, está de trancas à porta. Janelas e portas estão fechadas. Não é possível entrar nesta casa. E, no entanto, Jesus Cristo entra em casa. Ele está no meio dos Seus discípulos, dentro de casa. Tomé está fora. Ele não está em casa com os outros. Quando entra em casa, ele continua fora, pois não acredita se não tiver mais provas. Como nós, podemos estar em casa e e continuarmos fora. E Tomé, dentro de casa, poderia ficar fora se não tivesse encontrado Jesus. Também assim connosco, é necessário encontrar Jesus.
       No dia 4, quinta-feira, o Pe. Diamantino, partindo do Evangelho (Mt 9, 1-8) - cura do paralítico, comparou a Igreja, a comunidade paroquial à enxerga, com a qual aquele homem foi conduzido até Jesus. Do mesmo modo, a comunidade crente nos há de levar a Jesus. Ela nos ajuda a ver Jesus, a encontrar Jesus, a deixarmo-nos curar por Jesus. Como a enxerga que serviu para levar aquele homem, como servia para transportar os cestos das uvas ou outros carregos, assim também nós como comunidade crente deveremos ajudar-nos mutuamente, para que a nossa vida tenha mais sentido, e a  nossa fé nos permita sentir-no mais próximos de Deus e dos irmãos. Abraão (primeira Leitura) confiou de tal maneira em Deus que Lhe confiou o Seu filho. Nós podemos confiar. Em comunidade encontraremos Jesus, encontraremos a cura. Todos somos importantes, cada um nas suas circunstâncias...
       No dia 5, sexta-feira, Vigília de Oração, o Pe. Diamantino colocou a todos a seguinte questão: na nossa vida o que é mais importante, o visível ou o invisível? O mais importante é o invisível, o amor, a alegria, a bondade, a amizade. O Espírito Santo é o Deus Invisível que age no mundo e na Igreja, e naqueles que vão ser confirmados na fé. As diversas imagens do Espírito - pomba, línguas de fogo, sopro, vento, óleo - aponta para uma realidade que não se descreve. É o Espírito que está na barca, que abre as portas da Igreja, qual enxerga que nos atrai para Deus. Outro fruto do Espírito a alegria que todos devemos comunicar...

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