segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Levanta-te, põe-te de pé, estende a mão!

       Jesus entrou numa sinagoga a um sábado e começou a ensinar. Estava lá um homem com a mão direita paralítica. Os escribas e fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O acusarem. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão paralítica: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio». O homem levantou-se e ficou de pé. Depois Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar entre si do que haviam de fazer a Jesus (Lc 6, 6-11).
 
       Jesus entra numa sinagoga, lugar de oração, de escuta da Sagrada Escritura, e de reflexão, para os judeus. Aproveita a ocasião para ensinar. Entre os presentes um homem com a mão direita paralítica. Os doutores da lei e os fariseus estão atentos ao ensino de Jesus mas também aos gestos que Ele possa fazer.
        Jesus não se inibe e chama o homem para que ele fique ainda mais visível, trá-lo para a luz, para o meio, para que todos possam testemunhar, pergunta se é permitido fazer bem ou mal em dia de Sábado, o dia sagrado dos judeus... e cura a mão paralítica.
       Para Jesus, como para os seus seguidores, todos os dias são bons para fazer bem... e todos os dias sãos ruins para fazer mal
       Por outro lado, as curas são sinal da força e presença de Deus em Jesus Cristo, juntamente com os exorcismos e o perdoar pecados.
        A discussão de hoje não se centra tanto na cura do paralítico, mas sobretudo no facto de se realizar a um Sábado. Para os judeus aceitava-se com facilidade que alguém pudesse, inspirado por Deus, ter poderes curativos. Facilmente aceitariam este facto em Jesus. Mas o Sábado é sagrado, motivo para censurarem Jesus.
        Por sua vez, Jesus aproveita para lhes dizer com clareza: o bem não tem dia nem hora, deve fazer-se em todo o tempo. As leis, as tradições, os preceitos não devem servir para escravizar mas para libertar a pessoa.

2 comentários:

  1. Olá Pe. Manuel Gonçalves
    Mais uma vez aqui estou reflectindo consigo.
    Desta feita, ficou-me a última frase. Não por ser a última mas sim porque fiquei pensando profundamente nela.
    Muitas vezes ando " à deriva" entre as leis e o que manda o coração, entre o "supostamente correcto" e o menos acertado.Quando o Sr. Pe. diz:
    "os preceitos não devem servir para escravizar mas para libertar a pessoa."
    Sinto-o como um bálsamo nas inquietações que me dividem entre pontos opostos.
    Obrigado por nos interpelar desta forma que nos levam sempre a aprofundar os ensinamentos da Palavra levando-nos a entendê-la melhor e aplicá-la.
    Abraço amigo

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  2. Boa tarde, Dulce.
    Agradecendo esta presença atenta no "Caritas in Veritate", apraz-me dizer que a Palavra de Deus, como lembra São Pedro, é um tesouro donde se podem tirar sempre ensinamentos novos, ou como refere São Paulo, a Palavra de Deus exorta, corrige, anima, desafia.
    Jesus é o grande Mestre libertador, arranca-nos constantemente de toda a treva, de toda a hesitação, cura-nos do nosso comodismo, leva-nos à verdade...
    Abraço em Cristo, nosso Guia e Bom Pastor.

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