quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Agradecimento Eterno

Que coisa mais linda é o amor de Deus para com todas as criaturas que ele criou. Que lindo o agradecimento desses serezinhos tão indefesos,mas com uma força surpreendente.Sejamos como os pássaros e agradeçamos ao nosso Pai, por cada dia lindo do nosso amanhecer, cantando e sorrindo, mesmo com as adversidades da vida.

Figura do mês: Santo António

       1 – No passado dia 11 de Junho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, concluiu-se o Ano Sacerdotal, iniciado na mesma solenidade do ano anterior, no dia 19 de Junho de 2009.
       Ao longo do Ano Sacerdotal, no Boletim Voz Jovem apresentámos algumas figuras da Igreja que continuam a ser um testemunho de vida sacerdotal. Sacerdotes, uns, e outros que não o sendo pela ordenação o foram pela vida.
       Em Portugal poderemos encontrar muitos exemplos de homens e mulheres que nos mostram o rosto de Deus. Gostaríamos de propor o Pai Américo, fundador do Gaiato, e o beato Frei Bartolomeu dos Mártires. Por ora falemos de Santo António.
       2 – Fernando Martins de Bulhões, nome de baptismo, filho de Martinho de Bulhões, descendente de cavaleiros celtas, e de Maria Teresa Taveira, fidalga, descende de Fruelas, rei das Astúrias, terá nascido em 1195, em Lisboa.
       Os primeiros anos foram no aconchego da família, mostrando desde muito cedo uma especial devoção por Nossa Senhora, crescendo em bondade e integridade de costumes.
       Fez os seus primeiros estudos na escola anexa à Sé Catedral de Lisboa. Com 15 anos ingressou nos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, de Lisboa, transferindo-se, dois/três anos depois para a casa-mãe, para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Aí fez estudos em Direito Canónico, Filosofia e Teologia.
       Terá sido ordenado sacerdote entre os anos 1218 e 1220.
       Seduzido pelo exemplo de vida dos primeiros frades franciscanos, que iam muitas vezes ao Mosteiro de Santa Cruz pedir esmola, ingressou, passado um ano da sua ordenação sacerdotal, no convento de Santo António dos Olivais, em Coimbra.
       Ainda durante o ano de 1220, é enviado para Marrocos, onde nunca chegou, pois a embarcação naufragou e deixou-o em Messina, nas costas da Secília. Aí pediu guarida num convento franciscano.
       Em Maio de 1221 foi a Assis, onde terá conhecido São Francisco de Assis.
       Em Bolonha, depois de ter sido escolhido para fazer a conferência espiritual, aos monges que iriam ser ordenados, evidencia os seus conhecimentos em Sagrada Escritura e dotes em oratória. A partir daqui passa a dedicar-se inteiramente ao apostolado. Percorreu diversas cidades de Itália, entre 1223 e 1225. Em Rimini encontra forte resistência à evangelização. Conta-se, que nessa altura, foi à costa do Adriático e começou a pregar aos peixes: “Ouvi a palavra de Deus, vós peixes do mar e do rio, já que a não querem escutar os infiéis herejes”. Os peixes acudiram em grande quantidade, deitando a cabeça de fora. Muitas teriam sido as conversões.
       Em Outubro de 1226 morreu o fundador da Ordem, Francisco de Assis, sendo canonizado em 1228. Santo António participou nesta elevação, deslocando-se depois por Ferrara, Bolonha e Florença. Em 1229, e depois de ter percorrido a Itália vai para Pádua…
       Morreu a 13 de Junho de 1231, cansado e doente, depois de uma vida dedicada à pregação do Evangelho. Conta-se que logo que morreu, as crianças de Pádua correram por toda a cidade a gritar: “Morreu o Santo. Morreu Santo António”. Os seus restos mortais repousam na Basílica de Pádua, construída em sua memória.
       Menos de um ano depois, em 30 de Maio de 1232, foi canonizado pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em Itália. O Papa Pio XII, em 1946, proclamou-o “doutor da Igreja”, considerando-o “exímio teólogo e insigne mestre em matérias de ascética e mística”.

       3 – O mais popular dos Santos portugueses, venerado em todo o mundo, é um exemplo de abnegação, de trabalho apostólico, ao serviço da Palavra de Deus, no sábia procura por viver e comunicar Jesus Cristo, em todas as circunstâncias.

Sorte!... ou não!

       Existia numa aldeia, um homem muito pobre, que tinha um cavalo muito bonito.
       O cavalo era tão bonito que os fidalgos do castelo queriam comprar-lho, mas ele nunca quis.
       "Para mim, este cavalo não é um animal, é um amigo. Como é que eu podia vender um amigo?
       Perguntou-se.
       Uma manhã, ele vai ao estábulo e o cavalo não estava.
       Todos os aldeões lhe disseram: "Nós avisámos-te! Devias tê-lo vendido. Agora roubaram-to... que má sorte!"
       O velho homem respondeu "Sorte ou má sorte, quem o pode dizer?"
       Todas as pessoas faziam pouco dele. Mas 15 dias depois, o cavalo apareceu, com uma horda de cavalos selvagens. Ele tinha fugido para conquistar uma bela égua e depois veio com o resto da horda.
       "Que sorte!" disseram os aldeões.
       O velho homem e seu filho começaram a domar os cavalos selvagens. Mas uma semana mais tarde, o filho parte a perna num treino.
       "Que má sorte!" dizem os amigos. "Como vais fazer, tu que já és tão pobre, se o teu filho, a tua única ajuda não pode te ajudar!"
       O velhote responde "Sorte, má sorte, quem o pode dizer?"
       Alguns tempos mais tarde, os soldados dos fidalgos do país chegaram à aldeia e levaram à força todos os jovens disponíveis.
       Todos... excepto o filho do velhote, que tinha a perna partida.
       "Que sorte tu tens, todos os nossos filhos foram para a guerra, e tu és o único a guardar o teu filho contigo. Os nossos se calhar vão morrer..."
       O velhote responde "Sorte, má sorte, quem o pode dizer?"
       O futuro é-nos dado por fragmentos. Não sabemos nunca o que vai acontecer. Mas um pensamento positivo permanente abre-nos as portas da sorte, da criatividade e faz-nos mais feliz.

Autor desconhecido

terça-feira, 29 de junho de 2010

DEUS e a Natureza

Maravilhoso!! Como Deus é maravilhoso...Ele fez tudo isto, para que o homem possa
experimentar, mas muitos de nós não temos tempo para apreciar, ao contrário, vivemos stressados no mundo de hoje. Deus é bom ,Ele nos ama e quer que tenhamos vontade de conhecê-lo e aprendamos a amá-lo. Um lindo vídeo , parabéns !

Duas sementes... dois destinos...

       Duas sementes encontravam-se lá a lado.
       A primeira semente disse:
       - Quero crescer! Quero estender as minhas raízes em profundidade no terreno que está por baixo de mim. Quero sair da escuridão da terra e ver o sol. Quero fazer germinar os rebentos sobre a crosta da terra. Quero crescer cada vez mais e estender os meus ramos para anunciar o início da Primavera. Quero cobrir-me de folhas, dar flores e produzir frutos.
       E essa semente cresceu lentamente e produziu.
       A outra semente disse:
       - Que raça de destino o meu! Tenho medo. Se estendo as minhas raízes no terreno debaixo de mim, não sei o que irei encontrar no escuro. Se abro caminho na terra dura por cima de mim posso estragar os meus frágeis rebentos. Se abro os meus botões, uma lesma vem-nos comer se dou flores, uma criança poderá arrancar-mas. Se produzo frutos, é para os outros os comerem. Não, o melhor é que fique aqui em segurança.
       Aconchegou-se na terra fria e aí ficou quieta e preguiçosa. Uma galinha que a esgravatava na terra, encontrou esta semente e comeu-a.

Autor desconhecido

Martírio de São Pedro e São Paulo, Apóstolos

Nota biográfica:
       Desde o século III que a Igreja une na mesma solenidade os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, as duas grandes colunas da Igreja. Pedro, pescador da Galileia, irmão de André, foi escolhido por Jesus Cristo como chefe dos Doze Apóstolos, constituído por Ele como pedra fundamental da Sua Igreja e Cabeça do Corpo Místico. Foi o primeiro representante de Jesus sobre a terra.
       São Paulo, nascido em Tarso, na Cilícia, duma família judaica, não pertenceu ao número daqueles que, desde o princípio, conviveram com Jesus. Perseguidor dos cristãos, converte-se, pelo ano 36, a caminho de Damasco, tornando-se, desde então, Apóstolo apaixonado de Cristo. Ao longo de 30 anos, anunciará o Senhor Jesus, fundando numerosas Igrejas e consolidando na fé, com as suas Cartas, as jovens cristandades. Foi o promotor da expansão missionária, abrindo a Igreja às dimensões do mundo.
       Figuras muito diferentes pelo temperamento e pela cultura, viveram, contudo, sempre irmanados pela mesma fé e pelo mesmo amor a Cristo. São Pedro, na sua maravilhosa profissão de fé, exclamava: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». E, no seu amor pelo Mestre, dizia: «Senhor, Tu sabes que eu Te amo». S. Paulo, por seu lado, afirmava: «Eu sei em quem creio», ao mesmo tempo que exprimia assim o seu amor: «A minha vida é Cristo»!
       Depois de ambos terem suportado toda a espécie de perseguições, foram martirizados em Roma, durante a perseguição de Nero. Regando, com o seu sangue, no mesmo terreno, «plantaram» a Igreja de Deus.
       Após 2000 anos, continuam a ser «nossos pais na fé». Honrando a sua memória, celebremos o mistério da Igreja fundada sobre os Apóstolos e peçamos, por sua intercessão, perfeita fidelidade ao ensinamento apostólico.

Oração:
       Senhor, que nos encheis de santa alegria na solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo, concedei à vossa Igreja que se mantenha sempre fiel à doutrina daqueles que foram o fundamento da sua fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo...


Fonte: Secretariado Nacional da Liturgia. Pode também revisitar Escolhas e Percursos, onde se apresentam pequenos textos sobre São Paulo e São Pedro. Neste blogue, pode aceder aos textos relacionados com São Paulo, aqui, e aos textos relacionados com São Pedro, aqui!

A felicidade... depois de...

DEPOIS...
Convencemo-nos que a vida será melhor depois...
depois de acabar os estudos,
depois de arranjar trabalho,
depois de casarmos,
depois de termos um filho,
depois de termos outro filho.
Depois...

Então, sentimo-nos frustrados porque os nossos filhos ainda não são suficientemente crescidos e julgamos que seremos mais felizes quando crescerem e deixarem de ser crianças.
Depois, desesperamos porque são adolescentes, insuportáveis.
Pensamos: "Seremos mais felizes quando esta fase acabar!"
Então, decidimos que a nossa vida estará completa quando o nosso companheiro
ou companheira estiver realizado...
Quando tivermos um carro melhor...
Quando pudermos ir de férias...
Quando conseguirmos uma promoção...
Quando nos reformarmos...

A verdade é que
NÃO HÁ MELHOR MOMENTO PARA SER FELIZ DO QUE AGORA !
Se não for agora, então quando será?

A vida está cheia de depois...
É melhor admiti-lo e decidir ser feliz agora, de todas as formas.
Não há um depois,
Não há um caminho para a felicidade,
Porque a felicidade é o caminho
e é AGORA!

Deixa de esperar até que acabes os estudos...
até que te apaixones...
até que encontres trabalho...
até que te cases...
até que tenhas filhos...
até que eles saiam de casa...
até que te divorcies...
até que percas esses 10 kg...
até sexta-feira à noite ou Domingo de manhã...
até à Primavera, o Verão, o Outono ou o Inverno,
ou até que morras...
para decidires então que
...não há melhor momento que justamente ESTE para seres feliz!

A felicidade é um trajecto, não um destino
Trabalha como se não precisasses de dinheiro...
ama como se nunca te tivessem magoado
e dança como se ninguém estivesse a ver!
Saibamos ser felizes AGORA!

Autor desconhecido.

José Saramago, o último intelectual marxista

       Morreu José Saramago e com ele morreu o último de muitos que, ao longo do século XX, se comprometeram com o comunismo e encontraram na ideologia marxista o sentido da sua escrita ou da sua arte. O seu nome junta-se ao de Gorki, Aragon, Picasso, Jorge Amado ou Paul Éluard, uma lista enorme de intelectuais que passaram pelas fileiras dos partidos comunistas. Saramago foi, como homem e como escritor, um empenhado militante da ideologia que abraçou e que lhe marcou sempre a vida e a escrita. A ideologia enquanto visão global do homem, da sociedade, da religião que Marx e Engels teorizaram e que Lénine, Mao, Brejnev ou Fidel, entre outros, levaram à prática.
       Olhando para a vida e a escrita de José Saramago, o que mais impressiona é o facto de ele ter vivido e visto o comunismo ruir na URSS e nos países do bloco de Leste, como a RDA, a Hungria, a Checoslováquia, a Roménia, a Albânia, entre muitos outros, e ter silenciado esse facto. Confrontar-se com o sofrimento daqueles povos, já não nos relatos de Sakharov ou de Soljenítsin, mas nas imagens dos directos das televisões e passar ao lado da alegria com que abraçaram a liberdade.
       Nem o confronto directo com o balanço dramático das vítimas dos que se libertaram do comunismo o fez alguma vez ter escrito ou dito qualquer palavra. O silêncio de quem usa a escrita é mais visível. Os seus gestos foram de quem passava ao lado: logo a seguir à queda do muro de Berlim, candidatou-se nas listas do Partido Comunista à autarquia de Lisboa. Que balanço faria dos anos de comunismo e do sofrimento das pessoas que viveram na pele um dos dois grandes horrores do século XX?
       Saramago não passou, que se leia em nenhum dos seus textos, por qualquer crise. Não lhe doeu, não se interrogou, não sofreu com o terrível juízo que a história fez, sem remissão nem perdão, do totalitarismo comunista.
       De Saramago, mesmo quando o comunismo foi julgado pela História, não se conhece nenhum sobressalto, nenhuma angústia. Muitas vezes me interroguei se seria uma total e completa insensibilidade moral?
       É certo que, ao longo do século XX, muitos dos intelectuais marxistas viveram mergulhados na ideologia totalitária e nunca olharam à sua volta. Não foram todos, claro. Uns sobressaltaram-se logo em 1917, outros com o Pacto Germano-Soviético, na invasão da Checoslováquia, ou da Hungria, ou na chacina do Camboja, ou na loucura da Revolução Cultural Chinesa.
       José Saramago não. Viveu e morreu mergulhado num mundo que ruiu à sua volta e cujo dramático balanço foi feito com muita dor. Sem uma palavra, sem uma linha, sem uma lágrima por quantos (milhões) de pessoas, de famílias, de gente, de operários, camponeses ou intelectuais que, ao longo do século XX, morreram e sofreram em nome do comunismo por todo o lado onde o marxismo passou da revolução ao Poder.
       Nem um gesto teve quando lhe pediram apoio os dissidentes cubanos presos por Fidel. Nem mesmo quando Susan Sontag o confrontou com esse facto. Uma única dúvida subsiste, porém, quando se observa que visitou Cuba diversas vezes, mas nunca foi à Rússia libertada, apesar de ter sido convidado a lançar os seus livros e a debatê-los numa universidade de Moscovo - aí o confronto com a história seria certamente impossível de ignorar e de silenciar. Um confronto que, reconheço, é muito difícil de viver.

Zita Seabra (JN2010.06.27 ), in O Povo.

Santo Ireneu, Bispo e Mártir

Nota biográfica:
       Nasceu cerca do ano 130 e foi educado em Esmirna. Foi discípulo de S. Policarpo, bispo desta cidade. No ano 177 era presbítero em Lião (França) e pouco tempo depois foi nomeado bispo da mesma cidade. Escreveu várias obras para defender a fé católica contra os erros dos gnósticos. Segundo a tradição, recebeu a palma do martírio cerca do ano 200.

Oração (de colecta):
       Senhor, que concedestes ao bispo Santo Ireneu o dom de proclamar com firmeza a verdadeira doutrina e de fortalecer a paz na Igreja, por sua intercessão renovai-nos na fé e na caridade, para trabalharmos sem descanso pela união e concórdia entre os homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo...

Palavras de Santo Ireneu:
       A glória de Deus é o homem vivo e a vida do homem é a visão de Deus.
       Participam da vida os que vêem a Deus, porque é o esplendor de Deus que dá a vida. Por isso, Aquele que é inacessível, incompreensível e invisível, torna-Se visível, compreensível e acessível para os homens, a fim de dar vida aos que O alcançam e vêem. Porque é impossível viver sem a vida; e não há vida sem a participação de Deus, participação que consiste em ver a Deus e gozar da sua bondade.

domingo, 27 de junho de 2010

Festa de São João Baptista - mais fotos

       Depois de apresentarmos fotos da Festa de São João Baptista, em fotos cedidas pelo Sr. Rui de Carvalho, que se referiam sobretudo à Procissão, com imagens da padroeira de Tabuaço, Nossa Senhora da Conceição, e do padroeiro de Távora, São João Baptista, apresentamos mais duas, do andor da paróquia de Pinheiros em honra de Santa Eufémia.

Senhor, porção da minha herança

       1 – O seguimento de Jesus pode e deverá realizar-se em diferentes estados de vida e em opções diversas, mas a radicalidade desse seguimento há-de fazer-nos voltar toda a nossa vida para Cristo e para o Seu Evangelho de caridade.
       Não podemos contemporizar com as injustiças, com as guerras, com a corrupção, com a exploração dos mais pobres, com a indiferença diante do atropelo dos direitos humanos.
       Recorda o Apóstolo, "pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros, porque toda a Lei se resume nesta palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo». Se vós, porém, vos mordeis e devorais mutuamente, tende cuidado, que acabareis por destruir-vos uns aos outros".

       2 – Se o Senhor Deus é a porção da nossa herança, então acertaremos o nosso passo pela palavra de Deus. O salmo que nos é proposto para hoje é extremamente significativo. Refere-se à vocação sacerdotal da tribo de Levi, que não tinha terras nem bens materiais, mas dependia inteiramente do templo e das ofertas feitas pelas outras tribos de Israel.
       Mas se é a realidade da tribo sacerdotal é também um desafio a cada um de nós, para que Deus ocupe o primeiro lugar da nossa vida. Não O coloquemos em estantes do esquecimento até que precisemos d'Ele, mas seja a primeira opção, a principal escolha e veremos que ao entregarmo-nos de coração ao Senhor nada perdemos, pelo contrário aprenderemos a saborear a vida de uma forma mais positiva.

Leia a Reflexão Dominical na página da Paróquia de Tabuaço, aqui!

sábado, 26 de junho de 2010

XIII Domingo do Tempo Comum

Primeira Leitura:
       "Então Eliseu abandonou os bois, correu atrás de Elias e disse-lhe: «Deixa-me ir abraçar meu pai e minha mãe; depois irei contigo». Elias respondeu: «Vai e volta, porque eu já fiz o que devia». ...Depois, Eliseu, levantou-se e seguiu Elias, ficando ao seu serviço" (1 Re 19,16b.19-21).

Salmo Responsorial - Sl 15 (16): O Senhor é minha herança
Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.
Diga ao Senhor: «Vós sois o meu Deus».
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena na vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.

Segunda Leitura:
       "Pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros, porque toda a Lei se resume nesta palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo». Se vós, porém, vos mordeis e devorais mutuamente, tende cuidado, que acabareis por destruir-vos uns aos outros" (Gal 5,1.13-18).

Evangelho:
       Jesus respondeu-lhe: "Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus" (Lc 9,51-62).

Leia a Reflexão Dominical na página da Paróquia de Tabuaço, aqui!

Festa do Compromisso e Envio

       O grupo de catequese do 9.º Ano, realizou hoje a Festa de Compromisso e Envio, encerrando-se também a Catequese Paroquial. Houve tempo ainda, no final, para uma foto de grupo, com as catequistas.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O pacote de bolachas


Uma moça estava à espera do seu voo, na sala de embarque de um grande aeroporto. Como deveria aguardar ainda muitas horas, resolveu comprar um livro para passar o tempo. E comprou também um pacote de bolachas.

Em seguida, acomodou-se numa poltrona, na sala Vip do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. Ao lado da poltrona, sentou-se um homem que abriu uma revista e começou a ler.

Quando ela tirou a primeira bolacha do pacote, o homem também pegou numa. Sentiu-se indignada, mas não disse nada. Apenas pensou: «Mas que cara de pau! Se eu estivesse maldisposta, daria um soco no olho dele, para nunca mais esquecer este atrevimento!»

A cada bolacha que ela pegava, o homem também tirava uma. Aquilo foi-a deixando indignada, mas não conseguia reagir. Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou:

«Ah... O que é que este abusador vai fazer agora?»

Então, o homem dividiu a última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela. «Ah! Aquilo era de mais!!!» Ela bufava de raiva.

Pegou no livro e nas suas coisas e dirigiu-se para a porta de embarque.

Quando se sentou, confortavelmente, numa poltrona, já no interior do avião, olhou para dentro da bolsa para tirar uma coisa; para sua surpresa, o pacote de bolachas estava lá, ainda intacto, fechado! Ela sentiu uma imensa vergonha! Percebeu que, afinal, ela é que tinha errado...

Ela tinha-se esquecido de que as bolachas estavam guardadas na sua bolsa. E o homem havia dividido o pacote dele sem se sentir indignado, enervado ou revoltado. Enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar a dividir com ele as bolachas dela. E já não havia tempo para se explicar nem para pedir desculpas!

Moral: Antes de tirares conclusões, observa melhor! Talvez as coisas não sejam exactamente como pensas! Não penses o que não sabes acerca das pessoas. Existem quatro coisas que não se recuperam nunca: a pedra depois de atirada; a palavra depois de proferida; a ocasião depois de perdida e o tempo depois de passado!

Mistura de Idiomas ou a Torre de Babel

       Um dia, Deus veio ver o que se passava. Deus olhou a torre de cima para baixo. Não havia dúvidas de que era alta. Mas Deus reparou noutra coisa: “Estas pessoas tornaram-se demasiado espertas” – disse Deus. “O seu êxito tornou-as destemidas. Em breve serão capazes de fazer tudo aquilo que quiserem. É altura de lhes mostrar que não são deuses”.
       Na vez seguinte em que todos se reuniram para trabalhar na torre, algo bastante estranho aconteceu. Um grupo de trabalhadores escutou outro grupo a utilizar palavras novas e estranhas quando falavam entre si.
       “De que falam aqueles homens?” – quiseram saber. “Têm algum segredo? Estarão a conspirar algo contra nós?”.
       Os membros de um terceiro grupo abanaram as cabeças e murmuraram entre si. Não conseguiram perceber nenhum dos dois grupos. “Não é justo!” – disseram. “Passa-se alguma coisa e não sabemos do que se trata! Como podemos confiar em pessoas que não falam francamente connosco? Já não nos sentimos seguros a trabalhar ao lado deles”.
       Lá em cima no céu, Deus sorriu. “Uma coisa tão simples” – disse Deus, “misturar os seus idiomas. Como falam sem parar! Agora, toda a sua gabarolice para construir a torre mais alta do mundo não irá dar em nada”.
       E assim foi. Os grupos de pessoas começaram gritar uns com os outros e, não havendo entendimento entre eles, começaram a lutar. “Basta!” – exclamaram eles. “Já chega de palavras secretas e de planos secretos. Vamos viver cada um para seu lado”.
      Passado pouco tempo, iniciou-se um grande movimento de pessoas. Diferentes grupos viajaram para diferentes locais e acarinharam a sua própria língua e identidade mais do que qualquer outra. Em pouco tempo, o mundo era constituído por uma diversidade de nações. E foi por isso que a construção da Torre de Babel ficou interrompida a meio.

Mónica Aleixo, in Voz Jovem, Junho 2010.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

São João Baptista, o Precursor

        É o único santo, com a Virgem Maria, de quem a Liturgia celebra o nascimento para a terra. Isso deve-se certamente, à missão única, que, na História da Salvação, foi confiada a este homem, santificado, no seio de sua mãe, pela presença do Salvador, que mais tarde, dele fará um belo elogio (Lc. 7, 28).
       Anel de ligação entre a Antiga e a Nova Aliança, João foi acima de tudo, o enviado de Deus, uma testemunha fiel da Luz, aquele que anunciou Cristo e o apresentou ao mundo. Profeta por excelência, a ponto de não ser senão uma «Voz» de Deus, ele é o Precursor imediato de Cristo: vai à Sua frente, apontando, com a sua palavra e com o exemplo da sua vida, as condições necessários para se conseguir a Salvação.

       São João Baptista é primo de Jesus e nasce cerca de seis meses antes. O seu nascimento dá-se envolto em mistério. Os seus pais, Isabel e Zacarias, eram já de idade avançada. Mas por graça de Deus, geraram na velhice. João é abençoado desde o seio materno para se tornar o Precursor de Jesus, o que vem para preparar o caminho do Messias
       Tal como de Jesus, pouco se sabe da vida de João Baptista até à idade adulta. São Lucas refere apenas que o menino crescia em robustez, e que se manteve no deserto até ao dia da sua apresentação a Israel.
       Usava trajes simples e pobres, alimentava-se frugalmente, dedicava-se à pregação e ao baptismo de penitência. Alguns julgaram-no o Messias esperado, mas a todos foi respondendo que estava para chegar Alguém maior, a quem não era digno sequer de desatar a correia das sandálias.
       Denunciava injustiças, nomeadamente daqueles que estavam no poder. Herodes manda prendê-lo, mas João não deixa de o criticar. Herodes vivia com a mulher do seu irmão Filipe, Herodíades. Esta pedirá a cabeça de João. E assim ele morre decapitado.
       Jesus diz dele: “Entre os nascidos de mulher, nenhum é maior que João… Ele é o próprio Elias que havia de vir”.

Fonte: Secretariado Nacional da Liturgia e Escolhas e Percursos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Solenidade de São João Baptista


       O dia 24 de Junho é dedicado ao grande Precusor de Cristo, São João Baptista  O Seu nascimento celebra-se em toda a Igreja. É o Padroeiro do Município de Tabuaço e, por conseguinte, feriado, dia de festa. No que toca à dimensão religiosa, a celebração centra-se na Eucaristia, Pregação e Procissão, em honra de São João Baptista. O pregador, deste ano, será o Pe. António José Ferreira, Vice-reitor do Seminário Menor de Resende.

E por falar em árvore!

       O bispo foi visitar um mosteiro. Olhando pela janela, fitou o olhar numa árvore frondosa e secular. Nisto viram passar diante da árvore um homem que se lhe dirigiu dizendo-lhe algo. E a árvore floresceu.
       O bispo admirado, disse ao monge:
       - Viu o que sucedeu?
       - Sim, senhor bispo. Às vezes acontece. É coisa de santos.
       E passou depois um outro homem que também saudou a árvore, e esta imediatamente se encheu de frutos. Diz o bispo:
       - Este homem também deve ser um santo!
       O prelado estava cada vez mais admirado. Passado algum tempo, passou um mendigo. Disse algo à árvore. E nesse instante os frutos da árvore caíram a seus pés. O mendigo recolheu-os e seguiu o seu caminho. O bispo disse ao monge:
       - Este também deve ser um santo!
       Passou outra pessoa que também saudou a árvore e esta, para surpresa de todos, ficou com uma cor encarnada. O bispo comentou:
       - Este, pelo contrário deve ser um grande pecador.
       O monge respondeu: Não, irmão. Esse pobre homem louvou a Deus pela beleza da árvore e esta, que desconhecia ser tão bela, corou.

Autor desconhecido

terça-feira, 22 de junho de 2010

Finalistas da Pré de Tabuaço - Fotos

       No dia 17 de Junho, do corrente ano, realizou-se a Missa de Finalistas do pre-escolar. Como prometido, algumas fotos, cedidas pela Foto Martinho, a quem agradecemos a gentileza.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ópera... Emocionante e arrebatador!

A música além de linguagem universal faz-nos reflectir que um novo mundo é possível; ali desapareceram os negros, os brancos, os semitas, islâmicos, orientais...foram transformados em simples humanos, sentimentais humanos.Lindo!
É caso para dizer,quando Maomé não vai à montanha, esta vem a Maomé.
Imagine mais de 30 membros da Companhia de Opera da Filadélfia, no meio do povo num mercado, como transeuntes comuns e de repente começam a cantar" La Traviata".

Finalistas de Távora - fotos

       No dia 18 de Junho, na Sexta-feira passada, foi a Festa de Finalistas de 3 meninos da Escola do Primeiro Ciclo de Távora. Cedidas pelo Sr. Rui de Carvalho, de Távora, aqui ficam algumas imagens ilustrativas desta festa.

Ordenações Sacerdotais - Diocese de Lamego

       A Diocese desde ontem conta com 4 novos sacerdotes: André Pereira, António Giroto, Bernardo Magalhães e José Filipe. A Celebração, presidida pelo Sr. Bispo D. Jacinto Botelho, contou com a presença de mais dois Bispos, D. António José Rafael, Bispo emérito de Bragança-Miranda, e D. Manuel António dos Santos, Bispo de S. Tomé e Príncipe, tio de André Pereira, e cerca de 100 sacedotes das dioceses de Lamego, Viseu, Bragança, Porto.
       Neste vídeo, do Gabinete de Impressa da Diocese de Lamego, podem visualizar-se algumas imagens da celebração de ordenação. Outros vídeos podem ser consultados no Canal da Diocese de Lamego no Youtube, ou no Blogue da Diocese.

São Luís Gonzaga

Nota biográfica:
       Nasceu em 1568 perto de Mântua, na Lombardia, filho dos príncipes de Castiglione. Educado cristamente por sua mãe, desde cedo mostrou indícios de grande aspiração pela vida religiosa. Renunciando ao principado em favor de seu irmão, entrou na Companhia de Jesus em Roma; e, durante os estudos de teologia, entregando-se ao serviço dos enfermos nos hospitais, contraiu uma enfermidade que o levou à morte no ano 1591.

Oração (de colecta):
       Senhor nosso Deus, fonte de todos os dons espirituais, que reunistes no jovem São Luís Gonzaga a prática da penitência e uma admirável pureza de vida, concedei-nos, por seus méritos e intercessão, que o imitemos na penitência, já que não o imitamos na inocência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

domingo, 20 de junho de 2010

A CRUZ é lugar de encontro e de salvação

       1 – A CRUZ é um lugar de encontro, de partilha, de desafio, é um lugar de salvação.
       Paira sobre o cristão não como "machado" de sacrifício, sofrimento e morte, mas como ceptro de alegria, de paz, de esperança e de amor. Jesus Cristo salva-nos a partir da Cruz que é, sempre e antes de mais, expressão do amor de Deus. Ao primeiro olhar a dúvida e a incerteza: quererá Deus que os seguidores de Cristo sofram como Ele?
       Ao deixarmo-nos olhar por Ele, vemos claramente que se trata de amor, de paixão pela humanidade. O seu suplício é voluntarioso, vicarial, substitui-nos. É Ele que decide dar a vida. Tendo poder para Se livrar de todo o sofrimento, assume por amor, elevando à radicalidade a Sua entrega. Poderia ser de outra maneira, mas foi assim. Podia fugir. Optou por viver na verdade, na caridade e na oblação, realizando a vontade de Deus Pai. Diga-se que a vontade de Deus não é a morte de Jesus, mas a entrega, o amor, a vida.
       A crucifixão é o epílogo na vida de Jesus: amando, fazendo o bem, pregando a verdade, acolhendo os mais débeis, escolhendo o perdão e a partilha solidária. Ele não vira as costas nem às pessoas, nem à verdade. Procura sempre viver do amor de Deus para nos conduzir ao amor de Deus.
       2 – Quando contemplamos a CRUZ, na verdade de nossas vidas, envolvemo-nos com Jesus, comprometemo-nos com o seu projecto de salvação. Acolhemos o Seu amor, para vivermos na Sua paz, para progredirmos na Sua santidade, para amarmos sem medida, caminhando para a eternidade.
       É certo que na Cruz também estão as nossas lágrimas. Também nós O levamos, com o nosso pecado e com a nossa treva, até ao lenho da cruz. "Ao olhar para Mim, a quem trespassaram, lamentar-se-ão como se lamenta um filho único, chorarão como se chora o primogénito". No entanto, Deus dá-nos novas oportunidades: "Sobre a casa de David e os habitantes de Jerusalém derramarei um espírito de piedade e de súplica. Naquele dia, jorrará uma nascente para a casa de David e para os habitantes de Jerusalém, a fim de lavar o pecado e a impureza" (1.ª leitura).
       A identidade do cristão passa pela CRUZ. Primeiro Ele, nós como seguidores. Não para sofrer, mas para nos perdermos no Seu AMOR: "Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á" (Evangelho).

       3 – A morte e a ressurreição de Jesus é o conteúdo central e essencial da fé cristã. Em cada Eucaristia, na qual o pão e o vinho, por acção do Espírito Santo, se convertem em Corpo e Sangue de Jesus, anunciamos, actualizamos, tornamos presente este grande mistério da nossa fé. Mas também em cada celebração cristã, na palavra proclamada, nos gestos, nas orações, em tudo anunciamos e vivemos na morte e ressurreição de Jesus.
       Com efeito, "Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, porque todos vós, que fostes baptizados em Cristo, fostes revestidos de Cristo" (2.ª leitura). Fomos/somos baptizados na morte e ressurreição de Jesus. E se todos somos baptizados em Cristo, todos somos filhos. É n'Ele que nos comprometemos com os outros, com o mundo, com a história.
       Não basta saber o que é o cristianismo, ou quem é Jesus Cristo. É inevitável, como discípulos seus, respondermos por nós, deixarmo-nos interpelar por Ele: "E vós, quem dizeis que Eu sou?" (Evangelho). Cabe-nos responder com a vida.

Tu és a água viva, Tu és a água pura

       Água viva é Jesus Cristo. No Dia do Senhor, Domingo, vale a pena deixar-se elevar por este diaporama com a música fresca de Claudine Pinheiro.

sábado, 19 de junho de 2010

XII Domingo do Tempo Comum

Primeira Leitura:
       "Ao olhar para Mim, a quem trespassaram, lamentar-se-ão como se lamenta um filho único, chorarão como se chora o primogénito... Sobre a casa de David e os habitantes de Jerusalém derramarei um espírito de piedade e de súplica. Naquele dia, jorrará uma nascente para a casa de David e para os habitantes de Jerusalém, a fim de lavar o pecado e a impureza" (Zac 12,10-11;13,1).

Segunda Leitura:
       "Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, porque todos vós, que fostes baptizados em Cristo, fostes revestidos de Cristo" (Gal 3,26-29).
Evangelho:
       "Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á" (Lc 9,18-24).

Ordenação de 4 novos sacerdotes

       O Ano Sacerdotal, para o qual o Santo Padre Bento XVI convocou toda a Igreja, terá a sua conclusão assinalada, na Diocese de Lamego, com a ordenação de quatro novos sacerdotes e com a reunião do Conselho de Presbíteros, a realizar na próxima Sexta-feira, 25 de Junho.
       Mas como corolário deste ano as ordenações sacerdotais que serão no próximo Domingo, 20 de Junho, com início pelas 16h na Sé de Lamego, e serão presididas pelo Bispo da Diocese, D. Jacinto Botelho que, nos 10 anos que leva à frente dos destinos da Diocese, ordenou, até agora, 20 sacerdotes.
(António Giroto; José Filipe; Bernardo Maria; André Pereira)

       Os novos 4 sacerdotes da Diocese de Lamego serão: André Filipe Mendes Pereira, da paróquia de S. Joaninho, concelho de Castro Daire; António Jorge Gomes Giroto, de Mós, Paróquia de Parada de Ester, concelho de Castro Daire; Bernardo Maria Furtado de Mendonça Gago de Magalhães, da Paróquia de Carvalhido, concelho do Porto; José Filipe Mendes Pereira, da Paróquia de Nespereira, concelho de Cinfães.
       Todos eles esceveram um breve testemunho, que pode ser lido no blogue da Diocese.

Ama-me como és

«Eu, teu Deus, conheço a tua miséria,
os combates e as tribulações da tua alma,
a fraqueza e as enfermidades do teu corpo;
conheço a tua frouxidão, os teus pecados, as tuas falhas;
mesmo assim, eu te digo:
"Dá-me o teu coração, ama-me como és".
Se esperas ser um anjo para te entregares ao amor,
nunca me amarás.
Embora tornes a cair muitas vezes nessas faltas
que desejarias nunca conhecer,
embora sejas indolente na prática da virtude,
não te permito que não ames.
Ama-me como és.
Em cada instante e em qualquer situação em que te encontrares,
no fervor ou na aridez,
na fidelidade ou na infidelidade,
ama-me tal como és.
Quero o amor do teu coração indigente.
Se, para me amares, esperas ser perfeito, nunca me amarás.
Meu filho, deixa-me amar-te, eu quero o teu coração.»

Luís Rocha e Melo S.J. , em "Se tu soubesses o dom de Deus", in Conhecer e Seguir Jesus

A caridade nasce da Eucaristia

       Terça-feira à noite, na Basílica romana de São João de Latrão, o Papa abriu o congresso da diocese de Roma dedicado à Eucaristia dominical e ao testemunho da caridade.
       A celebração da Eucaristia, explicou Bento XVI no seu discurso, encontro com Cristo Ressuscitado "presente no nosso hoje", nos impõe e, "ao mesmo tempo nos torna capazes de nos tornar, por nossa vez, pão partido para os nossos irmãos, vindo ao encontro de suas exigências e doando nós mesmos".
       Por isso, uma celebração eucarística que não conduz a encontrar os homens ali onde vivem, trabalham e sofrem, para oferecer-lhes o amor de Deus, não manifesta a verdade que desfecha.
       Os gestos de partilha, de facto, "permitem a construção da civilização do amor", e quando recebemos Cristo na Eucaristia, o amor de Deus se expande no nosso íntimo e nos torna capazes de gestos "que podem transformar a vida das pessoas que vivem ao nosso lado". Por isso, é fundamental, concluiu o Papa, nos itinerários de educação à fé, "se destaque que no sacramento da Eucaristia Cristo é verdadeiramente, realmente e substancialmente presente".
Fonte: H2news.

Não vos inquieteis com o dia de amanhã

       Disse Jesus aos seus discípulos: "Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; o vosso Pai celeste as sustenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Quem de entre vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à sua estatura? E porque vos inquietais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam; mas Eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? Não vos inquieteis, dizendo: ‘Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?’ Os pagãos é que se preocupam com todas estas coisas. Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado" (Mt 6, 24-34).
 
       A confiança em Deus é fundamental para o seguimento. O discípulo deve preocupar-se sobretudo em buscar a justiça, em viver a caridade, em desfrutar da esperança, em dar um sentido positivo à sua vida, em servir o seu semelhante. As preocupações com o dia a dia não devem paralisar a esperança e o compromisso com a transformação do mundo em que vivemos.
       Em tempo de crise económico-financeira, mas também e antes de mais crise de valores, a palavra de Jesus é ainda mais provocadora. Jesus tranquiliza os seus discípulos, que somos nós também. Diz-nos para vivermos o hoje, na certeza de que Deus é o nosso futuro e Ele assegurará o amanhã.

A Beleza da Vida

Em toda a nossa vida, as mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio do olhar, por isso a deficiência auditiva não é algo que interfira no processo de ensino aprendizagem. Mas algo que devemos conhecer para crescer enquanto profissionais da educação.

Não há nada como os sonhos para criar o futuro, e já que podemos sonhar por que não sonhar com uma inclusão de qualidade onde o ensino público seja realmente inclusivo e de qualidade, ou seja, saia do sonho para se tornar real.

A vontade humana é que faz a diferença entre o possível e o impossível. Mais uma vez retomo os surdos para dizer que os verdadeiros sentimentos se manifestam mais por actos que por palavras.

No entanto, sabemos que o mundo é extremamente visual, mas às vezes é preciso parar e olhar para longe, para podermos enxergar o que está adiante de nós, pois saber ver é, principalmente, saber sentir o que se olha.

Esta mensagem escrevi pensando em meu filho, pois a “deficiência” não está só para quem nasce com ela, ela pode vir para qualquer um de nós, e quando ela chegar temos que estar preparados para ela.

Precisamos viver com as diferenças para aprender mais sobre nós mesmos. E se no trabalho se cansou. Pare! Não importa onde você parou, em que momento da vida você se cansou. Recomeçar é dar uma nova oportunidade a si mesmo, é renovar os sonhos, a esperança e, principalmente, o amor, acreditando em você de novo e juntos quebrarmos as barreiras do preconceito.

Tudo isso é para dizer que a felicidade não está em viver, mas em saber viver, pois não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive. E viver? Viver é estar junto das pessoas que amamos e buscar o amor das outras pessoas, pois assim estaremos cumprindo com um dos mandamentos da lei de Deus. Dessa forma teremos inclusão não só nas escolas, mas na sociedade como um todo.

Eucaristia dos Finalistas - Távora

       Ontem, a celebração da Missa em Tabuaço dedicada ao finalistas do Pré-escolar. Hoje foi a vez de Távora, não de finalistas da Pré, ainda que estivessem presentes, mas de 3 finalistas (rapazes) do Primeiro Ciclo do Ensino Básico.
       Ao longo dos anos é uma celebração que se repete, com alegria, como acção de graças, como súplica das bênçãos de Deus. É por demais significativo, que os meninos possam assinalar a passagens das diversas etapas da vida (também) numa perspectiva de fé.
       Logo que tenhamos acesso a fotografias das duas celebrações, de Tabuaço e de Távora, colocaremos aqui neste espaço de encontro, de reflexão e de partilha.

Saramago e as respostas finais

(16 de Novembro de 1922 - 18 de Junho de 2010)
       José Saramago morreu hoje, com 87 anos.
       Ainda que se discorde de muitos pontos de vista, o certo é que Saramago é um nome incontornável da literatura e da cultura portuguesa e mundial. Pessoalmente, lemos vários dos seus livros, com agrado. Tinha uma imaginação muito fértil. Nos dois mais relacionados com a religião, achámos sempe que foi sobretudo uma oportunidade de negócio. Um não crente, faz um texto sobre outros textos que tem a ver com os crentes. Quem compra, crentes e não crentes. Tudo o que leve a palavra religião, fé, polémica, vende certamente.
       Mas se muitas dúvidas José Saramago tinha sobre o fim último, sobre o que advinha para lá da morte, hoje sabe mais que nós, muito mais. Tem muitas mais respostas. Deus lhe dê o eterno descanso. E as certezas que agora tem, que nós um dia também possamos ser iluminados pela presença de Deus.
       Um conto ilustrado de José Saramago, "A Maior Flor do Mundo":

Ser padre, segundo Bento XVI

       Bento XVI, na Vigília de Encerramento do Ano Sacerdotal, perante 11 mil sacerdotes procurou responder a algumas questões colocadas pelos sacerdotes presentes. Uma das questões foi sobre o celibato. Em tempo que a moda "é não casar", tanta constestação ao celibato...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Eucaristia: Finalistas Pré-escolar - Tabuaço

       Quiseram as Educadoras de Tabuaço, do pré-escolar, assinalar o fim do ano e a passagem dos seus educandos para o Primeiro Ciclo do Ensino Básico com a celebração de uma Eucaristia festina, na Igreja Paroquial de Tabuaço, com a presença do Grupo Coral Infanto-Juvenil (da catequese), 18 crianças finalistas, outras crianças, pais e amigos dos finalistas, comunidade paroquial.
       Quando a dimensão crente é afastada da vida pública, social e cultural, este é um gesto por demais significativo. As professoras quiseram que a dimensão religiosa e festiva coroasse o trablaho realizados nos últimos anos. Com elas podemos concluir, que a fé nada retira, dá-nos uma visão positiva sobre a vida.
       Amanhã será a vez de Távora, mas desta feita os finalistas serão da pré-escola, mas também do Primeiro Ciclo do Ensino Básico.

Tornai as vossas vidas lugar de Beleza

       "Olhar penetrante, franzino, altura média. O Papa tem o perfil de quem ouve mais do que fala. Talvez por isso é escutado no que diz. E, entre muito do que disse em Portugal, retive uma exortação que resume a visita: «Tornai as vossas vidas lugares de Beleza». Beleza feita de Paz, Harmonia, Verdade e Solidariedade...
       O Papa traz o impulso e a vontade de mudar o Mundo! Pede-nos que o façamos primeiro no nosso pequeno mundo individual..."

Fátima Campos Ferreira, in Bento XVI e Portugal. Paulus Editora: Lisboa 2010.

Sugestão: "Bento XVI e Portugal"

       A Viagem Apostólica de Bento XVI a Portugal suscitou um elevado interesse e adesão dos portugueses. Os gestos, o sorriso e as palavras tornaram-se uma lento, uma chamada à esperança pela fé do bom Deus. As várias intervenções do Papa estão disponíveis, através da página oficial, em formato PDF, e também numa ou outra publicação impressa. As Paulinas editaram os textos de Bento XVI e os textos de outros intervenientes nos diversos encontros com o Papa.
       A Paulus Editora deu à estampa o livro, que agora recomendámos, com as intervenções do Papa, duas conferências de preparação da vinda de Bento XVI, de D. João Lavrador e de Pe. Luciano Cristino, o prefácio é da jornalista da RTP Fátima campos Ferreira; inclui um DVD com algumas imagens da viagem; com o Hino Pontifício; com o Hino da Viagem Pastoral a Portugal; com testemunhos de várias personalidades, de jovens, de pessoas anónimas, e com a recitação do Rosário por Bento XVI, em Fátima.
       No interior deste livro fotos várias dos quatro dias de Bento XVI em Portugal.

Bento XVI e Portugal. Contigo caminhamos na Esperança. 
Paulus Editora: Lisboa 2010.

Orai assim: Pai-nosso, que estais nos Céus

       "Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas" (Mt 6, 7-15).
       A oração mais conhecida e mais sublime dos cristãos é, sem dúvida, a oração do PAI-NOSSO. É também a única oração que Jesus ensina aos seus discípulos. Jesus começa por dizer que para rezar a Deus não é preciso o uso de muitas palavras e sobretudo se estas não brotarem do coração mas apenas nos lábios. Deus bem sabe o que precisamos.
       A oração do Pai-nosso, rezada com verdade, conduz-nos ao essencial da mensagem de Jesus Cristo. Deus é Pai. É Pai de todos. Todos somos irmãos. Temos o mesmo Pai, o mesmo Deus. Se o reino de Deus se realizar em nós, será um reino de justiça, de paz, solidário, na partilha e na comunhão, onde cada pessoa será rosto de Deus. Assimilar que Deus é Pai de todos leva-nos a um compromisso sincero com o nosso semelhante, procurando o bem, como expressão da caridade divina.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Desejos finais de Alexandre Magno

  1. Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
  2. Que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados como prata, ouro e pedras preciosas;
  3. Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
       Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a ALEXANDRE quais as razões desses pedidos e ele explicou:
  1. Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
  2. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
  3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

Nas Tuas mãos, ó Cristo, eu me perco e me encontras!

       No próximo Domingo, 20 de Junho, a Diocese de Lamego vai ordenar 4 novos sacerdotes: André Pereira e António Giroto, de Castro Daire (São Joaninho e Parada de Ester, respctivamente), Bernardo Magalhães, de Paços de Ferreira, e José Filipe Pereira, de Cinfães.
       O testemunho dos 4, encontra-se no blogue da Diocese de Lamego. Transcrevemos o do André Pereira, por o conhecermos melhor: quando precisamos de pautas de cânticos litúrgicos, recorremos a ele, e no passado dia 5 de Junho tivemos a oportunidade de estar no Seminário de Resende, onde faz o seu estágio pastoral, com a catequese. Leia o belíssimo testemunho:

       Não há nada de mais belo do que viver segundo a vontade de Deus e entregarmo-nos completamente aquele que sabemos que nos ama. Ser padre, para mim, é realizar e aceitar, em primeiro lugar, esse convite que Jesus faz aos seus Discípulos: Vem e segue-me! Aceitando esse convite, nós vamos descobrindo alguém extraordinário, que é verdadeiramente nosso amigo, e que nós vamos descobrindo, mais cedo ou mais tarde, que vale mesmo apena uma entrega radical a Ele, sendo seu discípulos e apóstolo. Aliás, Ele não vale apena; vale a vida!
       É esta a grande certeza que descobri ao longo destes anos de caminhada em Seminário. E é com esta convicção que, ao abraçar a mensagem de amor, esperança e salvação de Deus e ir anunciá-la àqueles que mais precisam, que darei mais um passo, o grande passo, para uma entrega total a Ele.
       Que ao longo da minha vida poderei concretizar tudo aquilo que Deus espera de mim, com as minhas qualidades e defeitos. Que nos momentos de desconfiança, Ele transforme-os em momentos de confiança. Que nos tempos de medo, Ele transforme-os em momentos de coragem.
       É nas Tuas mãos, ó Cristo, mão de amor, mãos de ternura, mãos que transformam tudo o que tocam, eu consiga perder-me, neste gesto de entrega e abnegação radicais, acolhendo a tua mensagem e transmitindo-a aos irmãos mais necessitados. Faz, Senhor, que tudo aquilo que fizer em teu nome seja realmente feito para Tua memória.
       Nas Tuas mãos, ó Cristo, eu me perco e me encontras! - Este é o lema que me irá guiar na minha caminhada no sacerdócio, porque tenho a certeza que, quanto maior é a entrega maior é a perdição (de nós mesmos) e maior é a alegria do encontro (que Tu realizas e provocas).
       Assim Deus me ajude!

Diác. André Pereira

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ser cristãos nos dias de hoje

Para ser cristão é preciso, antes de tudo, ser “humano”.

 
       Para nos salvar Jesus assume a humanidade e a vive integralmente, mostrando que não se pode fazer a vontade de Deus na terra a não ser através da humanidade. Olhar para a humanidade de Jesus é olhar para o que Deus espera de nós, seres humanos.
       Para compreender o sentido de ser “humano” é necessária a calma, a tranquilidade para mergulhar no próprio interior e descobrir “quem somos”, sem qualquer sombra de julgamento. Pois assim como Deus estava em Jesus, assim também está em nós.
       Quem procura Deus tem que procurar a si mesmo, à sua verdade.
       Nos dias atuais, o ser humano é assombrado por três medos fundamentais:

Medo de ser determinado pelos outros:
       – isto é, agir segundo a vontade de outras pessoas abrindo mão do seu livre arbítrio. Quando a Bíblia nos diz que Jesus foi obediente a Deus (Fl 2,8) não significa que agiu contra a própria vontade, mas que ouvindo a Deus que falava em seu íntimo aceitou e assumiu o projeto do Pai como seu próprio protejo e determinou-se a ser fiel a esse protejo, mesmo diante da morte tramada pelos que detinham o poder.
       No mundo actual, onde impera o individualismo, muitos vêem a vontade de Deus como empecilho à liberdade individual. No entanto, Deus não está em nós para quebrar a nossa própria vontade, ao contrário Ele vem dar o sentido da nossa existência humana. A vontade de cada um tem diferentes dimensões, mas a base será sempre a manifestação da vontade de Deus, que também se manifesta nos anseios do povo e nos clamores da sociedade. Quando Jesus, no Horto das Oliveiras, pede ao Pai que afaste o cálice do sofrimento (Mt 26,39), no mesmo instante Ele reafirma a sua base ao pedir que se faça a vontade de Deus. Jesus sabe que o Pai não deseja seu sofrimento, mas apenas a fidelidade ao seu protejo de amor. O sofrimento pelo qual Jesus passará é fruto da maldade do homem e não da vontade de Deus. Assim, a obediência evangélica é aquela que nos leva a agir sendo fiéis a Deus, ao que somos e aos valores humanos.
 
Medo da fome:
       – de não ter o necessário para sobreviver. “Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas?” (Mt 6,26). Ser pobre é não ter nada, não pensar nada e não querer nada. Não ter nada não significa não possuir bens, mas também não querer possuir Deus. A pobreza evangélica é aquela que nos leva a não considerar os bens como propriedade exclusiva, e mais ainda não considerar Deus como nossa propriedade.
       A riqueza não é ruim em si, mas tem a capacidade de reforçar em nós o apego e a induzir as pessoas a usar máscaras, o que provoca o vazio interior. Quem não consegue renunciar às coisas, jamais conseguirá fortalecer o próprio “EU”. Somos chamados a viver a generosidade da partilha total, conscientes de que o que possuímos é temporário e jamais deverá ser estocado, mas deve servir para o bem de todos; “Não se pode servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13).
 
Medo da solidão:
       – de não ser amado, ser abandonado. Empreendemos uma busca desesperada de agradar os outros passando por cima dos nossos próprios valores e anseios esperando com isso a atenção desses. Com isso perdemos a própria identidade. “Amai ao próximo como a ti mesmo” (Mt 19,19) – aqui Jesus deixa claro que só podemos amar aos outros se nos amarmos primeiro, e quem se ama se respeita e procura se conhecer. Assim, devemos descobrir quem somos no mais profundo do nosso íntimo e nos amarmos. E quando isso acontece, nos encontramos com Deus que nos ama do modo mais profundo e descobrimos que jamais estaremos sozinhos. A partir daí, construiremos a base da nossa vida no próprio Deus. A castidade evangélica é fruto de uma vida construída sobre alicerces de integração da sexualidade e não da sua negação, identificando para onde ela nos leva.
       Encontramos na Bíblia belíssimos relatos impregnados de sexualidade que nos falam do amor de Deus pela humanidade, o “Cântico dos Cânticos” é um exemplo disso.

Para desenvolver a integração da sexualidade é necessário:
  • Desenvolver uma cultura de vida saudável. Hoje há um movimento de destruição da vida, é preciso cultivar a vida saudável, a própria casa e o próprio ser como lugar onde se habita com paz e bem estar.
  • Cultivar a amizade sincera, deixando que as pessoas cheguem ao coração, deixando-se cativar.
  • Cultivar a criatividade, usando-a como meio de expressão pessoal e até mesmo da própria sexualidade.
  • Cultivar a espiritualidade mística, que tem a ver com experimentar Deus, com silêncio e meditação. A espiritualidade mística não leva a perder o contato com a realidade, nem a ficar girando em torno de si mesmo na busca pelo próprio bem estar e a própria salvação, mas induz ao questionamento pessoal do que pensamos, sentimos e fazemos na busca da comunhão e do bem comum.
       Cada pessoa tem o desejo de amar e ser amado que leva à experiência de sentir-se pleno ou vazio, acolhido ou rejeitado. É essa experiência que nos leva a compreender que permanecer no amor é permanecer em Deus.
 
Desafios são vencidos quando se vive o Baptismo:
       O baptismo nos confere o ser rei, sacerdote e profeta; e cada um desses selos tem um significado próprio que nos identifica com Jesus.
  • Ser rei ou rainha é ter a capacidade de viver por si mesmo, sem se deixar levar pelos outros, é ser soberano de si mesmo e da própria dignidade.
  • Ser sacerdote é ser guardião do sagrado, é guardar em si o espaço sagrado interior. Jesus afirmou que o Reino de Deus está em nós (cf. Lc 17, 20-24). O sagrado está livre do mundo e dá liberdade para que possamos estar no mundo sem nos deixarmos prender por ele ou por seus julgamentos. O espaço sagrado é o espaço da autenticidade, da originalidade; é o lugar da entrega, onde não há espaço para o sentimento de culpa.
  • Ser profeta é dizer algo de Deus a partir da própria experiência que se tem dele e da sua presença em nossa vida. É ter sensibilidade para falar sobre coisas que ferem o ser humano e clamam contra Deus.
       O desejo de controle absoluto, de si e do outro, nos coloca na contramão da caminhada cristã e impede as pessoas de serem “humanas”; quanto mais nos entregamos ao amor de Deus e nos deixamos guiar e transformar por esse amor, mais nos aproximamos da humanidade perfeita, perfeição a que Jesus nos chamou (Mt 5,48).
 
postado a partir do blogue: Nos Passos de Jesus.