A terceira Carta Encíclica de Bento XVI empresta o título a este blogue. A Caridade na Verdade. Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade, mas só esta entra na eternidade com Deus. Espaço pastoral de Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo, de portas abertas para a Igreja e para o mundo...
terça-feira, 31 de outubro de 2017
sábado, 28 de outubro de 2017
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
A vida depende de mim, e de ti...
Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu irmão que
reparta a herança comigo». Jesus respondeu-lhe: «Amigo, quem Me fez
juiz ou árbitro das vossas partilhas?». Depois disse aos presentes:
«Vede bem, guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não
depende da abundância dos seus bens». E disse-lhes esta parábola: «O
campo dum homem rico tinha produzido excelente colheita. Ele pensou
consigo: ‘Que hei-de fazer, pois não tenho onde guardar a minha
colheita? Vou fazer assim: Deitarei abaixo os meus celeiros para
construir outros maiores, onde guardarei todo o meu trigo e os meus
bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Minha alma, tens muitos bens em
depósito para longos anos. Descansa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus
respondeu-lhe: ‘Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. O
que preparaste, para quem será?’ Assim acontece a quem acumula para si,
em vez de se tornar rico aos olhos de Deus». (Lc 12, 13-21).
Se a vida dependesse da abundância dos bens materiais, todos os que tivessem muitos bens seriam felizes; pelo contrário, as pessoas que tivessem poucos bens seriam infelizes. Não é o o que acontece. Há pessoas muito ricas, materialmente falando, e que não encontram motivos para serem felizes. Há pessoas que têm muito pouco, mas que transbordam em alegria, em paz, em sabedoria, em partilha.
Por outras palavras, a vida depende muito mais da atitude que tivermos diante das dificuldades, diante das oportunidades que nos são dadas, diante das pessoas que encontramos. Ser feliz depende muito mais de cada um de nós do que do exterior, ou da possessão de muitas coisas. Importa cultivar tesouros que permaneçam para a eternidade: o que fizermos por amor!
sábado, 21 de outubro de 2017
Esta é uma geração perversa...
Disse Jesus: "Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas" (Lc 11, 29-32).
Ao ouvirmos hoje Jesus notamos uma certa indignação, ainda que Ele saiba o quanto é difícil a Sua mensagem ter plena aceitação, mas também sabe que um coração atento, disponível para o bem, para acolher os dons de Deus, poderá facilmente entrar no caminho da felicidade, da santidade, da salvação.
Depois de vários sinais dados por Jesus - milagres, expulsão de espíritos impuros, anúncio da Palavra de Deus, acolhimento dos mais pobres e desfavorecidos, perdão dos pecados -, a incredulidade de muitos levam-n'O a ter este desabafo. Se as multidões reconhecessem o dom de Deus, como tudo seria tão diferente!
O próprio filho do Homem - Jesus Cristo - será um sinal para esta geração, para todas as gerações. Cabe-nos acolher o sinal e deixarmo-nos converter. Não basta possuir talentos, ou receber dons, é necessário desenvolvê-los, colocá-los ao serviço dos outros. A presença de Jesus (como sinal) vale se deixarmos que a Sua presença seja impulsionadora na transformação da nossa vida e do nosso mundo.
O próprio filho do Homem - Jesus Cristo - será um sinal para esta geração, para todas as gerações. Cabe-nos acolher o sinal e deixarmo-nos converter. Não basta possuir talentos, ou receber dons, é necessário desenvolvê-los, colocá-los ao serviço dos outros. A presença de Jesus (como sinal) vale se deixarmos que a Sua presença seja impulsionadora na transformação da nossa vida e do nosso mundo.
Por outro
lado, na nossa vida há muitas situações que carecem de comprovação, como
por exemplo a confiança que depositamos em alguém. Essa confiança é que
nos vai levar a aproximarmo-nos dela. Se pelo contrário somos incapazes
de confiar, nunca descobriremos que ela é uma pessoa de bem. A Jesus
pedem-lhe um sinal inequívoco, depois de terem visto diversos prodígios.
Jesus diz-lhes e diz-nos que o verdadeiro sinal é Ele mesmo, com a Sua
vida e assim o será na morte e ressurreição...
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Vós não entrastes e impedistes os que queriam entrar
Disse o Senhor aos doutores da lei: «Ai de vós, porque edificais os
túmulos dos profetas, quando foram os vossos pais que os mataram. Assim
dais testemunho e aprovação às obras dos vossos pais, porque eles
mataram-nos e vós levantais os monumentos.... Ai de vós, doutores da lei, porque tirastes a chave da ciência: vós não
entrastes e impedistes os que queriam entrar!». Quando Jesus saiu dali,
os escribas e os fariseus começaram a persegui-l’O terrivelmente e a
provocá-l’O com perguntas sobre muitas coisas, armando-Lhe ciladas, para
O surpreenderem nalguma palavra da sua boca (Lc 11, 47-54).
O evangelho apresenta-nos a continuação do "diálogo" de Jesus com os fariseus e com os doutores da lei, num confronto bem directo e focado. Em mais um tentativa de cilada, Jesus responde "sem papas na língua", lembrando que o mais importante é o que está para lá das aparências, dizendo claramente a fariseus e a doutores da lei como muitos deles exigem aos outros o que não cumprem, têm a ciência, mas nem a aproveitam nem a usam para ajudar os outros...
Esta frontalidade há-de valer a Jesus a perseguição... e a morte!
terça-feira, 17 de outubro de 2017
IGNACIO LARRAÑAGA - O POBRE DE NAZARÉ
IGNACIO LARRAÑAGA (2013). O Pobre de Nazaré. O que precisamos de saber sobre Jesus. 4.ª edição. Prior Velho: Paulinas Editora. 400 páginas.
Durante 3 anos, Jesus espalhou magia por aldeias e cidades da Galileia, fez-Se docilidade, agiu compassivamente, desafiou os grandes deste mundo, mas também os excluídos, aqueles para descobrirem a grandeza e a alegria do serviço, este para se sentirem filhos queridos de Deus, com dons que os tornariam importantes. As lideranças judaicas viram-se acossadas não apenas pelas palavras de Jesus mas sobretudo pela Sua postura. Por inveja e ciúme, porque Ele atraía multidões; por medo e cobardia, porque se sentiram ameaçados no seus postos de conforto e privilégio. Foi entregue por um dos discípulos mais próximos, Judas, preso, violentamente agredido, escarnecido, obrigado a carregar a trave da cruz, para nela ser crucificado, andou de Anás para Caifás, ridicularizado, injuriado, acusado de blasfémia e por instigar a revolução, é morto como uma assassino.
Entretanto algo de extraordinário deverá ter acontecido, três dias depois de morto apresenta-Se vivo aos Seus discípulos, às mulheres que andavam com o grupo. Os discípulos deixam de se guiar pelo medo, para se guiarem por uma vontade indómita de anunciar Jesus, de mostrar que Ele está vivo, que morreu e ressuscitou, que o Pai não O deixou para sempre no túmulo do esquecimento, para o resgatou para uma vida nova, gloriosa, definitiva, para a qual também somos atraídos.
A pregação "convincente" e coerente dos Apóstolos geram novos discípulos, à dezenas, às centenas, nem sempre fáceis de gerir, pois trazem interesses e motivações diversas, como ao tempo de Jesus os discípulos e as multidões que O seguiam. Formam-se grupos, comunidades, onde se escutam os Apóstolos, recordando palavras de Jesus, feitos, milagres, gestos, encontros, onde se procura manter viva a recordação de tudo quanto diz respeito a Jesus. Os Evangelhos são uma resposta a esta inquietação de preservar tudo quanto diz respeito a Jesus. Os evangelistas recolhem testemunhos, algumas orações, ou pequenos textos e colocam por escrito. Os Evangelhos, podemos dizer com segurança, são escritos pela comunidade, mais do que por um escritor individual, pois resultam da vivência da mensagem de Jesus numa determinada comunidade, num determinado contexto. Os evangelhos escritos contém as preocupações da comunidade, as suas dificuldades, os seus pontos fortes. Também aqui se pode dizer que não há comunidade sem Evangelho, a Boa Nova de Jesus, mas o Evangelho chega até nós pelo filtro e pela vivência de comunidades concretas.
A formação dos Evangelhos tem então esta sequência, Jesus é morto e é ressuscitado pelo Pai. Os discípulos anunciam'O vivo, atraem outras a seguir Jesus, formam-se comunidades, onde se recorda tudo o que aconteceu sobretudo naqueles três anos de vida pública de Jesus. Surge a necessidade de colocar por escrito, para que não se percam as Suas palavras e não se corram o risco do esquecimento, pois também um dia os Apóstolos hão de morrer e então já não há como confrontar o que corresponde à mensagem de Jesus e o que não corresponde.
São quatro as versões do Evangelho, mas ainda assim há muitas "lacunas" na biografia de Jesus, até porque os evangelhos não têm a preocupação de fazer biografias, mas de mostrar o essencial da mensagem de Jesus, concentrados sobretudo no mistério da morte e da ressurreição de Jesus.
Ao longo do tempo, mas sobretudo a partir do século XVIII houve a preocupação de escrever e publicar a Vida de Jesus, onde se limassem todas as lacunas temporais, reconstituindo a vida de Jesus, tentando fazer concordar os 4 evangelhos, entrelaçando-os. Algumas vidas de Jesus desviam-se dos Evangelho e criam biografias alternativas, baseadas nos evangelhos apócrifos ou em algumas insinuações ou lendas criadas com o decorrer do tempo.
Hoje o que há mais, e vende muito bem, são biografias alternativas à vida de Jesus.
Ignacio Larrañaga apresenta de forma brilhante, escorreita, uma narrativa possível da vida de Jesus, tendo como base próxima os 4 evangelhos e os outros escritos neotestamentários, procurando lançar pontes com a história, com descobertas arqueológicas, com outras ciências que nos aproximam dos nossos antepassados.
É uma escrita fácil de ler, quase se escuta a sua leitura, envolve-nos nos evangelhos, no olhar, nas palavras, nos gestos de Jesus, inclui-nos nas Palavra que também nos dirige a nós, podemos rever-nos nas perguntas que Lhe fazem ou nas respostas que lhes (nos) dá e nos desafios que lhes (nos) lança.
São 400 páginas que parecem 10, tão motivadora e empolgante é a leitura. É uma linguagem acessível para todos.
Uma nota mais pessoal, mas que tem ganhado terreno: Judas não trai Jesus por dinheiro ou por ânsia de poder (num sentido mais pessoal), mas por zelo, querendo que Jesus Se resolva e apresse o Reino de Deus, eliminando rapidamente todos os corruptores, derrubando as autoridades estrangeiras e restabelecendo a realeza judaica. Judas acredita em Jesus e sabem que Ele vem de Deus e pode fazer mais do que aquilo que estará disposto a mostrar. Quando Jesus anuncia aos Seus discípulos que vai ser morto - contrário do que seria expectável por todos - Judas coloca-se em ação para O obrigar a agir. Judas é um dos discípulos mais próximos de Jesus. A cumplicidade de Judas com Jesus não espanta nenhum dos outros apóstolos, é natural, são bons amigos. O facto de Judas se enforcar denota o seu arrependimento, isto é, se ele fosse traidor (por dinheiro ou para usurpar o poder da liderança), então dar-se-ia por satisfeito. Segundo o autor, Judas é maníaco depressivo. Mais que traição uma tática para obrigar Jesus a ser Deus. Porém, Jesus assume o caminho da pobreza, é o Pobre de Nazaré, aprende a obediência, até à morte e morte de Cruz. Serviço, delicadeza, oferecimento da própria vida, despojamento, amor...
sábado, 14 de outubro de 2017
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis...
Disse Jesus aos seus discípulos: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá
ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer: ‘Amigo, empresta-me
três pães, porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada
para lhe dar’. Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a
porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados e não posso
levantar-me para te dar os pães’. Eu vos digo: Se ele não se levantar
por ser amigo, ao menos, por causa da sua insistência, levantar-se-á
para lhe dar tudo aquilo de que precisa. Também vos digo: Pedi e
dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á.
Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta,
abrir-se-á. Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de
peixe dar-lhe-á uma serpente? E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um
escorpião? Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos
filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho
pedem!» (Lc 11, 5-13).
Se ontem escutávamos a única oração que nos ensinou, hoje Jesus incentiva-nos a rezar sempre, pedindo, agradecendo, louvando. Tal como um pai atende sempre aos seus filhos, mesmo que em momentos específicos não possa fazer-lhes a vontade, pois entende não ser o melhor, também o Pai do Céu nos atende sempre, ainda que por vezes não seja visível a resposta que Deus dá às nossas preces.
Na oração, Deus fortalece a nossa vida e as nossas escolhas, ilumina-nos nas dificuldades, conforta-nos na desilusão, abre-nos à confiança no futuro, predispõe-nos para irmos ao encontro dos outros. Pela oração encontramo-nos com Deus e reconhecemo-nos irmãos em Cristo Jesus.
A oração é o ponto de partida de todo o crente cristão e o ponto de chegada. Deus é quem nos redime e nos salva. A oração é o diálogo com o Deus altíssimo. Se iniciarmos a nossa vida, as nossas opções pela oração, isto é pedindo ao Senhor que nos ilumine, que nos aponte o caminho do bem, certamente que iremos mais longe na caridade. Mas partimos para chegar, para chegar a Deus. N'Ele temos origem. N'Ele está o nosso fim. Vimos de Deus. Vamos para Deus. Somos chamados e enviados por Ele. Recolhe-nos e coloca-nos na Sua eternidade. Assim a vida. Assim a oração. Saímos de Deus, com a esperança firme de voltarmos à Casa do Pai, pelo caminho comprometemo-nos com os outros.
A oração é o ponto de partida de todo o crente cristão e o ponto de chegada. Deus é quem nos redime e nos salva. A oração é o diálogo com o Deus altíssimo. Se iniciarmos a nossa vida, as nossas opções pela oração, isto é pedindo ao Senhor que nos ilumine, que nos aponte o caminho do bem, certamente que iremos mais longe na caridade. Mas partimos para chegar, para chegar a Deus. N'Ele temos origem. N'Ele está o nosso fim. Vimos de Deus. Vamos para Deus. Somos chamados e enviados por Ele. Recolhe-nos e coloca-nos na Sua eternidade. Assim a vida. Assim a oração. Saímos de Deus, com a esperança firme de voltarmos à Casa do Pai, pelo caminho comprometemo-nos com os outros.
terça-feira, 10 de outubro de 2017
Paróquia de Pinheiros | Santa Eufémia | 2017
A Paróquia de Pinheiros tem em Santa Eufémia uma referência religiosa importantíssima. As paróquias vizinhas, do concelho de Tabuaço e dos concelhos limítrofes, Moimenta da Beira e Armamar, fazem desta uma das maiores romarias do concelho.
O dia grande é a 16 de setembro, mas tem outros momentos, ao nível religioso, a novena, com a recitação em honra de Nossa Senhora, a celebração da Eucaristia, a reflexão, envolvendo Santa Eufémia. A 14 de setembro, a Procissão das Velas em honra de Nossa Senhora do Rosário, Padroeira primitiva da paróquia. No dia 17, é a vez de Santa Bárbara. é já uma celebração mais intimista e sobretudo para as pessoas de Pinheiros.
Fotos: Paróquia de Pinheiros - Diana Silva (maioritariamente).
Músicas de fundo: Banda Jota.
domingo, 8 de outubro de 2017
sábado, 7 de outubro de 2017
Nossa Senhora do Rosário
O mês de Outubro é muito rico. É o mês das missões. É o mês do Rosário.
Começamos o mês em toada de oração pelas Missões, celebrando no primeiro dia a festa de Santa Teresa do Menino Jesus, Padroeira das Missões. Ao sétimo dia: Nossa Senhora do Rosário.
A Rosário tem sido valorizado ao longo dos anos, com os vários Papas. Este dia foi instituído pelo Papa São Pio V no aniversário da vitória obtida pelos cristãos na batalha naval de Lepanto e atribuída ao auxílio da Santa Mãe de Deus, invocada com a oração do Rosário (1571).
São Domingos de Gusmão deu uma grande contributo para o aprofundar o culto a Nossa Senhora do Rosário, que lhe apareceu, e a necessidade de "usar" o Rosário contra o demónio.
Fátima foi também um desses acontecimentos importantes que acentuou a relevância do Rosário.
:: 13 de Maio: "Rezem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra";
:: 13 de Junho: "Quero que rezem o terço todos os dias";
:: 13 de Julho: "Quero que continuem a rezar o terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário para obter a paz para o mundo e o fim da guerra, porque só ela lhes poderá valer. Quando rezais o terço dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas para o Céu, principalmente as que mais precisarem";
:: 19 de Agosto: "Quero que continueis a rezar o terço todos os dias";
:: 13 de Setembro: "Continuem a rezar o terço para alcançar o fim da guerra";
:: 13 de Outubro: "Sou a Senhora do Rosário. Quero que continuem sempre a rezar o terço todos os dias".
Oração de colecta:
Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas, para que nós, que, pela anunciação do Anjo, conhecemos a encarnação de Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte na cruz e com a intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, alcancemos a glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Dos Sermões de São Bernardo, abadeMeditemos nos mistérios da salvação
O Santo que nascerá de ti será chamado Filho de Deus. O Verbo do Pai dos Céus é fonte de sabedoria. Por meio de ti, Virgem santa, o Verbo Se fará carne, de modo que quem diz: Eu estou no Pai e o Pai em Mim, dirá também: Eu saí de Deus e vim ao mundo.
No princípio, diz João, era o Verbo. Já brotava a fonte, mas ainda só em si mesma, porque ao princípio o Verbo estava junto de Deus, habitando a luz inacessível. O Senhor dizia desde o início: Eu tenho pensamentos de paz e não de aflição. Mas o vosso pensamento está em Vós, Senhor, e nós ignoramos o que pensais. Com efeito, quem conheceu a mente do Senhor ou quem foi o seu conselheiro?
O pensamento de paz desceu do Céu para realizar a sua obra de paz: O Verbo fez Se homem e habita já no meio de nós. Na verdade, habita pela fé nos nossos corações, na nossa memória, no nosso pensamento, e desceu até à própria imaginação. Que primeiro pensamento teria o homem acerca de Deus, a não ser talvez um ídolo fabricado pelo seu coração? Deus era incompreensível, inacessível, invisível e para além de todo o nosso pensamento; agora, porém, quis ser compreendido, quis ser visto, quis ser pensado.
De que modo? Sem dúvida recostado no presépio, deitado no regaço da Virgem, pregando na montanha, passando a noite em oração; ou então, suspenso da cruz, lívido na morte, livre entre os mortos e dominando sobre o poder do inferno; ou também ressurgindo ao terceiro dia e mostrando aos Apóstolos os lugares dos cravos, sinais de vitória, e finalmente subindo, na presença deles, ao mais alto do Céu.
Quem não meditará na verdade, na piedade e na santidade destes factos? Quando medito em qualquer deles, o meu pensamento encontra a Deus, e em tudo é o meu Deus. É verdadeira sabedoria meditar nestes mistérios, é verdadeira prudência evocar a doce memória destes frutos excelentes que Maria recebeu do Céu e tão copiosamente derramou sobre nós.
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
Jesus designou 72 discípulos e enviou-os
Designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’. E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’. Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça pública e dizei: ‘Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós. No entanto, ficai sabendo: Está perto o reino de Deus’. Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para essa cidade» (Lc 10, 1-12).
O anúncio do Evangelho necessita de evangelizadores. A missão de Jesus envolve todo o mistério de salvação - encarnação, pregação do Evangelho, instauração do Reino de Deus, morte e ressurreição, envio do Espírito Santo, contituição da Igreja, como o Seu Corpo no tempo -, e envolve-nos como discípulos.
Primeiro condição, viver com Jesus, fazer a experiência pessoa e admirável de encontro com Ele e de encontro transformador. Só poderemos ser enviados se antes nos sentimos chamados e se nos identificamos com Aquele que envia. Que contradição seria, sermos enviados, para anunciar uma Mensagem com a qual estamos em desacordo. Ora, o centro e o essencial da Mensagem é o próprio Jesus Cristo. É a Ele que o anunciamos.
Envia 72 discípulos. Também fazemos parte deste desafio, deste envio. 70 ou 72 implica discípulos de todas as nações. Jesus chama todos.
Neste momento, os discípulos vão/vamos como Precursores, preparar o caminho, os corações, para Jesus ser acolhido. É uma tarefa teologicamente atual. É Deus quem age. Cabe-nos acolhê-l'O e preparar os outros para também terem a dita de O conhecer, de O encontrar, de O receber em suas casas, nas suas vidas.
Vamos confiantes, na certeza que Ele nos acompanha e, nesse sentido, Ele realizará obras grandiosas. Se fosse para nos anunicarmos a nós, sairíamos desiludidos. Deixemos que Ele opere em nós e através de nós.
Sobre este texto pode revisitar a nossa Reflexão Dominical: AQUI.
terça-feira, 3 de outubro de 2017
E puseram-se a caminho...
Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?». Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação.
(Lc 9, 51-56)
(Lc 9, 51-56)
A vida ninguém para tira, sou Eu que a dou livremente. Jesus oferece a Sua vida pela salvação da humanidade inteira, substitui-nos na Cruz. Inocente, sem mancha, morre pelos pecadores, livra-nos da morte eterna, coloca-nos em Deus. Com efeito, a natureza humana vai com Jesus para a direita de Deus Pai.
Hoje vemos como a firmeza de Jesus se afirma no caminho a percorrer.
Nos discípulos há uma réstia de esperança, de que não se concretize o anúncio da Sua paixão. Jesus sabe que é inevitável. A consequência do amor à humanidade, leva-O até ao fim, até à Cruz.