Maria Francisca Teresa, nasceu no dia 2 de Janeiro de 1873, em Alençon, França, filha mais nova, a nona, de Luís Martin e de Célia Guérin. O pai era relojoeiro e joalheiro e a mãe dedicava-se a fazer renda. Foi baptizada dois dias depois, no dia 4 de Fevereiro. Dos seus oito irmãos, quatro morreram em tenra idade. Sobreviveram: Maria, Paulina, Leónia e Celina. Ficou com quatro anos e meio quando em 28 de Agosto de 1877 a sua mãe morreu. A família transferiu-se para Lisieux. Teresa será conhecida também como Santa Teresa de Lisieux (até para a diferenciar de Santa Teresa de Ávila). Em Lisieux vivia o irmão da sua mãe, tio, casado e com filhas. Era uma oportunidade de aprofundar as relações familiares e se sentirem mais aconchegados.
Em Outubro de 1881 frequenta a abadia das beneditinas de Lisieux, em semi-internato, para receber formação completa como os outros jovens das classes médias em que se inseria. No dia 2 de Outubro do ano seguinte, 1882, a sua irmã Paulina entra no Carmelo. Teresa sentiu como que uma segunda orfandade.
Surgiu então uma misteriosa doença que atingia o cume em 25 de Março de 1883, com obsessões, ataques violentos, dores, sintomas que ninguém sabe classificar. Esteve à beira da morte. No dia 13 de Maio de 1883, solenidade de Pentecostes nesse ano, a estátua de Nossa Senhora que estava no seu quarto sorriu-lhe e ela ficou curada.
Em 25 de Dezembro de 1886 recebe a graça do que chama conversão, a sensibilidade excessiva. Entrou no Carmelo em 9 de Abril de 1888, depois de muitas resistências dos superiores eclesiásticos, por ser demasiado jovem. Vai a Roma, em peregrinação, de 4 de Novembro a 2 de Dezembro, com o pai e a irmã Celina, para pedir a necessária licença papal. No dia 20 de Novembro participam na audiência papal, na qual Teresa fala ao Papa, embora tal atrevimento fosse proibido, ninguém estava autorizado a falar nas audiências papais. Leão XIII proferiu-lhe palavras de alento. Em 28 de Dezembro, a autorização chegou, através do Bispo diocesano.
A vida exterior, visível de Santa Teresa do Menino Jesus e da santa Face, é de observância perfeita e feliz às regras da Ordem do Carmo.
Pouco tempo depois de entrar no convento, em 29 de Julho de 1894, morre o pai. Mais um sofrimento atroz.
A partir de Fevereiro de 1893 e até morrer tornou-se mestra de noviças, mas sem título. A 2 e 3 de Abril de 1896 manifesta-se a tuberculose pulmonar, que a conduzirá à morte, em lenta agonia, no dia 30 de Setembro de 1897, tinha 24 anos. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925, sendo proclamada por Pio XII, nesse dia, como Padroeira das Missões. O Papa João Paulo II, em 19 de Outubro de 1997, proclamou-a "Doutora da Igreja".
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