Depois de toda a polémica, verificámos que Saramago é como todos nós. Não é um super-herói. Não está acima de ninguém.
Quando ouvimos alguns ilustres fica-nos a sensação que se tornaram, com o tempo, intoleráveis. Por um lado, condenam todos os dogmatismos. Depois tornam-se eles próprios dogmáticos.
Veja-se, como exemplo, os comunistas são os que falam mais de liberdade. O comunismo, como ideologia levada à prática/imposta em alguns países, levou às maiores escravidões: China, Rússia, Cuba, Alemanha Democrática,...
Já todos fizemos a experiência: quando falámos de alguém dizemos tudo e mais alguma coisa.
Quando temos o próprio à nossa frente, surge a dificuldade em dizer o que dissemos da mesma maneira. Justificamo-nos. Até podemos dizer o mesmo, mas amaciamos as palavras e o tom.
Assim fez José Saramago. Como todos nós, quando Saramago se colocou frente a frente, na Sic, com o Pe. Carreira das Neves, e com o Pe. Tolentino Mendonça, no Expresso, a intolerância manifesta deu lugar à preocupação para justificar as afirmações.
Veja a conversa entre Saramago e Tolentino Mendonça, no Expresso.
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