quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Vaidade das Vaidades

"Vaidade das vaidades
– diz Coelet –
vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
Que aproveita ao homem todo o esforço
com que trabalha debaixo do sol?
Passa uma geração,
vem outra geração e a terra permanece sempre.
Nasce o sol e põe-se o sol;
depressa volta ao ponto de partida, donde volta a nascer.
O vento sopra do sul, depois sopra do norte;
num vaivém constante, retoma os seus caminhos.
Todos os rios vão ter ao mar e o mar nunca se enche;
e embora cheguem ao ao seu termo, jamais deixam de correr.
Todas as coisas se afadigam, mais de quanto se pode explicar;
o olhar não se farta de ver, nem o ouvido se cansa de ouvir.
O que foi será outra vez e o que se deu voltará a acontecer:
nada de novo debaixo do sol.
Se de alguma coisa se disser:
«Vede que isto é novidade»,
o certo é que já foi assim nos tempos que nos precederam.
Mas nenhuma memória ficou dos tempos antigos,
nem haverá lembrança dos acontecimentos futuros
entre aqueles que vierem depois" (Ecl 1, 2-11)

1 comentário:

  1. Já senti falta de Eclesiastes! Meu grupo Santo Antônio, das Pequenas Comunidades estudamos nos encontros o livro de Excclesiastes. Vi aqui e gostei! Abraços!

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