Na verdade, os que dependem das obras da Lei de Moisés estão sob a maldição, porque está escrito: «Maldito aquele que não cumpre tudo o que está escrito no Livro da Lei». Além disso, é evidente que diante de Deus, ninguém é justificado pela Lei, porque a Escritura diz: «O justo viverá pela fé». A Lei, porém, não se baseia na fé, porque diz: «Quem cumprir aqueles preceitos viverá por eles». Mas Cristo resgatou-nos da maldição da Lei de Moisés, tornando-Se maldição por amor de nós, como está escrito: «Maldito aquele que é suspenso do madeiro». Assim, por meio de Jesus Cristo, a bênção de Abraão se estendeu-se aos gentios e nós recebemos, pela fé, o Espírito prometido (Gal 3, 7-14).
A justificação é dom gratuito de Deus. É Ele que nos salva, pela morte reparadora de Cristo e pela Sua ressurreição. Tornou-se uma disputa já presente na Epístola aos Gálatas. É o que fazemos que nos salva, ou a fé que Cristo nos dá? O Apóstolo responde inequivocamente: é pela fé em Cristo que fomos/somos salvos.
Na disputa protestante, acentua-se a dimensão da fé: só a fé nos salva. No mundo católico, embora se realce a fé, esta não se entende sem as obras, seguindo os ensinamentos de São Tiago e de São João, nas suas epístolas.
Como ficamos? Bom, a fé é dom gratuito de Deus. Somos justificados/salvos na morte e ressurreição. Jesus substituiu-nos, tornou-Se maldição por nós. Em todo o caso a fé exprime-se e traduz-se pelas obras, pelo compromisso com os outros...
Na Epístola aos Gálatas, o Apóstolo deixa entrever que alguns defendiam que o cumprimento da Lei era quanto bastava para a salvação. Então dispensava-se Jesus Cristo. Bastaria cumprir os preceitos de Moisés. Acentuava-se sobretudo o cumprimento obrigatório e exterior da Lei. Seria uma conquista humana e não um dom divino...
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