A terceira Carta Encíclica de Bento XVI empresta o título a este blogue. A Caridade na Verdade. Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade, mas só esta entra na eternidade com Deus. Espaço pastoral de Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo, de portas abertas para a Igreja e para o mundo...
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Uma Chávena de chá
Um sábio japonês, conhecido pela profundidade e justeza das suas doutrinas, recebeu a visita de um professor universitário que tinha ido inquirir acerca dos seus pensamentos.
O professor universitário tinha fama de ser orgulhoso, nunca prestando atenção às sugestões dos outros, julgando-se sempre na posse de toda a verdade.
O sábio quis dar-lhe uma lição. Para tal quis servir-lhe uma chávena de chá.
Começou por deitar o chá pouco a pouco. E a chávena encheu-se.
O sábio, fingindo não dar conta de que a chávena já estava cheia, continuou a deitar até que este transbordou e começou a molhar a toalha. O velho japonês mantinha a sua expressão serena e sorridente.
O professor universitário viu o chá a transbordar e ficou sem perceber como era possível uma tal distracção, tão contrária às normas das boas maneiras. Mas, a dado momento, não pôde conter-se mais e disse ao sábio:
— Já está cheia! Não cabe mais!
O sábio, imperturbável, disse-lhe então:
— Tal como esta taça, também tu estás cheio da tua cultura, das tuas opiniões, de um amontoado de conjecturas eruditas e complexas. Como posso eu falar-te da sabedoria, que só é compreendida pelas pessoas simples e disponíveis, se antes não esvaziares a tua chávena?
O professor compreendeu a lição. A partir desse dia, esforçou-se por se “esvaziar” das suas certezas e por escutar as opiniões dos outros, sem desprezar nenhuma delas.
(autor desconhecido)
O professor universitário só pode ser padre. É que conheço poucos sábios que sejam padres e muitos professores universitários que o são...
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