A Páscoa implica que os cristãos estejam atentos aos mais necessitados e se empenhem na melhoria das condições sociais, sublinhou esta manhã o Papa, durante a audiência geral realizada no Vaticano. 
“Cada cristão, assim como cada comunidade, se vive a experiência desta passagem da ressurreição, não pode não ser fermento novo no mundo, dando-se sem reserva pelas causas mais urgentes e mais justas”, afirmou Bento XVI.
“Cada cristão, assim como cada comunidade, se vive a experiência desta passagem da ressurreição, não pode não ser fermento novo no mundo, dando-se sem reserva pelas causas mais urgentes e mais justas”, afirmou Bento XVI.
       No discurso que proferiu na Praça de São Pedro, o Papa referiu que a  certeza do céu (como imagem da vida eterna prenunciada pela ressurreição  de Cristo) é inseparável do compromisso na terra (alusão à  transformação do mundo).
       “É verdade que somos cidadãos de uma outra ‘cidade’, onde se encontra  a nossa verdadeira pátria, mas o caminho para esta meta deve ser  percorrido diariamente sobre esta terra”, realçou.
       Os cristãos, “crendo firmemente que a ressurreição de Cristo renovou o  homem sem o tirar do mundo no qual constrói a sua história”, devem ser  “testemunhas luminosas” da “vida nova” trazida pela Páscoa, frisou Bento  XVI.
       Para o Papa, a “missão” dos fiéis consiste em “fazer ressurgir no  coração do próximo a esperança onde há desespero, a alegria onde há  tristeza, a vida onde há morte”, dando “à cidade terrena um rosto novo  que favoreça o desenvolvimento do homem e da sociedade segundo a lógica  da solidariedade” e da “bondade”.
       A alocução de Bento XVI incluiu uma saudação aos católicos da ilha  italiana de Lampedusa, onde nas últimas semanas têm chegado embarcações  com pessoas de origem africana e asiática.
       O Papa encorajou os cristãos locais a continuarem o “empenho de  solidariedade” para com os migrantes, que encontram na ilha “um primeiro  asilo de acolhimento”, e desejou que “os órgãos competentes prossigam a  indispensável ação de tutela da ordem social no interesse de todos os  cidadãos”.
       Referindo-se à “forma pascal” que a existência humana deve assumir,  Bento XVI salientou que os cristãos devem partir da “compreensão  autêntica da ressurreição de Jesus”.
       Este ressurgimento, explicou, “não é um simples retorno à vida  anterior”, mas uma realidade que deixa de estar “submetida à caducidade  do tempo” e passa a ficar “imersa na eternidade de Deus”.
       Nas palavras que proferiu em língua portuguesa, o Papa saudou em  particular os “queridos peregrinos” de Lisboa e Sertã e os brasileiros  de Poços de Caldas.
       “Não podemos guardar só para nós a vida e a alegria que Cristo nos  deu com a sua Ressurreição, mas devemos transmiti-la a quantos se  aproximam de nós. Assim, fareis surgir no coração dos outros a  esperança, a felicidade e a vida!”, disse Bento XVI.
       Entre o domingo de Páscoa, que celebra a ressurreição de Cristo, e 12  de junho (dia de Pentecostes, palavra de origem grega que significa  “cinquenta dias”), a Igreja Católica vive o “Tempo Pascal”, o período  mais significativo do seu calendário litúrgico.
Notícia: Agência Ecclesia. 

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