Foi na Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia, que Jesus instituiu o sacerdócio e a Eucaristia: "Fazei isto é memória de Mim". São os dois temas principais do Ano Pastoral na nossa Diocese de Lamego. O Ano Sacerdotal, convocado pelo Papa Bento XVI, por ocasião do 150.º aniversário da morte do Santo Cura d'Ars, e a Eucaristia, como proposta do nosso Bispo, D. Jacinto, para o último ano do terceiro triénio do seu pontificado à frente da Diocese de Lamego.
O texto que se segue, em forma de carta a Jesus, ajuda-nos a situar-nos diante deste grandiloquente mistério:
Hoje é Quinta-feira, dia da semana em que a Igreja faz memorial da instituição da Eucaristia, a graça imensa que nos quiseste dar durante a Última Ceia.
Por isso mesmo, querido Jesus, quero-te pedir perdão por todas as vezes em que participo na Santa Missa e apenas está presente o meu corpo, porque a minha cabeça, os meus pensamentos e às vezes até o meu coração, vagueiam pelos meus problemas do dia-a-dia, por tantas situações que nada têm a ver com aquele momento, e por isso mesmo não me deixo envolver na Tua presença de amor.
Peço-Te perdão também, por todas as vezes em que Te recebo como alimento para a vida de fé que me deste, e o faço de um modo rotineiro, como se de um hábito “mecânico” se tratasse, quase não dando conta do extraordinário Mistério que nos deixaste para nossa Salvação, não realizando sequer que és Tu mesmo que Te dás como Alimento a mim, pobre pecador.
Peço-Te perdão ainda, querido Jesus, porque às vezes, depois de Te receber em mim, em vez de Te adorar, amar e louvar, apenas penso em pedir, pedir para mim e para os outros, querendo mais ser consolado do que consolar.
Querido Jesus, perdoa-me também, por todas as vezes em que tenho tanta pressa para me ir embora, quase não deixando a Santa Missa acabar, e sobretudo não Te agradecendo a graça de mais uma Eucaristia a que me chamaste a participar, a celebrar, para por mim e por todos Te entregares.
E também, meu adorado Jesus, perdoa-me por tantas vezes criticar o Sacerdote, porque demora muito ou pouco, porque a homília não me agrada, e até pela crítica e julgamento que tantas vezes faço daqueles que acolitam, lêem, ou ajudam na distribuição da Comunhão.
Pobre de mim, que mesmo na Tua presença real e verdadeira, tantas vezes me deixo levar pelos meus orgulhos e vaidades, em vez de baixar a cabeça e humildemente dizer: «Senhor, eu não sou digno…».
Tem piedade, querido Jesus, deste pobre pecador, que apesar da sua fraqueza, crê em Ti, confia em Ti e Te agradece pelo Teu infinito perdão, pelo Teu eterno amor, pela Tua entrega permanente, por todos e por mim, ao Pai.
Dá um beijo a Tua Mãe e diz-lhe que eu confio muito n’Ela, e que preciso muito que me guie no caminho da humildade, no caminho do Sim.
Intercede por todos e por mim junto do Pai Criador e não Te esqueças, querido Jesus, de derramares em todos e em mim, como eu fracos e pecadores, o Espírito Santo que coloca a oração em nós e nos ensina, (como ensinou Tomé), a dizer: «Meu Senhor e meu Deus!»
Um abraço e um beijo deste Teu irmão muito pequenino, pobre pecador, que Te quer amar cada vez mais e Te pede a Tua Bênção de amor.
Joaquim, in Que é a Verdade?
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