"... é necessário bendizermos o passado com o arrependimento, o perdão e a reparação. O perdão tem de estar unido às outras duas atitudes. Se alguém me faz alguma coisa, tenho de perdoar-lhe, mas o perdão chega ao outro quando ele se arrepende e repara. Uma pessoa não pode dizer: «Perdoo-te e é como se nada tivesse ocorrido». O que teria acontecido no julgamento de Nuremberga, se se tivesse adotado esta atitude com os chefes nazis?...
Tenho de estar disposto a conceder o perdão, e este só se torna efetivo quando o destinarário o pode receber. E pode recebê-lo quando está arrependido e quer reparar o que fez. Caso contrário, o perdoado ficaria - usando termos futebolísticos - fora de jogo. Uma coisa é dar o perdão e outra, ter a capacidade de o receber".
In RUBIN e AMBROGETTI, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio.
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