... Por momentos, chegamos a identificar-nos mais com os construtores de muralhas do que com os de pontes. Faltam o abraço, o pranto e a pergunta pelo pai, pelo património, pelas raízes da pátria. Há falta de diálogo...
O diálogo nasce de uma atitude de respeito pela outra pessoa, de uma convicção de que o outro tem algo de bom para dizer, pressupõe criar espaço no nosso coração para o seu ponto de vista, para a sua opinião e para a sua proposta. Dialogar implica uma receção cordial, e não de uma condenação prévia. Para dialogar teremos de saber baixar a guarda, abrir as portas de casa e oferecer calor humano.
São muitas as barreiras que diariamente impedem o diálogo: a desinformação, a intriga, o preconceito, a difamação, a calúnia. Todas estas realidades constituem um certo azedume cultural, que sufoca qualquer abertura aos outros. E assim se trava o diálogo e o encontro.
in JORGE BERGOGLIO e ABRAHAM SKORKA, Sobre o Céu e a Terra.
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