sexta-feira, 25 de outubro de 2013

LEITURAS: Viver o Ano da Fé

PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A PROMOÇÃO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO. Viver o ano da fé. Paulus Editora. Lisboa 2012. 226 páginas.
 
       Com a finalidade de ajudar a viver o Ano da Fé, o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, seguindo de perto as preocupações de Bento XVI, deu à estampa este subsídio, coordenado pelo Presidente do Conselho, Rino Fisichella, e com o contributo de alguns párocos, em Portugal integra uma coleção da Paulus Editora, “Introdução à Fé”. Além da reflexão teológica, várias sugestões pastorais, ou pelo menos desafios para concretizar nas comunidades.
       Logo no prefácio, Rino Fisichella diz ao que vem: “Este subsídio pastoral tem como intenção corresponder ao desejo do Santo Padre. Apresenta-se como um instrumento simples e sintético que percorre de novo quatro indicações propostas: confessar, celebrar, viver e rezar. Ele é fruto de uma reflexão comum e participada que envolveu teólogos, responsáveis da catequese e párocos”.
       Ao longo de diversas páginas, destaca-se, primeiramente, o CREDO, com os seus diversos artigos de fé, verdades que nascem das comunidades e da necessidade de assumir e professar publicamente o que se crê. Credo como identidade. Pai, Filho, Espírito Santo. Santa Igreja Católica, Una, Santa e Apostólica. Catecismo da Igreja Católica. Sacramentos. Da iniciação: batismo, eucaristia, confirmação. Da cura: penitência e unção dos enfermos. Em ordem à comunhão: ordem e matrimónio. Enquadramento. Celebração litúrgica. Fundamentos bíblicos. Evolução.
       Ao aproximar-se do final, a indicação mais prática de algumas atitudes a assumir nas comunidades paroquiais. Apresenta-se, especificamente, o episódio/imagem de Emaús, para uma Igreja missionária. Os dois discípulos em fuga e como um forasteiro, Jesus, vai ao seu encontro suscitando neles do desejo e a decisão de voltar a Jerusalém. Atitudes: APROXIMAR, PERGUNTAR, ESCUTAR, PROPOR, PARTIR. A comunidade há de procurar assimilar a postura de Jesus Cristo, aproximar-se e caminhar com eles. Perguntar, mesmo antes de dar respostas. Escutar, sem censurar, “escutar com o coração, perscrutar com os olhos afetuosos a experiência dos outros para os conduzir a Deus”. Propor, testemunhando o que aconteceu. Quem se predispõe a caminhar, a escutar, também poderá propor Jesus. Partir. “A comunidade parte sempre de Jerusalém, já não desiludida, porque a experiência de ter visto e encontrado o Senhor não pode ser simplesmente guardada para nós”.
       Esta é uma excelente obra para leitura, meditação, para formação cristã. Traz também a sugestão de celebrações para o Ano da Fé, para o início e para o encerramento.
       Certamente, que desde o início do ano da fé, muitos foram os títulos enquadrados com a preocupação de tornar a fé uma alegre notícia. Basta visitar uma livraria (religiosa), ou aceder através da internet. Com a resignação do Bento XVI e a eleição do Papa Francisco, mais se acentuou a pertinência da fé, a proximidade da Igreja, de Jesus Cristo, recuperando-se a reflexão de anos do Papa emérito, e com um olhar redobrado nas palavras e nos gestos do papa Francisco. Até este acontecimento foi providencial, clarificando a fé e a experiência de proximidade com Jesus Cristo, que transborda para a proximidade com os outros.

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