quinta-feira, 26 de junho de 2014

São Josemaria Escrivá

Nota Biográfica:
       Nasceu em Barbasto (Espanha) em 1902 e foi ordenado sacerdote em 1925. No dia 2 de Outubro de 1928 fundou o Opus Dei que abriu na Igreja uma nova via para que homens e mulheres de todas as condições vivessem plenamente a sua vocação cristã, santificando as suas actividades no meio do mundo. O Opus Dei foi erigido como Prelatura Pessoal em 1982. A sua pregação e escritos contribuíram para que inumeráveis fiéis se tornassem conscientes da sua peculiar missão eclesial.
       Faleceu em Roma no dia 26 de Junho de 1975.
Oração (de colecta):
       Senhor, nosso Deus, que, na Igreja, escolhestes São Josemaria, sacerdote, para anunciar a vocação universal à santidade e ao apostolado, concedei-nos, por sua intercessão e exemplo, que, através do trabalho quotidiano, nos identifiquemos com Cristo, vosso Filho, e sirvamos com amor ardente a obra da Redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo...


São Josemaria Escrivá de Balaguer, Presbítero

Rumo à Santidade

Sentimo-nos tocados, com o coração a bater com mais força, quando ouvimos com toda a atenção este brado de S. Paulo: esta é a vontade de Deus: a vossa santificação. Hoje, mais uma vez o repito a mim mesmo e também o recordo a cada um e à Humanidade inteira: esta é a vontade de Deus, que sejamos santos. Para pacificar as almas com uma paz autêntica, para transformar a Terra, para procurar Deus Nosso Senhor no mundo e através das coisas do mundo, é indispensável a santidade pessoal. Chama cada um à santidade, pede amor a cada um: jovens e velhos, solteiros e casados, sãos e doentes, cultos e ignorantes, trabalhem onde quer que trabalhem, estejam onde quer que estejam. Há um único modo de crescer na familiaridade e na confiança com Deus: a intimidade da oração, falar com Ele, manifestar-Lhe – de coração a coração – o nosso afecto.
Primeiro uma jaculatória, e depois outra e outra... Até que parece insuficiente esse fervor, porque as palavras se tornam pobres...: e abrem-se as portas à intimidade divina, com os olhos postos em Deus sem descanso e sem cansaço. Vivemos então como cativos, como prisioneiros. Enquanto realizamos com a maior perfeição possível, dentro dos nossos erros e limitações, as tarefas próprias da nossa condição e do nosso ofício, a alma anseia escapar-se. Vai até Deus como o ferro atraído pela força do íman. Começa-se a amar Jesus de forma mais eficaz, com um doce sobressalto.
Mas não esqueçamos que estar com Jesus é seguramente encontrar-se com a sua Cruz. Quando nos abandonamos nas mãos de Deus, é frequente que Ele permita que saboreemos a dor, a solidão, as contradições, as calúnias, as difamações, os escárnios, por dentro e por fora: porque quer conformar-nos à Sua imagem e semelhança e permite também que nos chamem loucos e que nos tomem por néscios. Quando admiramos e amamos deveras a Santíssima Humanidade de Jesus, descobrimos, uma a uma, as suas Chagas. E nesses tempos de expiação passiva, penosos, fortes, de lágrimas doces e amargas que procuramos esconder, sentiremos necessidade de nos meter dentro de cada uma daquelas Feridas Santíssimas: para nos purificarmos, para nos enchermos de alegria com esse Sangue redentor, para nos fortalecermos.
O coração sente então a necessidade de distinguir e adorar cada uma das pessoas divinas. De certo modo, é uma descoberta que a alma faz na vida sobrenatural. E entretém-se amorosamente com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo; e submete-se facilmente à actividade do Paráclito vivificador, que se nos entrega sem o merecermos. As palavras tornam-se supérfluas, porque a língua não consegue expressar-se; o entendimento aquieta-se. Não se discorre, olha-se! E a alma rompe outra vez a cantar um cântico novo, porque se sente e se sabe também olhada amorosamente por Deus a toda a hora.
Com esta entrega, o zelo apostólico ateia-se, aumenta dia-a-dia – pegando esta ânsia aos outros – porque o bem é difusivo. Não é possível que a nossa pobre natureza, tão perto de Deus, não arda em desejos de semear no mundo inteiro a alegria e a paz, de regar tudo com as águas redentoras que brotam do lado aberto de Cristo, de começar e acabar todas as tarefas por Amor.
Que a Mãe de Deus e nossa Mãe nos proteja a fim de que cada um de nós possa servir a Igreja na plenitude da fé, com os dons do Espírito Santo e com a vida contemplativa.

2 comentários:

  1. Senhor Padre, boa noie,
    Admiro S. José Maria Escrivá e toda a sua obra. Tinha o Caminho, cujosn pensamentos li com muita atenção e me faziam sentir mais próxima da Igrja. Como poderei tern acesso a um resumo sobre a sua vida, para pôr no meu blog? Desde já muito obrigada e saudações fraternas em Cristo.
    Maria

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  2. Bom dia, Maria.
    Sâo José Maria Escrivá é um testemunho maior na vivência da fé católica no último século e um desafio para os crentes, nomeadamente no princípio que cada um se deve santificar no lugar que se encontra e no estado de vida que escolher. Quanto a biografia breve, procurei através do google e recomendaria por exemplo as duas páginas seguintes: http://www.pt.josemariaescriva.info/ http://beatojosemaria.no.sapo.pt/
    Saudações fraternas em Cristo Jesus.

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