Houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós». (Lc 9, 46-50).
Nos dois domingos anteriores e seguindo o evangelista São Marcos (Domingo XXV e XXVI do Tempo Comum) apresentaram-nos esta passagem em dois momentos: discussão sobre quem era o maior e o facto dos discípulos proibirem um homem de agir em nome de Jesus porque não fazia parte do grupo.
O Evangelho que ora nos é proposto por São Lucas, mostra como Jesus insiste que o seguimento e a vivência da Palavra de Deus não se faz pelo poder, pela imagem, pela importância, mas faz-se pela obediência, pelo serviço aos outros, pela caridade. Quem quiser ser o maior será o servo de todos.
Por outro lado e à invectiva de João para silenciarem um homem que fazia milagres mas não pertencia ao grupo, Jesus insiste na tolerância pela caridade. Há sempre bem que se pode descobrir e acolher mesmo naqueles que não são do nosso grupo e mesmo nas situações onde se insinua o mal. O preconceito pode levar-nos a desvalorizar e desaproveitar as boas ideias e os gestos generosos que venham de outros que não são do nosso grupo de amigos, da nossa família, do nosso partido. Jesus convida-nos à tolerância e ao cuidado por acolher todo o dom que vem de Deus, venha de onde vier.
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