A Quaresma há de ser vivida à luz da Páscoa, de onde nos vem a salvação. Jesus vive, apareceu aos discípulos e faz-Se presente pelos Sacramentos, pela oração e pela caridade, congregando-nos como comunidade crente. Se voltássemos do sepulcro sem a presença luminosa de Jesus, tudo seria uma desilusão que daria lugar à dispersão.
O Papa Francisco lança-nos o desafio: “A Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus. Quantas páginas da Sagrada Escritura se podem meditar, nas semanas da Quaresma, para redescobrir o rosto misericordioso do Pai!” (Misericordiae Vultus).
Algumas referências breves ao Evangelho da Quarta-feira de Cinzas e dos domingos da Quaresma:
QUARTA-FEIRA DE CINZAS: três práticas para melhor preparar a Páscoa: o jejum, a oração, a esmola, com a discrição e a humildade próprias de quem coloca o Outro no centro e não a si mesmo (cf Mt 6, 1-6.16-18)
PRIMEIRO DOMINGO: As tentações superadas pela proximidade com Deus e com a Sua Palavra. “Nem só de pão vive o homem… Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto” (Lc 4, 1-13).
SEGUNDO DOMINGO: A transfiguração de Jesus inicia a nossa transfiguração, para transparecermos Jesus Ressuscitado. «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O» (Lc 9, 28b-36).
TERCEIRO DOMINGO: O arrependimento é o início do caminho para acolhermos a graça de Deus. «Se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo». Maior que o nosso pecado, a misericórdia de Deus. Ele espera por nós, até ao limite: «Senhor, deixa-a ficar ainda este ano… talvez venha a dar frutos» (Lc 13, 1-9).
QUARTO DOMINGO: Misericordiosos como o Pai da Parábola, que não só perdoa como faz festa pelo regresso do filho: «Este teu irmão estava morto e voltou à vida» (Lc 15, 1-3.11-32).
QUINTO DOMINGO: O pecado envergonha-nos, mas não é um problema para Deus. «Vai e não tornes a pecar» (Jo 8, 1-11).
DOMINGO DE RAMOS:
«Bendito o Rei que vem em nome do Senhor» (Lc 19, 28-40).
«Isto é o meu Corpo entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim…
«Este cálice é a nova aliança no meu Sangue, derramado por vós…
«O maior entre vós seja como o menor e aquele que manda seja como quem serve…
«Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice. Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua…
«Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso…
«Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito» (Lc 22, 14 – 23, 56).
Texto publicado na Voz de Lamego, edição de 9 de fevereiro de 2016
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