A nossa referência, o nosso centro, Pastor e Guia, é Jesus Cristo. Em continuidade com os dias anteriores, diz-nos claramente quais as condições para o seguirmos: servindo amando, amando servindo.
Disse Jesus aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros» (Jo 15, 12-17).
Simples e claro, o mandamento de Jesus: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Não é uma cartilha com muitas palavras, com muitas regras ou exigências, é um Mandamento que engloba o essencial. Será Seu discípulo todo aquele que viver este mandamento.
A medida, porém, vai pelo máximo e não pelos mínimos garantidos. O amor de Jesus por nós tem a medida da vida, é um amor sem medida, sem limites. "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos".
Ele escolhe-nos para nos amar. Nesta escolha, a Sua vida pela nossa, a Sua entrega até à Cruz para nossa salvação.
Nos Atos dos Apóstolos, são-nos mostrados os progressos da evangelização. Mas também as dificuldades, dentro e fora da comunidade. Os primeiros cristãos são originários do judaísmo e num primeiro momento quase se confundem, uma vez que judeus e cristãos frequentam os mesmos locais de culto e citam a mesma Escritura Sagrada, seguem as mesmas tradições. As conversões de gentios, de pagãos, estranhos ao judaísmo, exigem novas respostas, enquadramentos, pois não será necessário seguir práticas específicas do judaísmo quando o essencial é Jesus Cristo e o Seu Evangelho.
Os Apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja de Jerusalém, resolveram escolher alguns irmãos, para os mandarem a Antioquia com Barnabé e Paulo: eram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens de autoridade entre os irmãos. Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãos vossos, saúdam os irmãos de origem pagã, residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia. Tendo sabido que, sem nossa autorização, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras, resolvemos de comum acordo escolher delegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo, homens que expuseram a vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso vos mandamos Judas e Silas, que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões. O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor outras obrigações, além destas que são indispensáveis: abster-vos das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relações imorais. Procedereis bem, evitando tudo isto. Adeus». Feitas as despedidas, os delegados desceram a Antioquia, onde reuniram a assembleia e entregaram a carta. Quando a leram, todos ficaram contentes com aquelas palavras de estímulo (Atos 15, 22-31).
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