VÉRONIQUE OLMI (2019). Santa Bakhita. Porto: Porto Editora. 336 páginas
Há livros que nos tiram o fôlego e queremos ler de uma assentada. Este é um destes livros, biográficos, sobre a vida de santa Bakhita, feita escrava, originária do Sudão, levada para a Itália, onde se converte e se tornará santa, numa vida simples, dedicada, ao serviço de todos, sobretudo dos mais simples e frágeis, obediente, disponível, alegre.
Contracapa / apresentação:
Quando Bakhita foi raptada da sua aldeia natal, no Sudão, tinha apenas sete anos e estava longe de imaginar a extraordinária odisseia em que ia transformar-se a sua vida.Feita escrava pelos raptores, vendida, trocada e oferecida várias vezes, conheceu a maldade humana em toda a sua dimensão e sentiu-a na pele ao ser vítima da crueldade dos seus senhores.Anos mais tarde, um cônsul italiano comprou-a, e foi na Europa, depois de uma batalha judicial, que Bakhita voltou a conhecer a liberdade. Abraçou, então, a vida religiosa junto das Irmãs Canossianas, em Veneza, e atravessou o tumulto das duas guerras mundiais, consagrando a vida às crianças pobres e auxiliando os soldados feridos.É essa história que Véronique Olmi conta de forma tocante neste seu romance, que em 2017 venceu o Prémio Fnac e foi finalista dos Prémios Femina e Goncourt – a história de uma criança feliz que veio a passar pelos maiores sofrimentos, mas que acabou canonizada por João Paulo II.
A autora:
Véronique Olmi nasceu em Nice, França, em 1962, e vive atualmente em Paris.Tem escrito peças de teatro, romances e novelas. A sua obra encontra-se atualmente traduzida em vinte idiomas, sendo os seus textos dramáticos representados em França e em vários palcos internacionais.O primeiro romance que publicou, Bord de Mer (2001), recebeu o Prémio Alain-Fournier. Uma década depois, ganhou o Prémio Maison de la Presse com o livro Cet Èté-Là.
A escrita flui, numa narrativa acessível, escorreita, biografia em forma de romance, que nos faz entrar na história e querer saber mais, ir adiante. É uma vida riquíssima, mas também um belíssimo testemunho de fé e de resiliência, de confiança no grande "Patrão", na identificação daquele "filho", também escravo, prisioneiro, crucificado.
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