segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

As cidades da perdição

A patir de Gn 18,16 – 19,26:

       Quando os visitantes partiram novamente, Abraão acompanhou-os para lhes mostrar o caminho. “Vamos visitar Sodoma, próxima de Gomorra – disseram eles –, precisamos de descobrir se estas cidades são de tanta perdição quanto as pessoas dizem. Se o forem, então serão destruídas”.
       Abraão suplicou a Deus: “Não podeis destruir pessoas inocentes que por acaso vivam entre pessoas maldosas – argumentou –, e se lá existirem cinquenta pessoas?”
       “Então não irei destruí-las” – concordou Deus.
       Abraão continuou a suplicar: “E se existirem quarenta e cinco? Ou quarenta? Ou talvez apenas trinta?”
       “Então não irei destruir as cidades” – disse Deus.
       “Salvaríeis apenas vinte? E se apenas existirem dez homens bons?”
       “Em atenção a esses dez homens não irei destruir as cidades” – disse Deus.
       Dois dos viajantes entraram em Sodoma. Descobriram que existia apenas um homem bom: o sobrinho de Abraão, Lot. Ele recebeu-os em sua casa e manteve-os em segurança.
       “Lot – avisaram os visitantes – correis um grande perigo aqui. A cidade onde viveis e a sua vizinha Gomorra vão ser destruídas. Reuni os vossos familiares e fugi para um local seguro”.
       De madrugada, os dois visitantes ficaram ainda mais ansiosos: “Temos de fugir todos… e, neste momento, não há realmente tempo a perder”.
       “Ainda não estou completamente certo” – começou Lot, mas os visitantes pegaram nele, na esposa e em duas filhas e, literalmente, arrastaram-nos para o campo. Enquanto corriam, uma tempestade de enxofre ardente abateu-se sobre ambas as cidades.
       A esposa de Lot ficou desalentada. Voltou-se para olhar para as ruínas da sua casa. Assim que o fez, uma saraivada de sal caiu sobre ela e cobriu-a por completo.

“Querido Deus por favor cuida das pessoas boas num mundo cruel”

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Maria e a Sua docilidade à Palavra

       "Desde a Anunciação ao Pentecostes, vemo-La como mulher totalmente disponível à vontade de Deus. É a Imaculada Conceição, Aquela que é « cheia de graça » de Deus (cf. L c 1, 28), incondicionalmente dócil à Palavra divina (cf. L c 1, 38). A sua fé obediente face à iniciativa de Deus plasma cada instante da sua vida. Virgem à escuta, vive em plena sintonia com a Palavra divina; conserva no seu coração os acontecimentos do seu Filho, compondo-os por assim dizer num único mosaico (cf. L c 2, 19.51)".
       Ela é a figura da Igreja à escuta da Palavra de Deus que nela Se fez carne. Maria é também símbolo da abertura a Deus e aos outros; escuta activa, que interioriza, assimila, na qual a Palavra se torna forma de vida.

Bento XVI, Verbum Domini, n.º 27.

Nada te perturbe-só Deus basta (Taizé)

Nada te perturbe,
Nada te espante,
Tudo passa,
Deus não muda,
A paciência tudo alcança;
Quem a Deus tem Nada lhe falta: Só Deus basta.
Eleva o pensamento,
Ao céu sobe,
Por nada te angusties,
Nada te perturbe.
A Jesus Cristo segue Com peito grande,
E, venha o que vier,
Nada te espante.
Vês a glória do mundo?
É glória vã;
Nada tem de estável, Tudo passa.
Aspira às coisas celestes,
Que sempre duram;
Fiel e rico em promessas, Deus não muda.
Ama-O como merece,
Bondade imensa;
Mas não há amor fino Sem a paciência.
Confiança e fé viva Mantenha a alma,
Que quem crê e espera Tudo alcança.
Do inferno acossado Muito embora se veja,
Burlará os seus furores Quem a Deus tem.
Advenham-lhe desamparos, Cruzes, desgraças;
Sendo Deus o seu tesouro, Nada lhe falta.
Ide, pois, bens do mundo,
Ide, ditas vãs;
Ainda que tudo perca,
Só Deus basta.
S. Teresa de Ávila

sábado, 26 de fevereiro de 2011

VIII Domingo do Tempo Comum - 27/fevereiro

       1 - Do alto da Montanha continuamos a escutar a voz de Jesus, cujas palavras são uma provocação permanente ao nosso comodismo e às nossas seguranças muito humanas e muito materiais, pondo, ao invés, claramente, o acento tónico na vivência da caridade sem fim, ao jeito do Mestre, dando a vida, em cada gesto, em cada palavra, em cada silêncio, em cada olhar, dando a vida pelo outro, e numa confiança total em Deus e na Sua providência. Ele providenciará para que nada de verdadeiramente importante falte à nossa vida, para nossa felicidade e dos outros.
       Neste tempo que atravessamos, confiamos cada vez mais em nós, nas capacidades humanas, na ciência e na técnica, nas finanças, e confiamos cada vez menos em Deus, no futuro, na Providência divina. Queremos tudo certinho e a abertura ao futuro e a novas realidades assusta-nos de sobremaneira.
       É possível conjugar a graça e benevolência de Deus, com o nosso compromisso cristão.

       2 - "Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo".
       A confiança é crucial para a sobrevivência humana. Tudo radica e parte da confiança. Confiamos nos nossos pais e no saber que nos transmitiram, na escola, na Igreja, nas diversas ciências que preenchem o panorama da nossa civilização. Com efeito, até um cientista tem, obrigatoriamente, de confiar nos outros e no conhecimento que lhe chega por terceiros; de contrário teria que testar, do início, todas as variáveis. Desse modo, não haveria progressos e a sociedade da tecnologia e da informação ficaria bloqueada nas desconfianças e na experiência própria.
       Assim a nossa relação com os outros e também assim a nossa relação com Deus.
       Jesus interpela-nos com a prioridade: primeiro Deus, o Reino dos Céus e a Sua justiça. Só Ele garante a nossa vida, aqui e no tempo futuro. Quando a nossa confiança primeira é nos bens materiais, nos projectos humanos, em determinada pessoa, o nosso futuro não está garantido, nem a nossa vida. Veja-se, por exemplo, em tempo de crise, quantas pessoas e famílias tinham as finanças equilibradas e hoje vivem na agonia de ficarem sem nada! E tanto trabalho, tanto sacrifício, tantas canseiras!
       A confiança em Deus e na Sua providência há-de ser, para todo o crente, um projecto de vida. Só a Ele devemos servir, para n’Ele nos encontrarmos com os outros… e viver hoje… o amanhã é de Deus!

       3 - "Disse Jesus aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por isso vos digo: Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou de beber, nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário?»"
       Andamos tão atarefados em resolver a nossa vida, a conquistar o mundo, a assegurar o nosso futuro e dos nossos descendentes que por vezes nos esquecemos de viver, de apreciar o sol e a chuva, o vento na cara e a brisa pela tarde, e sobretudo, o que é mais preocupante, esquecemo-nos daqueles que amamos, daqueles que deveríamos proteger, daqueles que deveríamos acarinhar, esquecemo-nos do descanso e da festa, da alegria e da partilha em família e em comunidade.
       Assenta-nos que nem uma luva a palavra de Jesus: "não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado".
       Não se trata de viver desgraçando a vida, e o fruto do nosso trabalho, pelo contrário, trata-se de plenizar o nosso compromisso com os outros, de gastar a nossa energia e o nosso tempo a favor dos outros. O futuro é hoje! Amanhã é com Deus, só com Ele.

       4 - Destarte, a nossa confiança em Deus não é em vão, como nos assegura a Palavra de Deus na primeira leitura: "Sião dizia: «O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim». Poderá a mulher esquecer a criança que amamenta e não ter compaixão do filho das suas entranhas? Mas ainda que ela se esqueça, Eu não te esquecerei".
       Ainda que os mais íntimos se esqueçam de mim, Deus não me abandona.
       Deus ama-nos com amor de Pai e de Mãe; amar-nos faz parte da Sua essência divina. Criou-nos transbordando de AMOR e ama infinitamente a obra por Ele criada. Por isso nos dá Jesus.
       Não desanimemos nem nos precipitemos. Ele vem. E quando vier desvendará os nossos corações, como nos diz São Paulo: "Portanto, não façais qualquer juízo antes do tempo, até que venha o Senhor, que há-de iluminar o que está oculto nas trevas e manifestar os desígnios dos corações. E então cada um receberá da parte de Deus o louvor que merece".
       A certeza da Sua vinda, da Sua presença entre nós, é uma interpelação constante. Vivamos hoje! Aqui e agora, com as pessoas da nossa casa, da nossa rua, do nosso bairro, da nossa terra. Vivamos hoje, façamos render os talentos que Deus nos dá e sabendo que o futuro a Deus pertence. Ele dá-nos o presente... para viver!
_________________________
Textos para a Eucaristia (ano A): Is 49, 14-15; 1 Cor 4, 1-5; Mt 6, 24-34

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sofrimento reparador

       As mensagens de Nosso Senhor Jesus Cristo são tão ricas que dão margem a várias reflexões, com as quais podemos mudar e melhorar a nossa vida. Muitas vezes, nós nos lastimamos pelos nossos sofrimentos, quando deveríamos enfrentá-los, com coragem e paciência, na esperança de dias melhores. O pobre da parábola contada no Evangelho de São Lucas (16, 91-31) sofria, mas se contentava com as migalhas que caíam da mesa do rico. No entanto, ao morrer, “foi levado pelos anjos ao seio de Abraão”.
       O seu mérito não foi ser pobre, mas enfrentar sua vida de sofrimentos com galhardia e paciência, sem revolta.
       Ninguém gosta de sofrimento, mas ele acontece para todos. Jesus Cristo suou sangue ao pensar no sofrimento que O esperava, mas o enfrentou com coragem, paciência e amor. A Ressurreição do Senhor é uma prova de que o sofrimento, aqui na terra, é efêmero e o que importa é a abertura de nosso coração para Deus e Seus desígnios e para o nosso irmão, a fim de que possamos dar-lhe a mão e, juntos, vencer as dores, os sofrimentos e os obstáculos que surgem em nossa vida e na vida do outro.
       A dor lava a nossa alma do pecado, assim como a pedra preciosa cintila cada vez mais bela quando é burilada e fica livre das impurezas. Conhecemos vários exemplos, na vida dos santos de Deus e até no nosso quotidiano, de que o sofrimento nos enobrece, nos torna mais fortes, firmes e seguros “como o cedro do Líbano”.
       O Cristo afirma que fazer de nossas dificuldades um muro de lamentações não melhora a situação nem nos mostra caminhos melhores. Devemos enfrentar nossas dores como se elas fossem um trampolim para um amor maior; abraçar a nossa cruz com carinho e energia pode nos levar a dias de felicidade e à esperança de nossa ressurreição com Cristo Jesus.

Pe. Wagner Augusto Portugal in Canção Nova, via Mar com Sabor a Canela.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Alegria de Viver

Celebre a vida!...
Cante... Cultive... Encante...
Sorria... O sorriso contagia!...
Eleve o tom
E grite ao mundo
O quanto é profundo
O amor que sente por ela!
Não fique a espera...
Acelere... Busque seus sonhos...
Corra atrás da alegria
Que surge com o nascer do dia...
E caminha entre risos e sorrisos
Procurando sempre por você...
Não fique a mercê
De tristezas e melancolia...
Saia desta apatia...
Agarre a felicidade!...
Ela não tem sexo, nem idade...
Mas tem o perfume da flor...
Tem o brilho do amor...
Tem luz e tem cor!...
Encante-se com ela!...
Abra portas e janelas
E deixe-a entrar
Junto à brisa que afaga!...
Junto ao sol que ilumina!...
Abra os braços...
Receba-a num terno abraço!...
Ela aquece o coração...
Embrenha-se na emoção...
E pousa lá no âmago
Do seu ser, sem alarde...
Apenas te faz conhecer
A magia de ser feliz
E de viver!...

(autor Carmen Vervloet)

Um minuto de reflexão

Certa noite, em desespero,
pela ausência de afetos longínquos,
ousei perguntar-te:
Jesus, porque me abandonaste?
E Tu, na imensidão de Tua capacidade,
não me respondeste de imediato...

Mas... tão logo meu corpo dormiu,
transportei-me espiritualmente,
para o lugar onde vivi
a infância que jamais esqueci...

E então, já no chão,
onde tanto um dia sorri, olhei para o Alto,
e, em êxtase, avistei no zênite,uma luz...
esférica, intensamente brilhante, prateada...
que começou a descer, em direção a mim
e me fez estremecer...

Vibrei de intensa emoção!
O magnetismo exalado me imobilizou
e quando a esfera luninosa estava bem perto,
ela transformou-se numa face,
a tua face, JESUS!

Nada me disseste, mas...
fixaste-me tão intensamente,
que em Teu olhar captei,
todo carinho sincero, que tanto desejei.

Extasiei-me!
Senti-me importante para Ti,
nada no mundo se compara,
à Tua oferta de afeição!

Jesus, muitos precisam de Ti
e não sabem que é tão fácil encontrar-Te;
quantos em desespero imenso,
atiram-se de despenhadeiros,
não conseguindo compreender,
que Tu estás tão perto...
no coração do aflito,
na meiguice da criança,
no lar do necessitado,
na vida do amado velho
e também no singelo livro,
chamado EVANGELHO!

(in mensagens)

Deixe as crianças terem um Mundo

Fantástico! As crianças merecem!!!
Na voz inconfundível de Dana Winner...E em linguagem gestual.
Ouçam e relaxem!

There is a place Há um lugar
For a child in your heart Para uma criança em seu coração
As long, as you, still believe in a fairytale Enquanto, como você, ainda acredita num conto de fadas
And always know, E sempre sabe,
Deep inside, we are all the same No fundo, somos todos iguais

Let the children have a world Deixe as crianças terem um mundo
Where there is no pain or sorrow Onde não há dor ou tristeza
Where they all can live tomorrow Onde todos possam viver amanhã
And they share a brighter day E eles compartilham um dia mais brilhante

Let the children have a world Deixe as crianças terem um mundo
Where the people can be free Onde as pessoas podem ser livres
Where they all can join together Onde todos se podem unir
And their hearts will share a dream E seu coração vai compartilhar um sonho

A child, will find, Uma criança, quer encontrar,
It's own place in the sunlight O seu próprio lugar ao sol
A child, has hope, Uma criança, tem esperança,
Crystal light, in his eyes Um raio de luz, nos olhos
I want the world Então eu quero que o mundo
To love, every boy and girl.. Para o amor, cada menino e menina ..

Let the children have a world Deixe as crianças terem um mundo
Where there is no pain or sorrow Onde não há dor ou tristeza
Where they all can live tomorrow Onde todos possam viver amanhã
And they share a brighter day E eles compartilham um dia mais brilhante

Let the children have a world Deixe as crianças terem um mundo
Where the people can be free Onde as pessoas podem ser livres
Where they all can join together Onde todos se podem unir
And their hearts will share a dream E seus corações compartilham um sonho.

Sermão da Montanha - Editorial Voz Jovem

       O evangelista deste ano litúrgico, ANO A, é São Mateus, para a maioria dos Domingos e festas.
       Do Evangelho de São Mateus temos vindo a escutar o chamado “Sermão da Montanha”.
       “Ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los” (Mt 5, 1).
       Por esta razão fica conhecido o ensinamento de Jesus, porque foi pronunciado no alto da montanha. A montanha é um lugar privilegiado para encontrar Deus e para Deus Se revelar. Por outro lado, a atitude de quem se senta para ensinar, relembrando os escribas que se sentavam numa atitude de ensino. O próprio Moisés é representado sentado, a ditar os Mandamentos. No dia 22 de fevereiro, festejamos a Cadeira de São Pedro, evocando a autoridade de Pedro e do sucessor de Pedro.

1 – Bem-aventuranças
       “Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa” (Mt 5, 11-12).
       Nas Bem-aventuranças está a essência do cristianismo, um resumo claro do que se espera dos seguidores de Jesus Cristo. São felizes os que buscam o bem e se regem pela verdade, os que são misericordiosos e promovem a paz e a justiça, os humildes e puros de coração, todos aqueles que vivem na procura constante de imitar o Deus de Jesus Cristo, mesmo que humanamente não se sintam compensados e podendo ser perseguidos, injuriados e até mortos.

2 – Sois o sal da terra, sois luz do mundo
       “Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se?... Vós sois a luz do mundo…” (Mt 5, 13-16).
       O cristão está no mundo, não para se deixar levar pela corrente, pelas modas do momento, mas para se tornar agente transformador, por palavras e obras, dando tempero e sentido ao mundo, para louvor e glória de Deus Pai.

3 – Plenitude da Lei: a caridade
       “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar” (Mt 5, 17-37).
       A Lei de Moisés e o ensinamento dos Profetas preparam-nos para aspirar às coisas do alto. A plenitude da Lei é a caridade. Quando cumprimos porque somos obrigados por tradição, ou cumprimos porque outros cumprem, acabamos por nos enfadar. A vivência da Lei há-de radicar na caridade ao jeito de Jesus predispondo-nos a dar a vida pelos outros, por todos.

       4 – Oferece também a outra face
       “Ouviste que foi dito aos antigos: ‘olho por olho e dente por dente’. Eu, porém, digo-vos: … se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda… amai os vossos inimigos” (Mt 5, 38-48).
       Como é difícil amarmos os nossos inimigos e rezarmos por eles, mas é essa precisamente a exigência de Jesus Cristo. Pagar o mal com o bem, com a caridade fraterna, sempre!

5 – Não podeis servir a dois senhores
       “Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo… não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6, 24-34).
       A confiança em Deus e na Sua providência há-de ser, para todo o crente, um projecto de vida. Só a Ele devemos servir, para n’Ele nos encontrarmos com os outros… e viver hoje… o amanhã é de Deus!

6 – Edificar a vida sobre a rocha
       “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos Céus mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que estás nos Céus” (Mt 7,21-27).
       Não bastam boas intenções, mas a vivência concreta e quotidiana da fé, traduzida em boas obras. De novo, a caridade como a autêntica expressão da fé.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O tempo de Deus

Quando Diz “Deus te ama”
E que “pois nunca havia morrido nada”
Devo então entender que morreu?
Mas morreu o que?

Anjo...
O que morreu?
Uma ilusão
Um sonho
Uma amizade
Uma emoção
Um sentimento puro e inexplicável
Uma doce emoção
Ou um amor sublime?

Uma comunhão
Um sentimento que existia
Ou ainda existe?

Anjo...
Nada morre antes do tempo de Deus...
E antes que morra terá vivido o suficiente.
Para ficar tatuado no coração de alguém
Mesmo que esse alguém nunca possa ser da gente!

Você não sabe, mas Deus escreveu na linha do meu destino,
Algo que ninguém consegue ver ou tocar...
E você conseguiu isso não sei como, nem por que...
Então o mistério continua até que Deus revele...
E sabemos que isso acontecerá no tempo de Deus
E o tempo dele não é o meu tempo
Nem o seu.

O tempo de Deus está em oculto...
E o que está em oculto permanecerá até que ele deseje...
Haverá assim dias de benções, de alegrias e felicidades.
Mesmo que esses "dias" sejam apenas alguns segundos vividos...
Pois o que importa, não é a quantidade do tempo.
Mas é o tempo vivido com intensidade.

Muitas das vezes não podemos viver esse tempo
De verdade, no tempo real.
Mas vivemos ele no sonho como disse.

Mas a verdade é que nada se perde
Quando queremos que isso aconteça
Fazemos esse momento acontecer
Sem sair da realidade;

(autora Rosa D Saron)

Oração

Senhor Jesus, vimos ao Teu encontro
juntamente com Maria Imaculada.
Louvamos-Te, amigo dos pequeninos
e dos pobres!
Tu cuidas de todos nós, com muito amor.
Ensina-nos a viver em comunidade
contando com a vitalidade do Teu Espírito,
que nos guia pelos caminhos
da Verdade e do serviço concreto.
Concede-nos a graça de sabermos ver os nossos irmãos
com os olhos do coração,
para assim descobrirmos as maravilhas
que fizeste neles e, de forma especial,
naqueles nossos irmãos mais necessitados.
Ajuda-nos a construir um mundo mais fraterno no qual
ninguém seja esquecido ou deixado de lado.
Faz com que estejamos presentes ali onde possamos ser úteis.
Afasta de nós a tentação do poder e do domínio
e concede-nos bastante humildade
para que saibamos servir bem aos nossos irmãos.

(autor desconhecido)

Jesus

Por que
Um menino nos
nasceu, um filho se
nos deu; e o governo estará
sobre os seus ombros; e o
seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai
da Eternidade, Príncipe da Paz
(Isaías 9:6)

J usto: Maravilhoso
E is o nosso: Conselheiro
S anto: Deus Forte
U ngido: Pai da Eternidade
S alvador: Príncipe da Paz.

(autor José Aprígio da Silva)

A Palavra de Deus tem um rosto: Jesus Cristo

       "«O Senhor compendiou a sua Palavra, abreviou-a» (Is 10, 23; Rm 9, 28). (…) O próprio Filho é a Palavra, é o Logos: a Palavra eterna fez-Se pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Fez-Se criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós». Desde então a Palavra já não é apenas audível, não possui somente uma voz; agora a Palavra tem um rosto, que por isso mesmo podemos ver: Jesus de Nazaré".

Bento XVI, Verbum Domini, n.º 12.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Estar enamorado

Estar enamorado,
Amigos, é encontrar o nome certo da vida.
É encontrar por fim a palavra
Para fazer frente à morte.
É recuperar a chave oculta
Que abre o cárcere em que a alma está cativa.
É levantar-se da terra
com uma força que chama de cima.
É contemplar do cume
A razão das feridas.
É notar nuns olhos
Um verdadeiro olhar que nos olha.
É escutar numa boca a própria voz
profundamente repetida.
É surpreender numas mãos
Esse calor da perfeita companhia.
É suspeitar, definitivamente
Que a solidão da nossa sombra está vencida.
Estar enamorado, amigos, é ouvir no deserto
a cristalina voz de um rio que nos chama.
É governar a luz do fogo
E ao mesmo tempo ser escravo da chama.
É entender o diálogo pensativo
Do coração e da distância.
Estar namorado, amigos,
É assenhorar-se das noites e dos dias.
É contemplar um comboio que corre pela montanha
Com as luzes acesas.
É compreender perfeitamente que não há fronteiras
Entre o sonho e a vigília.
Estar enamorado, amigos, é sofrer
Espaço e tempo com doçura.
É não saber se são nossas, ou não,
As longínquas amarguras.
É regressar à fonte das águas turvas
Da corrente da angústia.
É partilhar a luz do mundo
E ao mesmo tempo partilhar a sua noite escura.
É espantar-se e alegrar-se
Por a lua ser ainda lua.
É comprovar no corpo e na alma
Que a tarefa de ser homem é menos dura.
Estar enamorado é começar a dizer sempre,
E daí em diante não voltar a dizer nunca.
E é, além disso, meus amigos,
Ter a certeza de ter as mãos puras.

(autor Francisco Luis Bernárdez)

Oração pelas vocações

Senhor da messe
e pastor do rebanho,
faz ressoar em nossos ouvidos
o teu forte e suave convite:
"Vem e segue-me"!
Derrama sobre nós o teu Espírito,
que Ele nos dê sabedoria
para ver o caminho
e generosidade
para seguir a tua voz.

Senhor,
que a messe não se perca
por falta de operários.
Desperta as nossas comunidades
para a missão.
Ensina a nossa vida
a ser serviço.
Fortalece os que querem
dedicar-se ao Reino,
na vida consagrada e religiosa.

Senhor,
que o rebanho
não pereça por falta de pastores.
Sustenta a fidelidade
dos nossos bispos,
padres e ministros.
Dá perseverança
aos nossos seminaristas.
Desperta o coração
dos nossos jovens
para o ministério pastoral
na tua Igreja.

Senhor da messe
e pastor do rebanho,
chama-nos para o serviço
do teu povo.
Maria, Mãe da Igreja,
modelo dos servidores do Evangelho,
ajuda-nos a responder "sim".

Ámen.
(in paroquias)

Uma Chávena de chá


Um sábio japonês, conhecido pela profundidade e justeza das suas doutrinas, recebeu a visita de um professor universitário que tinha ido inquirir acerca dos seus pensamentos.

O professor universitário tinha fama de ser orgulhoso, nunca prestando atenção às sugestões dos outros, julgando-se sempre na posse de toda a verdade.

O sábio quis dar-lhe uma lição. Para tal quis servir-lhe uma chávena de chá.

Começou por deitar o chá pouco a pouco. E a chávena encheu-se.

O sábio, fingindo não dar conta de que a chávena já estava cheia, continuou a deitar até que este transbordou e começou a molhar a toalha. O velho japonês mantinha a sua expressão serena e sorridente.
O professor universitário viu o chá a transbordar e ficou sem perceber como era possível uma tal distracção, tão contrária às normas das boas maneiras. Mas, a dado momento, não pôde conter-se mais e disse ao sábio:

— Já está cheia! Não cabe mais!

O sábio, imperturbável, disse-lhe então:

— Tal como esta taça, também tu estás cheio da tua cultura, das tuas opiniões, de um amontoado de conjecturas eruditas e complexas. Como posso eu falar-te da sabedoria, que só é compreendida pelas pessoas simples e disponíveis, se antes não esvaziares a tua chávena?

O professor compreendeu a lição. A partir desse dia, esforçou-se por se “esvaziar” das suas certezas e por escutar as opiniões dos outros, sem desprezar nenhuma delas.

(autor desconhecido)

Torradas queimadas

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer torradas.
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
” – Amor, eu adoro torrada queimada…”
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
” – Sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada…
Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu também não sou o melhor marido, empregado ou cozinheiro!”
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo não relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Essa é a minha oração para você, hoje.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio.
Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele;
você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.
As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse, mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.
(autor desconhecido)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

As pessoas sensíveis

As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas

O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra

O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra

"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão".

Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito

Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem

Sophia de Mello Breyner Andresen

Espírito Santo


Chama o Espírito Santo!
Habitua-te a chamá-LO.
É teu dever de cristão
Invocá-LO e cumprimentá-LO!
Quando invocamos o Espírito Santo
Tudo fica mais divinizado…
E além da força e optimismo,
O nosso coração fica inspirado!
De manhã, ao acordar,
Eleva o teu coração…
E deixa que seja Ele
A dirigir a tua oração!
No decorrer do teu dia
Lembra-te do Espírito Santo.
Ele vive na tua alma
E te ama tanto…Tanto!!!

O Espírito actua em nós,
Se O deixar-mos actuar…!
Nunca tomes decisões
Sem primeiro O consultar!

Fala-Lhe com confiança.
Dedica-Lhe um hino de louvor…
E pede-Lhe que te ensine
A viver a mensagem do Amor!
Quando o dia terminar
Reserva para Ele um espaço.
E deixa-te envolver
No Seu terno e doce abraço!

(autora Rosa Leitão)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Poesia


Poesia é beleza,
riqueza sem fim.
Faz nascer a ternura
e sentir a doçura
da flor de jasmim.

No deserto da vida
e na escuridão,
é paz renascida,
é luz oferecida
em comunhão.

No silêncio do mundo,
é firme expressão.
Não busca vaidades
mas busca a verdade
e a rectidão.

Poesia é dom,
infância encantada,
alegria sentida
na senda perdida
e reencontrada.

Nascem as palavras,
sementes de amor,
que voam nos ares
e vogam nos mares
em ondas de cor.

São pobres os homens
que gritam rancor
e vivem na ânsia,
na cega ganância,
semeando dor.

Ignoram os homens
que a simplicidade
os abre à beleza,
à grande riqueza
da fraternidade.

Poesia é sonho,
é pássaro, luz,
arco-íris de sons.
Mensagem de paz
e voz que nos traz,
do fundo das cinzas,
a esperança perdida
na vida e seus dons.

(autor desconhecido)

Oração


Mantenha seus olhos puros para que Jesus possa olhar através deles.
Mantenha sua língua pura para que Jesus possa falar por sua boca.
Mantenha suas mãos puras para que Jesus possa trabalhar com suas mãos.
Mantenha sua mente pura para que Jesus possa ouvir seus pensamentos em sua mente.
Mantenha seu coração puro para que Jesus possa amar com seu coração.
Peça a Jesus para viver sua própria vida em você porque:
Ele é a verdade da humildade.
Ele é a luz da caridade.
Ele é a Vida da santidade.

Madre Teresa de Calcutá

Deus é como o açúcar…


“Um certo dia, a professora querendo saber se todos tinham estudado a lição de catecismo, perguntou as crianças quem saberia explicar quem é Deus?
Uma das crianças levantou o braço e disse:
- Deus é o nosso pai, Ele fez a terra, o mar e tudo que está nela; nos fez como filhos dele.
A professora, querendo buscar mais respostas, foi mais longe:
- Como vocês sabem que Deus existe, se nunca O viu?
A sala ficou toda em silêncio…
Pedro, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse:
- A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs, eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se ela tira, fica sem sabor.
Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se ele sair de perto, nossa vida fica…sem sabor.
A professora sorriu, e disse:
- Muito bem Pedro, eu ensinei muitas coisas a vocês, mas você me ensinou algo mais profundo que tudo o que eu já sabia.
Eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida!
Deu-lhe um beijo e saiu surpresa com a resposta daquela criança.”
A sabedoria não está no conhecimento, mas na vivência de DEUS em nossas vidas, pois teorias existem muitas, mas doçura como a de DEUS não existe, nem mesmo nos melhores açúcares…
Não se esqueçam de colocar “AÇÚCAR” em suas vidas.

(autor desconhecido)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

VII Domingo do Tempo Comum - 20/fevereiro

       1 – O Sermão da Montanha coloca-nos mais uma vez no alto da montanha, ao redor de Jesus, como discípulos deste tempo, para escutar os Seus ensinamentos, para nos deixarmos tocar pelo Seu olhar, para nos deixarmos envolver pelo Seu entusiasmo, pela Sua presença luminosa. As Bem-aventuranças remetem-nos para a radicalidade do seguimento de Jesus, até mesmo no sofrimento; depois Jesus disse-nos claramente que somos no mundo o que o sal é para o alimento e a luz para o nosso andar. No domingo passado, ouvimo-l'O a contrapor a caridade à letra da Lei; Ele não vem para revogar a Lei mas para a levar à plenitude. A plenitude é a vivência da caridade, em todas as situações, em todos os momentos.
       Hoje, Jesus volta a acentuar a dinâmica da caridade, expressa na tolerância e sobretudo no perdão sem condições: "Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Olho por olho e dente por dente’. Eu, porém, digo-vos: Não resistais ao homem mau. Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda... Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos".
       Não existem reservas nem desculpas, a caridade e o perdão são a única opção do cristão, daquele e daquela que quer imitar Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres.

       2 – A mesma orientação é dada por Deus a Moisés, como podemos escutar na primeira leitura, "O Senhor dirigiu-Se a Moisés nestes termos: «Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo’. Não odiarás do íntimo do coração os teus irmãos, mas corrigirás o teu próximo, para não incorreres em falta por causa dele. Não te vingarás, nem guardarás rancor contra os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor».
       Com efeito, o respeito, a generosidade e a caridade para com o próximo há-de tornar-se uma prática constante dos membros do povo de Israel e assim também do novo povo eleito, a Igreja e os cristãos. Por um lado, não guardar rancor, não ter sentimentos e/ou gestos de ódio e de vingança para com os irmãos. Por outro lado, corrigir os erros dos irmãos, ajudá-los a regressar ao bom caminho, para que todos possamos ser santos como o Senhor nosso Deus é santo.
       O mandamento do amor ao próximo como a nós mesmos tornar-se manifesto como exigência permanente do crente.

       3 – A prática da caridade, da tolerância, do bem, integra este nosso projecto de santidade. Todos somos chamados à santificação no lugar em que nos encontramos e nas actividades/profissões/ocupações que realizamos.
       Diz-nos o Apóstolo, na segunda leitura, "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é santo, e vós sois esse templo".
       Lembremo-nos das palavras de Deus a Moisés, "sede santos, porque Eu, o Senhor, sou santo". Não é um acessório da vida crente ou um projecto dos religiosos e religiosas, das pessoas consagradas, é uma vocação universal de todos os baptizados.
       A santidade começa no nosso íntimo, na identificação com a santidade de Deus, na imitação de Jesus Cristo. Como Ele foi templo, habitação, morada de Deus, assim cada um de nós, seus seguidores, havemos de nos tornar verdadeiras moradas de Deus, para que depois a nossa relação com o próximo se faça para louvor e glória de Deus, na comunhão, na partilha, no perdão, na caridade sem fim, exactamente ao jeito de Jesus Cristo.
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Textos para a Eucaristia (ano A): Lv 19, 1-2.17-18; 1 Cor 3, 16-23; Mt 5, 38-48.

Pe. Marcos Alvim: aceita o meu sim

       Realizou-se ontem, 18 de fevereiro de 2011, na Igreja Paroquial de Tabuaço, o Concerto de Oração com o Pe. Marcos Alvim. Com a Igreja repleta, foi uma oportunidade de rezar cantando, e de reflexão à volta dos temas propostos pelo Pe. Marcos. Encerrámos assim, neste concerto memorável, uma Semana dedicada à Bíblia.


       "Aceita o meu sim", foi uma das canções interpretadas para lá do reportório da noite, que se centrava no CD/Livro "Bom Mestre". Este tema faz partde de outro CD, "Seguir-Te". Aqui fica a canção até onde a máquina permitiu gravar.

Este é o Meu Filho muito amado: escutai-O

       "Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavandeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles" (Mc 9, 2-13).
       No Evangelho de ontem, escutávamos o anúncio da Paixão de Jesus, com a contestação de Pedro, e o aviso de Jesus à navegação: é preciso estar preparado, quem quiser seguir-Me renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, dia a dia, e siga-Me. Os tempos que aí vêm não vão ser fáceis, é necessário fé, muita fé, para não desanimar, para não desistir.
       No Evangelho de hoje, vemos Jesus, com Pedro, Tiago e João, no alto do monte, transfigurano-Se diante deles, de novo como no Baptismo, o testemunho da VOZ do Pai: ´"Este é o Meu Filho muito amado: escutai-O". Se antes Jesus anuncia a morte, agora dá um sinal claro de que é verdadeiramente Filho de Deus. Conforta e sossega desta forma os discípulos mais próximos, sem no entanto esconder ou escamotear os tempos que se aproximam.
       Deixemo-nos interpalar também pelo desafio de Deus, nosso Pai: "escutai-O", pois só na escuta da Sua palavra, da Sua Mensagem podermos descobri o sentido para a nossa vida, poderemos descobrir a nossa vocação.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Semana Bíblica: Quero seguir-Te

       Com base numa canção do Pe. Marcos Alvim, do CD/Livro "Bom Mestre", edição do SDPJ de Lamego e das Edições Salesianas, um diaporama para rezar, cantar, reflectir, utilizado na Semana de Formação Bíblica, realizada na paróquia de Tabuaço, entre 13 e 18 de Fevereiro de 2011. As imagens belíssimas são deste universo que é a internet...
       A Semana de Formação Bíblica termina, precisamente, com o concerto de oração do Pe. Marcos Alvim.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vai-te, Satanás...

       Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem João Baptista; outros, Elias; e outros, um dos profetas». Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias». Ordenou-lhes então severamente que não falassem d’Ele a ninguém. Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-l’O. Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens» (Mc 8, 27-33).
       Dois momentos significativos nesta passagem do Evangelho.
       Jesus começa por perguntar aos seus discípulos sobre o que dizem dele as pessoas em geral. É um estudo de opinião, uma sondagem sobre a aceitação ou não da Sua mensagem. Mas o que mais importa é a resposta de cada um: "E vós, quem dizeis que Eu sou?" Hoje, como ontem, é a esta pergunta que importa responder. Quem é Jesus para mim, de que modo influencia a minha vida? Vivo como se Ele estivesse permanentemente em mim e comigo? Ou vivo como se Ele não existisse? Em que é que os meus comportamentos e atitudes são diferentes por conhecer Jeus, por ser cristão? Ou não há diferença?
       Ter uma opinião sobre quem é Jesus coloca-se ao nível do conhecimento. Responder à pergunta "quem é Jeus para mim, hoje?" é colocarmo-nos numa dinâmica de fé e de adesão a Jesus Cristo.
        O segundo momento vem a seguir, com Pedro a contestar Jesus por falar no que está para vir, sofrimento, perseguição, a própria morte. Pedro, qual conselheiro político, desanconselha Jesus por Ele os confrontar com as situações complicadas. Desse modo poderia sofrer baixas entre os discípulos. Jesus dá prioridade à verdade e à transparência, mesmo provocando a desistência de algum dos seus seguidores.
       No mundo em que vivemos a atitude de Jesus é ainda mais significativa. Importa viver na verdade, mesmo que isso acarrete dificuldades. O cristão tem de ser sal da terra e luz do mundo...
       Por outro lado ainda, quantas as situações em que quereríamos ter um Deus que nos fizesse a vontade, nos respondesse claramente, que nos facilitasse o trabalho, resolvesse as nossas dificuldades e as nossas dúvidas, quantas vezes quereríamos um Deus à nossa semelhança?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Papa João XXIII: Os dez Mandamentos da Serenidade

  1. Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver o problema da minha vida, todo de uma vez;
  2. Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras; não criticar ninguém, não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim;
  3. Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste;
  4. Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem todas aos meus desejos;
  5. Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me que assim como é preciso comer para sustentar meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma;
  6. Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém;
  7. Só por hoje farei uma coisa de que não gosto e se for ofendido nos meus sentimentos procurarei que ninguém o saiba;
  8. Só por hoje farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo o caso, vou fazê-lo. E me guardarei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão;
  9. Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim, mesmo se existisse só eu no mundo – ainda que as circunstâncias manifestem o contrário;
  10. Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gozar do que é belo e não terei medo de crer na bondade.
Papa João XXIII (postado a partir de 33 católico)

O realismo da Palavra de Deus

       "Quem conhece a Palavra divina conhece plenamente também o signifi cado de cada criatura. De facto, se todas as coisas «têm a sua subsistência» n’Aquele que existe «antes de todas as coisas» (Cl 1, 17), então quem constrói a própria vida sobre a sua Palavra edifi ca de modo verdadeiramente sólido e duradouro. A Palavra de Deus impele-nos a mudar o nosso conceito de realismo: realista é quem reconhece o fundamento de tudo no Verbo de Deus".

Bento XVI, Verbum Domini, n.º 10.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Celeste cão de caça

Dele fugi, noites e dias adentro;
Dele fugi, pelos arcos dos anos;
Dele fugi, pelos caminhos dos labirintos
De minha própria mente; e no meio de lágrimas
Dele me ocultei, e sob riso incessante.
Por sobre esperanças panorâmicas corri;
E lancei-me, precipitado,
Para baixo de titânicas trevas de temores abissais,
Para longe daqueles fortes Pés que seguiam,
Seguiam após mim.
Mas com desapressada perseguição,
E com inabalável ritmo,
Deliberada velocidade, majestosa urgência,
Eles marcavam os passos - e uma Voz insistia
Mais urgente que os Pés -"Tudo no mundo te atraiçoa quando tu me trais!...
Tudo foge de ti quando foges de Mim...
Ah, pobre cego e insensato!
Aquela treva que parecia envolver a tua vida
Nada mais era que a sombra de minhas mãos,
Estendidas para abraçar-te!

Francis Thompson, in Abrigo do Sábios.

Tudo é chamado a servir a Palavra...

       Durante esta Semana, em Tabuaço, estamos "realizar" a Semana de Foramação Bíblica, entre 13 e 18 de Feveiro, que culmina precisamente com um concerto de oração, com o Pe. Marcos Alvim, na sexta-feira, dia 18, na Igreja Paroquial. Ontem, dedicamos o tempo a uma releitura da Exotação Apostólica de Bento XVI. Colocaremos aqui, nos próximos dias, os nossos sublinhados:
       "...a realidade nasce da Palavra, como creatura Verbi, e tudo é chamado a servir a Palavra. A criação é lugar onde se desenvolve toda a história do amor entre Deus e a sua criatura; por conseguinte, o movente de tudo é a salvação do homem. Contemplando o universo na perspectiva da história da salvação, somos levados a descobrir a posição única e singular que ocupa o homem na criação: «Deus criou o homem à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27)".

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Deus não Se impõe...

       "Deus não Se impõe, não da mesma maneira como determino, por exemplo, que em cima da mesa está um copo: está lá! A Sua presença é um encontro que chega ao que há de mais íntimo e profundo do homem, mas que nunca pode ser reduzido à palpabilidade de uma coisa material. Por isso, pela grandeza do acontecimento, torna-se claro que a fé é um acontecimento em liberdade. Éste facto esconde em si a certeza de que se trata de algo verdadeiro, algo real - mas também não exclui completamente a possibilidade de negação".

BENTO XVI, Luz do Mundo... Lucerna: 2010.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

VI Domingo do Tempo Comum - 13/fevereiro

       1 – "Os antigos disseram... porém Eu digo-vos". Nesta antítese, Jesus propõe uma mudança de mentalidade, não para desfazer o que de bom a humanidade construiu, e em particular o povo da eleição, mas para levar à plenitude. Com efeito, o próprio Jesus nos diz: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar..."
       A plenitude da Lei é o amor. O Evangelho deste domingo di-lo claramente. Por um lado não é uma ruptura sem história nem memória, mas uma ruptura que introduz uma atitude diferente, nova, dinâmica, que não se prende a convenções exteriores, mas se abre ao amor, se abre a Deus.
       Ao lermos atentamente a Sagrada Escritura, vemos que o Povo judeu tinha leis extraordinariamente equitativas, justas, e mesmo generosas, prevendo, por exemplo, que ninguém fosse indefinidamente privado dos seus direitos, dos seus haveres ou da sua condição livre, sancionando a devolução jubilar dos bens e da condição familiar. No entanto, há muitos aspectos em que sobrevém a lei de talião, ou seja, olho por olho, dente por dente. Jesus acentua a caridade que nos vem de Deus, a conciliação, uma justiça que não seja apenas retributiva, mas seja solidária e benevolente.
       A atitude de Jesus tornar-nos-á criativos. Não podemos esperar que os outros nos façam bem, para nós lho fazermos também, antecipemo-nos no bem. Não esperemos pelas desculpas de quem nos ofendeu, tomemos a iniciativa de ir ao seu encontro: "Portanto, se fores apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão".

       2 – Uma das verdades insofismáveis no cristianismo é que Deus nos criou por amor, para sermos felizes, mas tal como os pais não se substituem aos filhos nas suas escolhas e nos seus percursos de vida, mesmo que sofram pelo sofrimento dos seus filhos, também Deus não nos trata como marionetas, pois criou-nos livres e respeita a nossa liberdade, incondicionalmente. Aceita a nossa escolha, e mesmo a nossa recusa, aceita que até possamos excluí-l'O da nossa vida, ou que nos ponhamos contra Ele, ou vivamos como se Ele não existisse.
       "Deus pôs diante de ti o fogo e a água: estenderás a mão para o que desejares. Diante do homem estão a vida e a morte: o que ele escolher, isso lhe será dado... Não mandou a ninguém fazer o mal, nem deu licença a ninguém de cometer o pecado" (Primeira Leitura).
       A escolha é nossa. Mas a certeza de que Ele Se coloca do nosso lado é reconfortante e é uma garantia que a opção pela vida nos conduzirá a Ele, à felicidade, neste mundo e para a eternidade.
       A escolha do bem envolve-nos a luminosidade de Deus, na descoberta da Sua presença e do Seu amor na nossa existência terrena e quotidiana: "Felizes os que seguem o caminho perfeito e andam na lei do Senhor. Felizes os que observam as suas ordens e O procuram de todo o coração" (Salmo).

       3 – A opção por Jesus Cristo e pelo Evangelho da caridade e do perdão é convite à simplicidade, à transparência, à alegria nas pequenas coisas.
       São Paulo, depois da conversão e da Sua adesão a Jesus Cristo, tornou-se o Apóstolo por excelência, procurando que a Palavra de Deus passasse através das suas palavras muito humanas e muitos simples e através dos seus gestos. "Falamos da sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que já antes dos séculos Deus tinha destinado para a nossa glória". Para nos tornarmos servidores da verdade, servidores da Palavra de Deus, a nossa linguagem tem de assomar a sabedoria de Deus, ou como nos diz Jesus a nossa "linguagem deve ser: ‘Sim, sim; não, não’". E assim também a nossa relação com os outros.
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Textos para a Eucaristia (ano A): Sir 15, 16-21 (15-20); Sl 118 (119); 1 Cor 2, 6-10; Mt 5,17-37

Eucaristia - coração da Igreja

       "A Eucaristia é o coração da Igreja - a vida no corpo de Cristo, numa comunidade. Por esta razão, a Eucaristia não é encarada como qualquer ritual social onde as pessoas se encontram amigavelmente, mas sim como expressão do ser e do estar no meio da Igreja. Assim sendo, ela não pode ser dissociada dessa condição de pertença - simplesmente porque é, em si mesma, o acto de pertença".

BENTO XVI, Luz do Mundo... Lucerna: 2010.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Discutimos? ou nem por isso?

       Há uma tendência para fugir ao debate e à discussão séria das mais diversas matérias, na sociedade portuguesa, que se pode transformar numa real ameaça à convivência democrática e tolerante.
       Os tempos em que vivemos, mais dados à histeria mediática, limitam os debates, infantilizam-nos, transformam o que deveriam ser legítimos intercâmbios de pontos de vista num jogo de palavras vazias, um karaoke da coisa pública, que foge, necessariamente, do essencial.
       Podemos dizer que isso beneficia, de facto, os que melhor sabem montar a sua máquina e vender a imagem, promovendo uma lavagem cerebral aos que não querem, não podem ou não sabem encontrar um contraponto para os factos e opiniões que lhes são apresentados como palavra final, definitiva e verdadeira.
       Existem, obviamente, diversos graus de responsabilidade em toda esta situação: em primeiro lugar, a dos que mentem ou iludem para obter vantagens pessoais, dos mais diversos pontos de vista. Depois, se quisermos, a responsabilidade de quem reproduz e faz passar como boas, sem qualquer consciência crítica ou honestidade intelectual, afirmações e supostos factos sem qualquer ligação com a realidade ou verificabilidade possível.
       Tudo isto exige mais atenção e maior capacidade de confronto a quem se encontra no meio de batalhas políticas, históricas, económicas ou legais, amplificadas pela globalização galopante da informação.
       Num momento de crise económica e social, com um potencial latente de violência, é fundamental que exista, por parte de quem tem algum tipo de poder, a noção de que essa sua posição de influência e superioridade requer total honestidade e transparência, em vez de retórica vazia, calculismo, cinismo ou mesmo indiferença em relação ao sofrimento dos outros.
       A delicada situação do país não pode justificar a imposição de ideologias contrárias ao sentir geral da comunidade, por muito que os problemas económicos e financeiros assumam uma dimensão esmagadora, gerando preocupação constante. Valores inegociáveis e irrenunciáveis estarão sempre acima destes jogos e serão o fundamento do futuro a construir, com o contributo das actuais e novas gerações. É sobre esses valores que vale a pena discutir.