Se o amor do Pai não tivesse feito Jesus ressurgir
dos mortos, se não tivesse podido restituir a vida
ao seu corpo, não seria um amor plenamente fiável,
capaz de iluminar também as trevas da morte.
... Jesus pôde vencer a
morte e fazer resplandecer em plenitude a vida.
A nossa cultura perdeu a noção desta presença
concreta de Deus, da sua acção no mundo; pensamos
que Deus Se encontra só no além, noutro
nível de realidade, separado das nossas relações
concretas. Mas, se fosse assim, isto é, se Deus
fosse incapaz de agir no mundo, o seu amor não
seria verdadeiramente poderoso, verdadeiramente
real e, por conseguinte, não seria sequer
verdadeiro amor, capaz de cumprir a felicidade
que promete. E, então, seria completamente indiferente
crer ou não crer n’Ele. Ao contrário, os
cristãos confessam o amor concreto e poderoso
de Deus, que actua verdadeiramente na história
e determina o seu destino final; um amor que se
fez passível de encontro, que se revelou em plenitude
na paixão, morte e ressurreição de Cristo.
Papa Francisco, Lumen Fidei (n.º 17)
Sem comentários:
Enviar um comentário