A frase profética do velho Simeão dita a Nossa Senhora durante a Apresentação do Menino Jesus no Templo, espelham as dores e os sofrimentos que atravessarão a vida da Mãe de Jesus, Mãe de Deus e nossa Mãe.
Qualquer pessoa passa por momentos de grande felicidade, de encontro, de descoberta, de festa e de encanto. Mas a vida, na sua fragilidade e finitude, também é caracterizada por desencontros, desencantos, desilusões, perdas.
Maria, criatura como nós, atravessa este "vale de lágrimas" confiante na bondade e misericórdia de Deus, experimentado momentos difíceis: na anunciação - não sabe como se vai realizar o mistério e também os momentos que pode passar se for desamparada pelo futuro esposo; na Apresentação, as palavras de Simeão deixam-n'A de atalaia sobre o que virá. Muitas serão as vezes que o seu coração se sobressalta com os perigos que acompanham a vida de Seu Filho, muitas vezes é chamada a encontrar-se com Ele para ver com os próprios olhos que nada de mal Lhe acontece. Mas a prisão de Jesus, o processo que O obriga a ser julgado em várias casas e praças, os açoites, a cruz aos ombros, a crucifixão, os momentos que antecedem a morte, a morte e a descida da Cruz, colocando-lhes nos braços o Filho morto, nos mesmos braços em que O acolheu com vida e O deu ao mundo, a espera até à ressurreição... quanta dor, quanta lágrima, quanta incerteza. Não é alheia a grande fé de Nossa Senhora, que confia, que ama, que espera, que une em oração os discípulos que entretanto dispersariam.
Santa Eufémia é sujeita também a muitas dores, a muito sofrimento. Não é Mãe de Jesus, mas é por Jesus que ela sofre, suporta o peso das torturas e do escárnio, e enfrenta a "pena de morte" por ser cristã, por ser seguidora de Jesus Cristo. No amor maior por Jesus Cristo, tudo suporta porque muito ama. A confiança, como em Nossa Senhora, ultrapassa o medo e o sofrimento.
Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!
Santa Eufémia, rogai por nós!
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