O oitavo dia da novena coincide com a Festa da Exaltação da Santa Cruz.
Para o cristão, a cruz não é um acessório, mais ou menos na moda, nem tão pouco um objecto decorativo ou um objecto de arte, a CRUZ é uma referência fundante e fundamental na vida do discípulo de Jesus Cristo.
A exaltação da Cruz não significa que o cristão vai à procura do sofrimento, em atitude masoquista de se infligir sofrimento, mas é antes de mais e acima de tudo expressão máxima do amor de Deus por nós, que se manifesta em plenitude na entrega até à Cruz
Lembra-nos o Apóstolo: "Cristo Jesus, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio.
Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz.
Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes" (Filip 2, 6-11).
Ele assume a nossa fragilidade e a nossa finitude humanas, morre connosco e por nós, para nos elevar à Ressurreição.
Sublinhe-se que a CRUZ sem a RESSURREIÇÃO seria vazia, teria um corpo morto, seria apenas um objecto de tortura até à morte. Com a Ressurreição, a CRUZ é preenchida com o AMOR de Deus para com a humanidade. A Cruz é expressão de amor e de entrega. Sexta-feira Santa. Mas dá lugar à LUZ e à VIDA, dá lugar ao Domingo de Páscoa. Ele é exaltado, porque ousou levar o amor até às últimas consequências.
Santa Eufémia é fortalecida nesta certeza e nesta dialéctica. Assume a vida como um testemunho de Jesus. Leva o o seu amor por Jesus Cristo até às últimas consequências. É permanentemente desafiada a renegar a Jesus, o que evitaria a tortura e a morte, evitaria a Cruz. Mas por amor, e na certeza da Ressurreição, leva a sua cruz até ao fim. Confia inteiramente que na morte passará à vida eterna junto de Jesus Cristo. A morte assusta, mas mais assusta a escuridão que nos coloca longe de Deus.
Sem comentários:
Enviar um comentário