1 – O padroeiro principal da Diocese de Lamego, é São Sebastião, ao qual se junta Santo Agostinho, padroeiro secundário..
Quando uma terra e/ou uma comunidade escolhe um patrono isso deve-se ao seu carisma e à vontade de seguir a sua determinação e o exemplo da sua vida. Os santos mártires ganharam uma enorme projeção nas comunidades cristãs dos primeiros séculos e pelos séculos seguintes.
É nesta perspetiva que São Sebastião, Santa Eufémia, Santa Inês, Santa Luzia, Santa Leocádia, São Vicente, diácono, Santa Bárbara, se impõem por todo o mundo cristão, pelo testemunho de fidelidade ao Evangelho, a Jesus Cristo, arriscando a própria vida. Foi também uma forma de catequizar as comunidades, pregar através de exemplos concretos.
São Sebastião, que se celebra a 20 de janeiro, dia da sua morte, é a nossa escolha para janeiro, para também nós, unidos à Diocese, procurarmos acolher o testemunho da sua vida, na fidelidade à Igreja, no compromisso com o nosso tempo e com este mundo em que vivemos.
É mais uma figura do ano sacerdotal que nos interpela. A coragem demonstrada diante dos perseguidores, diante dos algozes, desvela-nos o rosto de Deus, que em Cristo Jesus, Se entrega inteiramente à humanidade.
2 – Descendente de uma família nobre, terá nascido em Narbona, sul de França, em meados do século III. Segundo a maioria dos estudiosos, os seus pais eram de Milão, onde cresceu até se mudar para Roma. Mas também há quem defenda que o pai era natural de Narbona e Sebastião tenha nascido em Milão.
Em nome da religião enveredou por uma carreira militar, para desse modo defender os cristãos que sofriam uma terrível perseguição. As suas qualidades são amplamente elogiadas: figura imponente, prudência, bondade, bravura, era estimado pela nobreza e respeitado por todos. O imperador Diocleciano, reconhecendo nele a valentia e desconhecendo a sua religião, nomeou-o capitão general da Guarda Pretoriana. Animava os condenados para que se mantivessem firmes e fiéis a Jesus Cristo.
Cada mártir que surgia era um alento para Sebastião. Foi denunciado por Fabiano, então Governador Romano. Diocleciano acusou-o de ingratidão. Foi cravado por flechas, até o julgarem morto. Santa Irene encontrou-o e tratou-o. Depois de restabelecido voltou junto do imperador. Este mandou que fosse chicoteado até à morte e depois deitado à Cloaca Máxima, o lugar mais imundo de Roma. O corpo foi recuperado e sepultado nas catacumbas da Via Ápia. Faleceu a 20 de janeiro de 288, ou 300.
3 – O tempo e o ambiente em que vivemos não é de perseguição declarada aos cristãos, mas a nossa tarefa não é mais fácil que a de São Sebastião. A sua fé confrontou-se com a perseguição, ajudando aqueles que estavam próximos de desanimar.
Quantas vezes nos deixamos contagiar por um contexto, por valores e leis contrários à fé que professámos? Quantas oportunidades para nos afirmarmos cristãos? Quantas formas de perseguição aos valores que defendemos? Quantos cristãos precisam que os animemos na sua fé, na sua caminhada espiritual?!
São Sebastião, rogai por nós!
Sem comentários:
Enviar um comentário