Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça». Quando Jesus, ao deixar a multidão, entrou em casa, os discípulos perguntaram-Lhe o sentido da parábola. Ele respondeu-lhes: «Vós também não entendestes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não pode torná-lo impuro, porque não entra no coração, mas no ventre, e depois vai parar à fossa?» (Mc 7, 14-23).
Inicíamos a leitura do Livro do Génesis e que nos apresenta a criação de forma positiva. O mundo, a matéria criada, não é mau em si mesmo, tudo é bom porque foi criado por Deus. "E Deus viu que era muito bom... que era tudo muito bom". A criação inteira que culmina com a criação do homem, à Sua imagem e semelhança, com a mesma capacidade de amar, de criar e de cuidar.
No Evangelho de hoje, Jesus acentua esta mesma dinâmica. Com efeito, o que existe fora do homem não tem conotação moral, é naturalmente bom ou, em última análise, neutro, o coração do homem é que torna impuras ou boas as coisas materiais, o que existe fora dele. Isto vale para os alimentos também.
Sem comentários:
Enviar um comentário