1 - "Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos»...
A desolação da morte na CRUZ dá lugar à vida, à ressurreição, e consequentemente à surpresa e depois ao encontro com o Ressuscitado e logo à alegria e à confiança, que por sua vez se converte em partilha, testemunho, nascendo a comunidade crente, que tem como ponto de partida, de chegada, e como sustentáculo a Cristo ressuscitado.
Os discípulos vêem goradas as suas esperanças e as suas certezas acerca do Mestre e Senhor, que eles pouco a pouco vão descobrindo como Messias, esperado pelos profetas e enviado por Deus. Com a Sua morte, os discípulos dispersam, com medo refugiam-se em casa, em Jerusalém e nos arredores, para depois das festas pascais e passado o luto voltarem para a Galileia. Estão frustrados, tristes, sentem que lhes fugiu o chão. Pouco têm para fazer em Jerusalém.
Quando Jesus Se encaminha para a cidade santa, com a entrada triunfal, os discípulos começam a ver os frutos da sua adesão e do seu seguimento. Afinal, tinha valido a pena deixar as suas vidas para trás, porque as promessas de uma vida nova e diferente estavam a concretizar-se. Nova reviravolta: sentados à mesa, Jesus revela-lhes que vai ser entregue e morto. Saem para o horto das oliveiras e já a oração de Jesus os deixa inquietos. Preso Jesus, o processo corre célere, para evitar outro desfecho que não seja a condenação. É o que acontece. E logo quando eles pensavam que Deus não deixaria que tal acontecesse. Mas aconteceu! E agora?! O melhor é acautelar a vida, escondendo-se, mantendo-se no anonimato para não correrem o risco de serem também presos, condenados e mortos.
Na Sexta Jesus é morto. No Sábado, pesarosos, os discípulos isolam-se e partilham as mágoas do insucesso. Domingo, o primeiro dia da semana, o primeiro dia de um tempo novo, mas que os Seus seguidores ainda não vislumbram. As mulheres vão ao túmulo, depois os discípulos. O túmulo está vazio. Reúnem-se para discutir as hipóteses acerca do túmulo vazio. Jesus apresenta-Se no meio deles. Nem querem acreditar. "A paz esteja convosco". A saudação é mesma de quando estavam juntos. Não pode ser. Mas não é um espírito, um fantasma, é o mesmo Jesus Cristo, que Se deixa ver e se deixa tocar. A fé ainda precisa de ser "retocada", amadurecida, confirmada. Jesus dá-lhes tempo e espaço para acolherem a Boa Nova, e sobretudo dá-lhes o Espírito Santo, que lhes tinha prometido, e que lhes revelará toda a verdade. E então o extraordinário acontece, as portas escancaram-se até à actualidade.
2 - Um dos Apóstolos não estava no reencontro com Jesus. E eis a mesma dúvida que antes assolava todos: será que o corpo de Jesus não foi roubado, será que apareceu mesmo às mulheres? Que pensar do túmulo vazio? E agora, será que não se juntaram num conluio para amenizar a dor dos mais cépticos e talvez quem sabe aproveitar os créditos da mensagem de Jesus para uma revolução?
"Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto»".
Mas também Tomé é surpreendido pela presença gloriosa de Jesus, que na omnipotência divina, Se deixa ver e tocar. Não é um fantasma, um espírito a vaguear pelo mundo, é o mesmo Jesus Cristo crucificado e no entanto já ultrapassada a limitação temporal e espacial.
A desolação da morte na CRUZ dá lugar à vida, à ressurreição, e consequentemente à surpresa e depois ao encontro com o Ressuscitado e logo à alegria e à confiança, que por sua vez se converte em partilha, testemunho, nascendo a comunidade crente, que tem como ponto de partida, de chegada, e como sustentáculo a Cristo ressuscitado.
Os discípulos vêem goradas as suas esperanças e as suas certezas acerca do Mestre e Senhor, que eles pouco a pouco vão descobrindo como Messias, esperado pelos profetas e enviado por Deus. Com a Sua morte, os discípulos dispersam, com medo refugiam-se em casa, em Jerusalém e nos arredores, para depois das festas pascais e passado o luto voltarem para a Galileia. Estão frustrados, tristes, sentem que lhes fugiu o chão. Pouco têm para fazer em Jerusalém.
Quando Jesus Se encaminha para a cidade santa, com a entrada triunfal, os discípulos começam a ver os frutos da sua adesão e do seu seguimento. Afinal, tinha valido a pena deixar as suas vidas para trás, porque as promessas de uma vida nova e diferente estavam a concretizar-se. Nova reviravolta: sentados à mesa, Jesus revela-lhes que vai ser entregue e morto. Saem para o horto das oliveiras e já a oração de Jesus os deixa inquietos. Preso Jesus, o processo corre célere, para evitar outro desfecho que não seja a condenação. É o que acontece. E logo quando eles pensavam que Deus não deixaria que tal acontecesse. Mas aconteceu! E agora?! O melhor é acautelar a vida, escondendo-se, mantendo-se no anonimato para não correrem o risco de serem também presos, condenados e mortos.
Na Sexta Jesus é morto. No Sábado, pesarosos, os discípulos isolam-se e partilham as mágoas do insucesso. Domingo, o primeiro dia da semana, o primeiro dia de um tempo novo, mas que os Seus seguidores ainda não vislumbram. As mulheres vão ao túmulo, depois os discípulos. O túmulo está vazio. Reúnem-se para discutir as hipóteses acerca do túmulo vazio. Jesus apresenta-Se no meio deles. Nem querem acreditar. "A paz esteja convosco". A saudação é mesma de quando estavam juntos. Não pode ser. Mas não é um espírito, um fantasma, é o mesmo Jesus Cristo, que Se deixa ver e se deixa tocar. A fé ainda precisa de ser "retocada", amadurecida, confirmada. Jesus dá-lhes tempo e espaço para acolherem a Boa Nova, e sobretudo dá-lhes o Espírito Santo, que lhes tinha prometido, e que lhes revelará toda a verdade. E então o extraordinário acontece, as portas escancaram-se até à actualidade.
2 - Um dos Apóstolos não estava no reencontro com Jesus. E eis a mesma dúvida que antes assolava todos: será que o corpo de Jesus não foi roubado, será que apareceu mesmo às mulheres? Que pensar do túmulo vazio? E agora, será que não se juntaram num conluio para amenizar a dor dos mais cépticos e talvez quem sabe aproveitar os créditos da mensagem de Jesus para uma revolução?
"Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto»".
Mas também Tomé é surpreendido pela presença gloriosa de Jesus, que na omnipotência divina, Se deixa ver e tocar. Não é um fantasma, um espírito a vaguear pelo mundo, é o mesmo Jesus Cristo crucificado e no entanto já ultrapassada a limitação temporal e espacial.
3 - Com a ressurreição de Jesus Cristo e com o envio do Espírito Santo nasce a Igreja. Quando Jesus aparece aos discípulos dá-lhes, desde logo, a missão. Missão de serem testemunhas da ressurreição e, com a força do Espírito, perdoarem os pecados, estabelecendo no mundo inteiro, no coração de cada homem e mulher, a paz que d'Ele recebem.
Mas para testemunhar e para que no anúncio haja coerência é necessário viver, e viver em comunidade.
O livro dos Actos dos Apóstolos mostra-nos como a comunidade nascente se torna fonte de inspiração para toda a Igreja e para as comunidades futuras: "Os irmãos eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, toda a gente se enchia de temor. Todos os que haviam abraçado a fé viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam propriedades e bens e distribuíam o dinheiro por todos, conforme as necessidades de cada um. Todos os dias frequentavam o templo, como se tivessem uma só alma, e partiam o pão em suas casas; tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e gozando da simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava todos os dias o número dos que deviam salvar-se".
Para Deus todos somos filhos. Somos irmãos. Vivamos como irmãos. Neste tempo de carestia, maior terá de ser a nossa atenção para que também entre nós não haja necessitados. A paz não se constrói de estômago vazio.
4 - Pela Sua morte e ressurreição, Jesus introduz-nos nos novos céus e nova terra, redime-nos com o Seu amor, salva-nos com a Sua entrega, ainda que tenhamos que viver em permanente tensão entre a graça de Deus que nos atrai e as nossas fragilidades que, por vezes, se sobrepõem.
São Pedro é muito expressivo, apresentando-se também como testemunha. Por vezes deixou-se enredar no seu egoísmo, nos seus impulsos imediatos, e oscilou entre o seguir o Mestre e o querer alterar-Lhe os planos. Foi provado e escolhido para apascentar o rebanho de Cristo.
Atentemos às Suas palavras: "Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, na sua grande misericórdia, nos fez renascer, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos, para uma esperança viva, para uma herança que não se corrompe, nem se mancha, nem desaparece... Isto vos enche de alegria, embora vos seja preciso ainda, por pouco tempo, passar por diversas provações, para que a prova a que é submetida a vossa fé – muito mais preciosa que o ouro perecível, que se prova pelo fogo – seja digna de louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo Se manifestar...".
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Textos para a Eucaristia (ano A): Act 2, 42-47; 1 Ped 1, 3-9; Jo 20, 19-31
Reflexão Dominical na página da Paróquia de Tabuaço.