Não perder o Norte!”. Esta expressão familiar pode ajudar-nos a compreender a responsabilidade do Conselho Pastoral Paroquial (CPP). Não perder o Norte, para uma comunidade cristã, é não perder de vista a sua razão de ser: a missão que deve realizar no espaço humano que é a paróquia. Esta missão que nos é confiada pelo Cristo e pelo Espírito Santo é única na diversidade de exigências: anunciar a pessoa de Jesus Cristo, experimentar a fraternidade, celebrar a fé e comprometer-se no serviço aos mais pequenos. O CPP, como uma bússola, ajuda a comunidade a manter o rumo da missão.
Para ser fiel à sua responsabilidade, o CPP dá orientações pastorais, de forma que a equipa pastoral mandatada, formada por responsáveis nomeados pelo bispo (padres, diáconos, responsáveis por diferentes serviços e missões…), conselho económico e outros grupos assumam a responsabilidade das áreas que lhes são confiadas e tenham uma actuação de conjunto.
Eis um dos maiores desafios do CPP: ser o conselho mais próximo da missão e deixar que os outros intervenientes actuem no seu próprio domínio. Lugar de discernimento, de decisão, de concretização, de coordenação e de avaliação, o CPP é um teste de verdade para os nossos discursos quanto à responsabilidade confiada aos baptizados na construção da Igreja.
O CPP torna-se um lugar de aprendizagem onde os seus membros praticam o diálogo, o respeito mútuo e, assim, vivem uma experiência eclesial. Permite aos ministros ordenados, às pessoas mandatadas e às forças vivas da comunidade trabalhar sinodalmente no serviço da missão, fazendo em conjunto um pedaço do caminho. Uma oportunidade que pode exigir uma conversão mútua nas nossas maneiras de conceber e de articular as nossas responsabilidades respectivas!
O CPP está ao serviço da comunidade. Os seus membros (que será vantajoso renovar regularmente) devem ser capazes de trabalhar harmoniosamente, discernir os sinais e apontar pontos da pastoral actual, ser solidários com as outras realidades eclesiais (zona pastoral, arciprestado, diocese…). Assim, é o mesmo espírito missionário que anima o CPP e a comunidade no serviço à paróquia.
O número dos membros não é uma garantia de sucesso. Antes, o CPP deve ser constituído à imagem da comunidade que quer animar. Será isto utópico ou realizável? Nada melhor do que sermos nós a demonstrá-lo.
FONTE: Jornal diocesano VOZ DE LAMEGO, n.º 4252, de 18 de fevereiro de 2014.
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