quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Envelhecer!

Envelheço
quando me fecho para
as novas ideias: e me torno radical.

Envelheço,
quando o novo me assusta.
E minha mente insiste em não aceitar.


Envelheço,
quando me torno impaciente, intransigente
e não consigo dialogar.

Envelheço,
quando meu pensamento abandona sua casa.
E retorna sem nada a acrescentar.

Envelheço,
quando muito me preocupo,
e depois me culpo porque não
tinha tantos motivos para me preocupar.

Envelheço,
quando penso demasiadamente em mim mesmo e
consequentemente me esqueço dos outros.

Envelheço,
quando penso em ousar e já antevejo
o preço que terei que pagar pelo acto,
mesmo que os factos insistam em me contrariar.

Envelheço,
quando tenho a chance de amar
e deixo o coração que se põe a pensar:
Será que vale a pena correr o risco de me dar?
Será que vai compensar?

Envelheço,
quando permito que o cansaço
e o desalento tomem conta da minha alma
que se põe a lamentar.

Envelheço
enfim, quando paro de lutar!

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