Bones é uma série americana e que passa num dos canais por cabo ou satélite. Uma daquelas séries de investigação criminal.
Num dos episódios da temporada 8, episódio 14, um dos protagonistas Seeley Booth (David Boreanaz), que vive com a Dra. Temperance "Bones" Brennan (Emily Deschanel), está envolto num pequeno mistério pessoal que vai sendo revelado.
Primeiro, a companheira vai-lhe dizendo que o pode ajudar, no dia em que ele vai ao hospital e não pode ir buscar a filha de ambos.
Os colegas apercebem-se que todas as sextas-feiras ele sai e não diz para onde.
Um dos colegas interroga-o diretamente sobre aquelas saídas...:
- Já sei, vais-te confessar...
Booth é católico. Vem rápida a resposta, tranquila, sem ondas, direta, convicta:
- Não me posso confessar. Não estou casado. Para se confessar é preciso fazer o propósito de não voltar ao mesmo, não voltar a pecar... eu não pretendo separar-me da minha companheira. Damo-nos bem, somos felizes.
Num dos episódios da temporada 8, episódio 14, um dos protagonistas Seeley Booth (David Boreanaz), que vive com a Dra. Temperance "Bones" Brennan (Emily Deschanel), está envolto num pequeno mistério pessoal que vai sendo revelado.
Primeiro, a companheira vai-lhe dizendo que o pode ajudar, no dia em que ele vai ao hospital e não pode ir buscar a filha de ambos.
Os colegas apercebem-se que todas as sextas-feiras ele sai e não diz para onde.
Um dos colegas interroga-o diretamente sobre aquelas saídas...:
- Já sei, vais-te confessar...
Booth é católico. Vem rápida a resposta, tranquila, sem ondas, direta, convicta:
- Não me posso confessar. Não estou casado. Para se confessar é preciso fazer o propósito de não voltar ao mesmo, não voltar a pecar... eu não pretendo separar-me da minha companheira. Damo-nos bem, somos felizes.
A visão é católica, de um crente e certamente de um católico praticante. Pois não acentua, como tanto se vê, mesmo em meios muito católicos, uma impossibilidade derivado ao estado conjugal, mas aceitação de um facto.
Isso não impede de outros compromissos e que dimanam do ser pessoa, cidadão, católico. O mistério vai sendo revelado. Ele prepara uma feira para crianças doentes, cancerosas, com diversas atividades. Fá-lo discretamente, pois assim deve ser a caridade cristã.
A mulher (companheira) revela então a outra colega, que faz um trabalho como voluntário, comprometido com a fé e a comunidade católica, com descrição, com grande generosidade. Não quis que ninguém o soubesse. (É citado um texto bíblico, da Carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 12, 31 – 13, 13): a caridade é benigna, paciente, não se irrita, não é altiva nem orgulhosa... salientando que para ajudar os outros não é preciso badalar o sino...).
Chamou-e a atenção este episódio. Não significa que esteja a recomendar a série, ou a considerá-la uma referência de moral e bons costumes. Mas sublinho o facto de tratarem de um tema sério, delicado, por vezes doloroso, com elevação, e respeito pela vivência e pela fé católica.
O personagem sabe em que condições vive, maritalmente. Sabe o que envolve e que consequências traz para a prática religiosa, mas sabe também que isso não o impede de um compromisso ativo, sério, generoso.
Como lembrou em diversas ocasiões o papa Francisco, a Igreja há de ser um espaço de fé, de testemunho, de acolhimento, de ternura. A questão, no entanto, diz o mesmo, não passa por facilitar ou relaxar as leis e os princípios, mas de encontrar formas (novas) para que ninguém se sinta menos amado, menos acolhido, menos protegido.
Algumas mensagens rápidas do papa Francisco, lidas apressadamente, parecem mostrar que as leis da Igreja vão mudar, de uma hora para a outra. É curioso ver como o Papa Francisco cita Bento XVI para alertar para o relativismo das ideias e convicções como algo que mina a Igreja, e a mensagem do Evangelho, da verdade.
Uma das últimas intervenções do Papa é extraordinária: a Igreja não pode ter fiscais da fé, mas deve ter as portas abertas para todos os que vêm, dando o exemplo de uma mãe solteira que se dirige à paróquia para pedir o batismo do filho, e que encontra um proibição, quanto deveria encontrar acolhimento.
Dá outro exemplo, uma mulher depois da Missa dirige-se a um sacerdote para lhe pedir a bênção. O sacerdote responde que já recebeu a bênção na Missa. Vem outro sacerdote que lhe dá a bênção.
No primeiro exemplo encontramos muitas opiniões. Em todo o caso o Papa não diz nada de novo, a este propósito. A prática nas comunidades cristãs vêm sendo alteradas nesse sentido: o batismo é concedido a todos para quem é solicitado, filhos de pessoas casadas, civil ou catolicamente, solteiras, juntas, recasadas, ainda que as práticas não sejam iguais em todas as paróquias, em algumas, na situação em que os pais da criança podem casar-se pela Igreja, aconselham a batizar por ocasião da Primeira Comunhão dos filhos, ponderando se o que pedem para os filhos não devem pedir também para si próprios, a graça do Sacramento?! Na maioria, no entanto, a opção de batizar sem adiamentos, mas esclarecendo sobre a posição da Igreja. A verdade também é uma forma de acolher.
Voltando à série... Há circunstâncias da vida, e das nossas limitações humanas, que nos permite viver a caminho, apostando não no que nos é proibido, mas no muito que nos é permitido, olhando mais longe. Deus é sempre maior.
A mulher (companheira) revela então a outra colega, que faz um trabalho como voluntário, comprometido com a fé e a comunidade católica, com descrição, com grande generosidade. Não quis que ninguém o soubesse. (É citado um texto bíblico, da Carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 12, 31 – 13, 13): a caridade é benigna, paciente, não se irrita, não é altiva nem orgulhosa... salientando que para ajudar os outros não é preciso badalar o sino...).
Chamou-e a atenção este episódio. Não significa que esteja a recomendar a série, ou a considerá-la uma referência de moral e bons costumes. Mas sublinho o facto de tratarem de um tema sério, delicado, por vezes doloroso, com elevação, e respeito pela vivência e pela fé católica.
O personagem sabe em que condições vive, maritalmente. Sabe o que envolve e que consequências traz para a prática religiosa, mas sabe também que isso não o impede de um compromisso ativo, sério, generoso.
Como lembrou em diversas ocasiões o papa Francisco, a Igreja há de ser um espaço de fé, de testemunho, de acolhimento, de ternura. A questão, no entanto, diz o mesmo, não passa por facilitar ou relaxar as leis e os princípios, mas de encontrar formas (novas) para que ninguém se sinta menos amado, menos acolhido, menos protegido.
Algumas mensagens rápidas do papa Francisco, lidas apressadamente, parecem mostrar que as leis da Igreja vão mudar, de uma hora para a outra. É curioso ver como o Papa Francisco cita Bento XVI para alertar para o relativismo das ideias e convicções como algo que mina a Igreja, e a mensagem do Evangelho, da verdade.
Uma das últimas intervenções do Papa é extraordinária: a Igreja não pode ter fiscais da fé, mas deve ter as portas abertas para todos os que vêm, dando o exemplo de uma mãe solteira que se dirige à paróquia para pedir o batismo do filho, e que encontra um proibição, quanto deveria encontrar acolhimento.
Dá outro exemplo, uma mulher depois da Missa dirige-se a um sacerdote para lhe pedir a bênção. O sacerdote responde que já recebeu a bênção na Missa. Vem outro sacerdote que lhe dá a bênção.
No primeiro exemplo encontramos muitas opiniões. Em todo o caso o Papa não diz nada de novo, a este propósito. A prática nas comunidades cristãs vêm sendo alteradas nesse sentido: o batismo é concedido a todos para quem é solicitado, filhos de pessoas casadas, civil ou catolicamente, solteiras, juntas, recasadas, ainda que as práticas não sejam iguais em todas as paróquias, em algumas, na situação em que os pais da criança podem casar-se pela Igreja, aconselham a batizar por ocasião da Primeira Comunhão dos filhos, ponderando se o que pedem para os filhos não devem pedir também para si próprios, a graça do Sacramento?! Na maioria, no entanto, a opção de batizar sem adiamentos, mas esclarecendo sobre a posição da Igreja. A verdade também é uma forma de acolher.
Voltando à série... Há circunstâncias da vida, e das nossas limitações humanas, que nos permite viver a caminho, apostando não no que nos é proibido, mas no muito que nos é permitido, olhando mais longe. Deus é sempre maior.
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