Nota biográfica:
Nasceu em Alexandria no ano 295; no Concílio de Niceia, acompanhou o bispo Alexandre e foi seu sucessor no episcopado. Lutou incansavelmente contra a heresia dos arianos; por isso teve de suportar muitos sofrimentos e foi exilado várias vezes. Escreveu importantes obras doutrinais e apologéticas. Morreu a 2 de maio do ano de 373.
Bento XVI, nas catequeses das quarta-feiras, nas Audiências Gerais, aproveitou para propor o testemunho de alguns santos, como referência para os dias de hoje. Para o papa emérito, Atanásio foi um "autêntico protagonista da tradição cristã", considerado como "coluna da Igreja", um modelo da ortodoxia, no Oriente e no Ocidente. Foi, sem dúvida, "um dos Padres da Igreja antiga mais importantes e venerados. Mas sobretudo este grande santo é o apaixonado teólogo da encarnação do Logos, o Verbo de Deus, que como diz o prólogo do quarto evangelho 'Se fez carne e veio habitar entre nós' (Jo 1,14)".
Num tempo em que havia diversas correntes teológicas, umas que colocavam em causa a divindade de Jesus, outros a sua humanidade, outros que acentuavam uma das dimensões em favor da outra, Atanásio foi um dos mais importantes adversários da heresia ariana.
Antes de se tornar diácono e secretário do Bispo de Alexandria, Egipto, recebeu uma boa educação cristã e teológica. Participou com o Seu Bispo no Concílio de Niceia. A doutrina ariana defendia que Jesus era como que um Deus criado por Deus, um ser intermediário entre Deus e os homens. Deus permanecia sempre inacessível à humanidade. Os Bispos reunidos em Niceia prepararam o "símbolo da fé", que seria posteriormente completado pelo Concílio de Constantinopla. O termo "consubstancial" clarifica que o Logos, o Filho, é da mesma substância do Pai, é Deus de Deus, e portanto a Sua divindade é assegurada.
Com a morte do Bispo de Alexandria, Alexandre, Atanásio torna-se seu sucessor, tornando-se mais uma vez decidido defensor da ortodoxia, recusando qualquer compromisso ou cedência doutrinal com os arianos. Com interesses políticos também envolvidos, as doutrinas arianas e o próprio Ário foram reabilitados, mais por exigência dos imperadores romanos. Atanásio, por cinco vezes, entre 336 e 366, foi obrigado a abandonar a sua cidade, totalizando 17 anos de exílio e de testemunho da fé. Foi oportunidade para continuar a divulgar e defender o Concílio. Santo Antão tornou-se um forte aliado na defesa de fé de Santo Atanásio. Com o regresso definitivo a Alexandria dedicou-se a pacificar as comunidades cristãs.
A obra mais famosa de Santo Atanásio é o tratado Sobre a encarnação do Verbo, onde se encontra uma afirmação muito conhecida. Diz que "o Verbo de Deus 'se fez homem para que nos tornássemos Deus; Ele fez-se visível no corpo para que tivéssemos a ideia do Pai invisível, e Ele suportou a violência dos homens para que herdássemos a incorruptibilidade' (54,3)".Santo Atanásio defende um Deus acessível, não secundário, mas verdadeiro," através da nossa comunhão com Cristo podemos unir-nos realmente a Deus".
Das suas obras destacam-se as cartas a Serapião, refletindo sobre o Espírito Santo, e os textos meditativos sobre os salmos e, como best-seller, a biografia de Santo Antão (A Vida de Santo Antão), escrita pouco depois da morte deste célebre abade, enquanto Atanásio vivia exilado e junto dos monges do deserto egípcio.
Bento XVI, nas catequeses das quarta-feiras, nas Audiências Gerais, aproveitou para propor o testemunho de alguns santos, como referência para os dias de hoje. Para o papa emérito, Atanásio foi um "autêntico protagonista da tradição cristã", considerado como "coluna da Igreja", um modelo da ortodoxia, no Oriente e no Ocidente. Foi, sem dúvida, "um dos Padres da Igreja antiga mais importantes e venerados. Mas sobretudo este grande santo é o apaixonado teólogo da encarnação do Logos, o Verbo de Deus, que como diz o prólogo do quarto evangelho 'Se fez carne e veio habitar entre nós' (Jo 1,14)".
Num tempo em que havia diversas correntes teológicas, umas que colocavam em causa a divindade de Jesus, outros a sua humanidade, outros que acentuavam uma das dimensões em favor da outra, Atanásio foi um dos mais importantes adversários da heresia ariana.
Antes de se tornar diácono e secretário do Bispo de Alexandria, Egipto, recebeu uma boa educação cristã e teológica. Participou com o Seu Bispo no Concílio de Niceia. A doutrina ariana defendia que Jesus era como que um Deus criado por Deus, um ser intermediário entre Deus e os homens. Deus permanecia sempre inacessível à humanidade. Os Bispos reunidos em Niceia prepararam o "símbolo da fé", que seria posteriormente completado pelo Concílio de Constantinopla. O termo "consubstancial" clarifica que o Logos, o Filho, é da mesma substância do Pai, é Deus de Deus, e portanto a Sua divindade é assegurada.
Com a morte do Bispo de Alexandria, Alexandre, Atanásio torna-se seu sucessor, tornando-se mais uma vez decidido defensor da ortodoxia, recusando qualquer compromisso ou cedência doutrinal com os arianos. Com interesses políticos também envolvidos, as doutrinas arianas e o próprio Ário foram reabilitados, mais por exigência dos imperadores romanos. Atanásio, por cinco vezes, entre 336 e 366, foi obrigado a abandonar a sua cidade, totalizando 17 anos de exílio e de testemunho da fé. Foi oportunidade para continuar a divulgar e defender o Concílio. Santo Antão tornou-se um forte aliado na defesa de fé de Santo Atanásio. Com o regresso definitivo a Alexandria dedicou-se a pacificar as comunidades cristãs.
A obra mais famosa de Santo Atanásio é o tratado Sobre a encarnação do Verbo, onde se encontra uma afirmação muito conhecida. Diz que "o Verbo de Deus 'se fez homem para que nos tornássemos Deus; Ele fez-se visível no corpo para que tivéssemos a ideia do Pai invisível, e Ele suportou a violência dos homens para que herdássemos a incorruptibilidade' (54,3)".Santo Atanásio defende um Deus acessível, não secundário, mas verdadeiro," através da nossa comunhão com Cristo podemos unir-nos realmente a Deus".
Das suas obras destacam-se as cartas a Serapião, refletindo sobre o Espírito Santo, e os textos meditativos sobre os salmos e, como best-seller, a biografia de Santo Antão (A Vida de Santo Antão), escrita pouco depois da morte deste célebre abade, enquanto Atanásio vivia exilado e junto dos monges do deserto egípcio.
Oração de Coleta:
Deus eterno e omnipotente, que suscitastes na Igreja o bispo Santo Atanásio para defender a fé na divindade do vosso Filho, concedei-nos que, auxiliados pela sua doutrina e proteção, possamos conhecer-Vos sempre melhor para Vos amar cada vez mais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Secretariado Nacional da Liturgia.
BENTO XVI, A santidade não passa de moda. Editorial Franciscana. Braga 2010
BENTO XVI, A santidade não passa de moda. Editorial Franciscana. Braga 2010
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