Um dia depois do Natal, um pároco reparou que tinha desaparecido o Menino do presépio da sua igreja. Triste e apreensivo com tamanho abuso e sem saber o que fazer, regressava a casa quando viu um rapazito numa bicicleta. Decidiu perguntar-lhe se tinha visto entrar ou sair alguém da igreja, quando notou que o seu Jesus Pequenino estava no colo do rapaz. Zangado, perguntou-lhe porque tinha feito aquilo, ao que o miúdo respondeu:
- Senhor prior eu pedi uma bicicleta ao Menino e prometi-lhe que se ma desse, o primeiro a dar uma voltinha seria Ele.
Se tivéssemos a fé e gratidão deste miúdo, certamente transportaríamos montanhas.
A mim, esta história dá-me muito que pensar e em momentos de desânimo pego no meu Menino Jesus e não o levo de bicicleta porque não ando, mas agarro-O, beijo-O e levo-O pela cidade, para que veja quantos precisam d’Ele ainda que o neguem. São os que O negam que mais precisam. E quando a solidão dói, terão a certeza de nunca estar sós.
(in Reflexões sobre o tempo pensando na “pessoa humana, coração da paz”
1 de Janeiro de 2007, dia mundial da paz, de Sua Santidade Bento XVI.)
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