Uma velha lenda conta que um ferreiro se queixou ao juiz de que alguém lhe tinha assaltado a loja.
O juiz, para grande surpresa da assistência, ordenou que o castigo fosse dado à porta por ter deixado o ladrão entrar. Esta levaria 10 açoites.
Depois convocou todos os que quisessem assistir, tendo sido acompanhado por uma pequena multidão.
Chegado lá, o juiz encostou o ouvido à porta e disse:
– A porta está a dizer que é injusto castigarem-na porque não foi ela a culpada.
Depois repetiu o gesto de encostar o ouvido e transmitiu, olhando bem para a multidão:
– Ela diz que o ladrão está aqui e é fácil reconhecê-lo, pois ainda tem na cabeça uma teia de aranha do interior da loja.
O juiz, para grande surpresa da assistência, ordenou que o castigo fosse dado à porta por ter deixado o ladrão entrar. Esta levaria 10 açoites.
Depois convocou todos os que quisessem assistir, tendo sido acompanhado por uma pequena multidão.
Chegado lá, o juiz encostou o ouvido à porta e disse:
– A porta está a dizer que é injusto castigarem-na porque não foi ela a culpada.
Depois repetiu o gesto de encostar o ouvido e transmitiu, olhando bem para a multidão:
– Ela diz que o ladrão está aqui e é fácil reconhecê-lo, pois ainda tem na cabeça uma teia de aranha do interior da loja.
Imediatamente a atenção do juiz recaiu sobre alguém, no meio da assistência, que levou a mão à cabeça numa tentativa de limpar a "teia".
Era o ladrão.
Uma lenda não significa que algo ocorreu, mas esta veicula uma verdade universal - não existe crime perfeito.
Então, o mais seguro é fazer aquilo que realmente está correto e pensar que a nossa liberdade acaba onde começa a liberdade do próximo.
Uma lenda não significa que algo ocorreu, mas esta veicula uma verdade universal - não existe crime perfeito.
Então, o mais seguro é fazer aquilo que realmente está correto e pensar que a nossa liberdade acaba onde começa a liberdade do próximo.
Mónica Aleixo, in Voz Jovem, n.º 114 Novembro 2009.
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