“Que desafios as culturas juvenis colocam à Igreja?”
Inspirada pelas palavras de Bento XVI sou devolvida à pergunta com a certeza de um ponto de partida: Existem inúmeras e cada vez mais culturas juvenis. São uma pluralidade de existências e urgem por se fazer ouvir e respeitar. Somos todos muito diferentes mas somos paralelamente diferentes, igualmente descobridores do mundo, do saber, da beleza, do ser-se mais. Acresce a dificuldade de apaziguar, compreender e responder, proporcionalmente ao crescimento da diversidade, da criatividade e de um mundo “multiverso”. Os desafios surgem como consequência da corrente deste Rio que corre veloz mas nem sempre para a mesma foz.
Inspirada pelas palavras de Bento XVI sou devolvida à pergunta com a certeza de um ponto de partida: Existem inúmeras e cada vez mais culturas juvenis. São uma pluralidade de existências e urgem por se fazer ouvir e respeitar. Somos todos muito diferentes mas somos paralelamente diferentes, igualmente descobridores do mundo, do saber, da beleza, do ser-se mais. Acresce a dificuldade de apaziguar, compreender e responder, proporcionalmente ao crescimento da diversidade, da criatividade e de um mundo “multiverso”. Os desafios surgem como consequência da corrente deste Rio que corre veloz mas nem sempre para a mesma foz.
Desafiar alguém a escutar é como ser a cigarra que manda a formiga trabalhar mas na verdade esse é um ponto fundamental do começo. Ouvir todas estas vozes que sonham, que duvidam, que propõem. Conhecer através dos testemunhos, as culturas juvenis que o mundo tem hoje. Na verdade temos de nos ouvir uns aos outros pois a Igreja vem de dentro.
O respeito pela diferença tem também um papel central na construção de condições para a aproximação dos jovens à sua experiência espiritual pois estas podem ser distintas mas igualmente frutificantes.
Assim podemos desconstruir as turvas visões e recrear junto dos mestres do nosso tempo, um caminho livre, de bem e de verdade.
Ouvindo e aceitando, voltamo-nos para um centro.
O centro está no início. É esse, para mim, o grande desafio: Voltar ao início. Desfazer algumas heras que vão nascendo com o tempo e que se atam às nossas sandálias com calma, crescendo silenciosas e acomodando o andar. Essas que com o tempo nos impedem de contemplar o caminhar e saber aonde vamos.
Em acréscimo, vivemos hoje num tempo de crise económica, de valores, de sonhos. É preciso voltar ao entusiasmo da simplicidade do início: Jesus. Voltar a uma proposta concreta, exigente mas entusiasmante, inspiradora, que a todos aceita e que a todos toca. Uma proposta que assenta nos valores básicos de humanidade, do respeito mútuo e da paz.
Essa proposta de mudança que começamos também agora a testemunhar com o Papa Francisco, que me enche de esperança, que sugere uma atualidade numa Igreja para todos.
Que os desafios que as culturas juvenis colocam à igreja sejam também desafios colocados às culturas juvenis.
Este texto integra o número 19 do "Observatório da Cultura" (abril 2013).
Carminho
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