“O ser humano não chega verdadeiramente a si
próprio por meio daquilo que faz, mas sim por meio daquilo que recebe. Ele
precisa aguardar o dom do amor, pois só o amor pode ser recebido como dom. Não
se pode «produzi-lo» sem a participação do outro; é necessário esperar que o
outro nos dê amor. E só existe uma maneira de alguém se tornar totalmente um
ser humano: ser amado, permitir que se seja amado. O facto de o amor ser a maior
possibilidade e a mais profunda necessidade do ser humano e de essa condição mais
necessária ser ao mesmo tempo a mais livre e incoercível significa que o ser
humano depende de um recebimento pata ser «salvo». Quando se recusa a receber
esse dom, destrói-se a si próprio”.
“Quando Deus Se revelou, quando Deus quis mostrar quem era, manifestou-Se como amor, carinho, despojamento de Si próprio, agrado infinito no outro. Afeto, dependência. Deus mostra-Se obediente, obediente até à morte”.
in Introdução ao Cristianismo, p 194.
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