A Alegria do Evangelho centra-se na Pessoa de Jesus.
Somos cristãos a partir do encontro pessoal e libertador com Jesus Cristo.
Fomos batizados, na água e no Espírito Santo, a maioria de nós, quando ainda não sabíamos o que era a vida ou a fé, ou quem era Jesus. Fomos-Lhe apresentados e oferecidos, para ficarmos ao cuidado do Seu amor e da Sua bênção. Pelo batismo, os nossos pais e padrinhos e a comunidade crente assumiram a missão de nos educar na fé cristã, para amarmos a Deus e ao próximo como Ele nos ensinou. Tornámo-nos Corpo de Cristo, Ele a Cabeça, nós os membros. Pedras vivas do templo do Senhor que é a Igreja, novo Povo de Deus, convocado pela Palavra e pelos Sacramentos que nos sintonizam e agrafam com o mistério da morte e ressurreição de Jesus.
A nossa infância foi validando, no ambiente familiar e na ligação à comunidade paroquial, a descoberta de Jesus, com fórmulas, orações, e as muitas histórias de Jesus e sobre Jesus.
Quando termina o ano de catequese, em muitas das nossas comunidades paroquiais, voltam as inquietações e o tempo de avaliar o trabalho realizado. Será que conseguimos semear nas crianças e nos adolescentes o desejo de se encontrarem com Jesus? E nós, já nos encontrámos pessoalmente com Ele? Como vivemos e testemunhamos a nossa fé? Doutrinamos ou provocamos a procura de um Deus Misericordioso que Se envolve com a nossa história, com as nossas alegrias e tristezas, comprometendo-nos com os outros, na luta pela justiça, agindo solidariamente? Jesus vive entre nós? Sentimo-l’O no dia-a-dia das nossas escolhas? Ou ficou no passado da nossa história?
Em Lisboa, no Terreiro do Paço, a 11 de maio, o Papa Bento XVI sublinhava que "o Ressuscitado oferece-Se vivo e operante, por nós, no hoje da Igreja e do mundo. Esta é a nossa grande alegria. No rio vivo da Tradição eclesial, Cristo não está a dois mil anos de distância, mas está realmente presente entre nós e dá-nos a Verdade, dá-nos a luz que nos faz viver e encontrar a estrada para o futuro... Para isso é preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano. A ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa poderá jamais destruir a Igreja".
Publicado na Voz de Lamego, n.º 4368, de 21 de junho de 2016
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