Disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo». Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus (Jo 5, 17-30).
É esta a resposta de Jesus àqueles que contestam as curas realizadas ao Sábado. Há-de servir de motivo para perseguir Jesus, mas é uma boa notícia para todos aqueles que esperam a salvação. Com efeito, os prodígios realizados por Jesus são sinal e expressão da presença de Deus entre nós e de que a salvação já está a operar-se no mundo.
Por um lado, a contestação a Jesus é sobretudo uma questão de inveja, de ciúme, e de medo de perda da influência, por parte das classes dirigentes, perante o povo, uma multidão faminta de pão e de sentido de vida.
Por outro, a confiança em Deus que não dorme. Mesmo quando e onde pensamos que vence o mal e os maus, Jesus diz-nos que Deus não dorme, trabalha o tempo todo, incessantemente, o bem há-de vencer, e com o bem a vida, a vitória sobre a morte, o sofrimento e o mal.
Além disso, e como temos vindo a referir, não há tempos errados ou proibidos para fazer o bem. Na verdade, é sempre hora para a prática da justiça, da caridade, do acolhimento. Para fazer o mal, todos os tempos são desperdício.
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