"O comandante do templo e os guardas trouxeram os Apóstolos e fizeram-nos comparecer diante do Sinédrio. O sumo sacerdote interpelou-os, dizendo: «Já vos proibimos formalmente de ensinar em nome de Jesus; e vós encheis Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem». Pedro e os Apóstolos responderam: «Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens. O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós destes a morte, suspendendo-O no madeiro. Deus exaltou-O pelo seu poder, como Chefe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e o perdão dos pecados. E nós somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo que Deus tem concedido àqueles que Lhe obedecem». Exasperados com esta resposta, decidiram dar-lhes a morte" (Atos 5, 27-33).
Pedro e os demais Apóstolos começa a ver cumpridas as palavras de Jesus. O discípulo não é mais que o Mestre. Se perseguem o Mestre também perseguirão o discípulo. salvar-se-á quem persistir até ao fim. Contudo uma certeza essencial: Eu venci o mundo, não temais, estarei convosco até ao fim dos tempos.
Perante a ameaça das autoridades do templo, agora sim, a firmeza de Pedro e dos Apóstolos: "Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens". Esta afirmação contrapõe àquela que Jesus tinha referido a Pedro: pensas mais nas coisas humanas e terrenas do que na vontade do Pai que estás nos céus. Finalmente, com a morte e ressurreição de Jesus, Pedro (e os outros apóstolos) compreende o que Jesus lhe queria dizer. Por vezes o caminho da verdade e do bem exige sacrifícios, podendo mesmo levar à morte.
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