... Uma pessoa diz: «Eu sou assim e os outros que se aguentem, porque não há nada a fazer», está a demitir-se de ser pessoa, a desresponsabilizar-se. E o pior é que muitas vezes pode acrescentar a frase terrível: «E cá sou muito sincero, aquilo que tenho a dizer digo! Não me venham cá com coisas, esteja quem estiver, eu digo o que tenho a dizer!»...
Há quem lhe chame sinceridade. Mas isso nada tem a ver com sinceridade! Será uma descarga emocional. Será tratar as outras pessoas como se fossem um caixote de lixo. Será dizer o que lhe vem à cabeça. E os outros que se aguentem.
Ora, insto não é ser sincero! É ser descontrolado, para não dizer malcriado!
Só sou sincero se atendo à pessoa a quem me dirijo!
... E já nem falo das pessoas que, depois de «desbobinar» tudo, declaram: «Mas ao menos disse tudo o que tinha a dizer, ao menos aproveitei a ocasião para...» Isso, então, é inqualificável.... Além de ser um comportamento próprio de adolescentes, é ridículo. Faz lembrar aqueles miúdos que dizem uns aos outros: «Eu sou mais forte do que tu e o meu pai é polícia! Ganhei!» Francamente...
Laurinda Alves e Alberto Brito, sj. Ouvir, Falar, Amar.
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