Somos chamados a contemplar o mistério de Deus e do Homem, no mais devastador dos silêncios que o mundo conheceu. Com a sua morte, Jesus desceu a abraçar todos os silêncios, mesmo aqueles abissais, mesmo aqueles longínquos, para dizer a vida como possibilidade de infinito. Ele abraçou este tempo amassado entre derrotas e esperanças, entre tentações, naufrágios e recomeços que é a nossa existência. Ele abraçou o silêncio dos nossos impasses, daquilo que em nós é omitido; o silêncio desta sôfrega indefinição que somos entre já e ainda não.
Pe. José Tolentino de Mendonça, Pai-nosso que estais na terra.
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