No oitavo dia da novena, o Pe. Ricardo, seguindo os mistérios da vida de Maria e de Jesus, guiou-nos às Bodas de Canaã. Maria e Jesus são convidados. Vão em dois grupos separados. Não confundir Nossa Senhora com Jesus, nem colocar Maria no lugar de Deus. Maria, é a mais perfeita das criaturas, mas não é Deus. Só Deus é Deus e só Ele deverá ser adorado como tal.
Jesus, como em Jerusalém, vai onde nós estamos, percorre os nossos caminhos, a nossa vida, em todas as artérias, em todas as circunstâncias. A história de Maria com Jesus é também a nossa história. Ele vem às nossas festas, ao nosso dia a dia.
Às tantas Maria apercebe-se que os noivos não têm um elemento fundamental para a festa. Como não perceber aqui a nossa vida. Tudo nos corre de feição de repente, sem que não o fizesse prever, alguma coisa nos acontece, uma doença, uma dificuldade, a morte de alguém, um braço partido e tudo se desmorona.
Maria fala discretamente a Jesus, sussurra-lhe ao ouvido. Não pede, ou não exige. Deixa ao discernimento de Jesus. Quantas vezes a nossa oração é sobretudo para que Deus faça o que nós queremos e não o que Ele quer para nós. É preciso pedirmos, mas Deus bem sabe do que precisamos.
Maria confia em Jesus, confia em Deus: fazei o que Ele vos disser. Jesus parece resmungar, mas atende ao pedido de Maria, Sua Mãe.
As talhas de água podem ser comparadas à nossa vida. Somos talhas, que é preciso encher de água e deixar que Deus a transforme em vinho, em vida.
A este propósito uma pequena estória: um mestre que levou vários discípulos a sua casa. Quando chegou disse-lhes para escolherem um chávena de entre a enorme coleção de chávenas que se encontravam na sala. Foi fazer um chocolate quente, e viu a confusão na escolha das chávenas, como se estas pudessem alterar o conteúdo ou o sabor, ou a textura do chocolate. Assim é connosco. Assim aquelas talhas. Água ou vinho, a alteração está no interior, está em Deus, e na nossa ligação a Deus. Por outro lado, as talhas, as chávenas são as coisas que temos, que em nada alteram o que somos. precisamos de bem materiais, mas o importante é o que somos cá por dentro. E de facto aquele vinho levado aos noivos é excelente.
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