FREI CLODOVIS BOFF, OSM, (2015). O quotidiano de Maria de Nazaré. Prior Velho: Paulinas Editora. 136 páginas.
Os Evangelhos centram-se em Jesus e sobretudo no processo da Sua condenação e morte na Cruz, sob a luz das aparições do Ressuscitado, alargando depois para a vida pública, com algumas incursões na Sua infância (São Mateus e São Lucas), ou na fundamentação teológica para O situar como Filho encarnado de Deus (São João).
A preocupação primeira dos evangelistas foi preservar as palavras e os acontecimentos vividos por Jesus, com a participação dos discípulos e com a experiência das comunidades cristãos, depois da Ressurreição. Não têm nem o cuidado nem a preocupação de escrever uma biografia completa da vida de Jesus, desde o nascimento à morte.
A preocupação primeira dos evangelistas foi preservar as palavras e os acontecimentos vividos por Jesus, com a participação dos discípulos e com a experiência das comunidades cristãos, depois da Ressurreição. Não têm nem o cuidado nem a preocupação de escrever uma biografia completa da vida de Jesus, desde o nascimento à morte.
Com o passar dos anos, muitos sentiram a necessidade de preencher algumas lacunas. Os evangelhos apócrifos respondem a esta e a outras interrogações. Mesmo que sejam posteriores aos Evangelhos canónicos, e alguns com muitas fantasias, permitem comprovar dados, relacionar com o contexto, com a história da época.
O "Quotidiano de Maria de Nazaré" é um texto belíssimo que nos traz a vida de Nossa Senhora, inserida na família e na cultura, naquele povo e naquele tempo, a vivência simples, pobre, dedicada, com as dificuldades mas também da solidariedade das famílias na pequena cidade de Nazaré. Acompanhamos Maria da infância, ao compromisso matrimonial com São José, o nascimento e crescimento de Jesus, a morte de São José, a vida pública de Jesus e os problemas vividos então, a morte de Jesus. Maria familiariza-nos com Jesus, parentes e amigos.
Com os dados dos Evangelhos, dos evangelho apócrifos, de autores judeus e romanos da época, servindo-se também de descobertas recentes, recorrendo à arqueologia, à cultura, às vivências em outras cidades vizinhas, é possível aproximar-nos da vida de Maria e com Ela sentirmo-nos ainda mais próximos de Jesus. Ele não caiu do céu aos trambolhões, ousou tomar a nossa carne e ser Um entre nós.
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