A liturgia da Palavra deste dia faz-nos perceber a proximidade de Jesus, como Bom Pastor, que acompanha o seu rebanho em todas as circunstâncias, também na perseguição.
Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do templo. Era inverno e Jesus passeava no templo, sob o Pórtico de Salomão. Então os judeus rodearam-n’O e disseram: «Até quando nos vais trazer em suspenso? Se és o Messias, diz- nos claramente». Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não acreditais. As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim. Mas vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só» (Jo 10, 22-30).
Poderíamos considerar esta a semana do BOM PASTOR. O 4.º Domingo da Páscoa, Dia Mundial de Oração pelas Vocações, é o conhecido como Domingo do Bom Pastor, mas que se estende pela semana fora, mormente na proposta do Evangelho em que se aprofunda a temática de Jesus como Bom Pastor, como a Porta do aprisco pela qual entram as ovelhas.
As palavras de Jesus revelam o amor e o cuidado de Deus por cada um de nós. Eu conheço as minhas ovelhas, e elas conhecem-me. Dou-lhes a vida eterna. Venho para que tenham vida e vida em abundância. Para que nenhuma se perca. Eu e o Pai somos UM. Que haja um só rebanho e um só pastor. Unidade e comunhão. Vida nova. Vida com qualidade. São expressões que deixam transparecer a proximidade de Deus através de Jesus Cristo.
Na primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos, acompanhamos a dispersão do rebanho e que se deve (sobretudo) a perseguição à comunidade de Jerusalém. Oportunidade para anunciar o Evangelho em outras localidades, dando testemunho acerca de Jesus Cristo, morto e ressuscitado.
Os irmãos que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada pelo caso de Estêvão, caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia. Mas anunciavam a palavra apenas aos judeus. Houve, contudo, entre eles alguns homens de Chipre e de Cirene, que, ao chegarem a Antioquia, começaram a falar também aos gregos, anunciando-lhes o Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles e foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor. A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém e mandaram Barnabé a Antioquia. Quando este chegou e viu a ação da graça de Deus, encheu-se de alegria e exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração sincero; era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão aderiu ao Senhor. Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia. Passaram juntos nesta Igreja um ano inteiro e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, se deu aos discípulos o nome de «cristãos» (Atos 11, 19-26).
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