SHERYL SANDBERG (2014). Faça acontecer. Mulheres, trabalho e vontade de liderar. Barcarena: Editorial Presença. 288 páginas.
Depois de ter lido e sugerido o livro da autora - OPÇÃO B, em colaboração com o psicólogo Adam Grant, sobre a morte do marido e como enfrentar, com os filhos, a dor, fazer o luto, enquadrar-se com a vida na família e no trabalho, nos eventos sociais e culturais, como resistir diante do sofrimento e caminhar em frente com as memórias, com a presença de quem já partiu, com as novas possibilidades que se colocam -, procurei adquirir e ler uma primeira obra. Quando se lê um autor com muito é normal que se procurem ler outros livros e/ou títulos.
A número 2 da Facebook, neste primeiro livro aborda a liderança, sobretudo a liderança no feminino. O seu feminismo é saudável, pois não se trata de denegrir lideranças masculinas para impor as femininas, mas de lutar para que homens e mulheres possam escolher, com as mesmas possibilidades, não tanto por serem homens ou mulheres mas por serem competentes. Pelo meio vai sublinhando o que já se conseguiu e como algumas leis foram necessárias para "obrigar" a alguns equilíbrios, ainda que, também aqui, empresas, associações, entidades públicas e privadas não tivessem necessidade de cumprir leis mas que naturalmente criassem as condições para homens e mulheres se baterem em pé de igualdade.
A autora mostra o caminho feito, mas um grande caminho a percorrer, desafiando as mulheres a sentar-se à mesa, a levantar o dedo, a não baixar o braço, a "exigir" como os homens aquilo a que têm direito. Por exemplo, na Google, onde trabalhou verificou que antes dela não havia casas de banho para Senhoras porque nunca fora necessário... por outro lado solicitou que houvesse lugares de estacionamento para grávidas, para facilitar a chegada ao local de trabalho... são pequenos aspetos mas que podem ajudar a equilibrar...
Ao longo do livro, a autora lembra que é necessário relembrar e assumir as descriminações tendo em conta o género, mas também como, por vezes, são as mulheres precisamente a boicotar o acesso de outras a lugares de liderança, pensando que ao ajudarem-se poderiam estar a desistir de alguma promoção, pois se há para uma pode não haver para outro. Recorda que empresas onde existem lideranças femininas também há mais possibilidades de outras mulheres serem promovidas.
Uma dicotomia que pode ser conjugada: boas mães e excelentes profissionais, fazer escolhas, optando por ser "apenas" Mãe, ou uma profissional dedicada, capaz de progredir na carreira. A autora defende a opção, sublinhando que uma boa profissional pode ser também uma excelente Mãe.
Sheryl Sandberg não esconde as condições em que vive, nomeadamente quanto à condição económica, social e cultural, que lhe permite ter mais segurança para algumas escolhas, mas ao mesmo tempo mostra como lutou para conquistar o seu lugar. Serve-se de muitos exemplos, de mulheres e de homens cuja liderança são inspiradoras, mostra como na Google ou na Facebook trabalham em equipa, com a flexibilidade para ajustar horários e se ajustarem uns aos outros, a abertura à crítica e a disponibilidade para sublinhar os sucessos e de os integrar, venham debaixo ou de cima. O próprio líder da Facebook, ou a autora, promovem as sugestões, as críticas para melhorar quer a relação entre todos os que ali trabalham ou noutras filiais, bem como a expansão da própria aplicação-empresa.
Vale a pena ver ou rever a conferência TED (as legendas em português podem ser colocadas acedendo às definições na parte inferior do vídeo)
Uma dicotomia que pode ser conjugada: boas mães e excelentes profissionais, fazer escolhas, optando por ser "apenas" Mãe, ou uma profissional dedicada, capaz de progredir na carreira. A autora defende a opção, sublinhando que uma boa profissional pode ser também uma excelente Mãe.
Sheryl Sandberg não esconde as condições em que vive, nomeadamente quanto à condição económica, social e cultural, que lhe permite ter mais segurança para algumas escolhas, mas ao mesmo tempo mostra como lutou para conquistar o seu lugar. Serve-se de muitos exemplos, de mulheres e de homens cuja liderança são inspiradoras, mostra como na Google ou na Facebook trabalham em equipa, com a flexibilidade para ajustar horários e se ajustarem uns aos outros, a abertura à crítica e a disponibilidade para sublinhar os sucessos e de os integrar, venham debaixo ou de cima. O próprio líder da Facebook, ou a autora, promovem as sugestões, as críticas para melhorar quer a relação entre todos os que ali trabalham ou noutras filiais, bem como a expansão da própria aplicação-empresa.
Vale a pena ver ou rever a conferência TED (as legendas em português podem ser colocadas acedendo às definições na parte inferior do vídeo)
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