Jacob havia perdido a noção da distância que percorrera. Não tinha, igualmente, uma ideia clara onde encontrar o povo de sua mãe.
Encontrou, então, alguns pastores que estavam a acercar-se de um poço para poderem arranjar água para as suas ovelhas. “Será que por acaso alguma vez ouviram falar de um homem chamado Labão?” – perguntou ele.
“Sim, ouvimos, sem dúvida” – responderam eles. “Ele é da mesma aldeia que nós. Olhai, aquela é a sua filha Raquel, que leva as suas ovelhas para o poço.”
Jacob, que mal podia acreditar na sua sorte, correu a cumprimentar a rapariga e começou a chorar de alívio e alegria. “Sou teu primo” – disse ele. “Sou o filho de Rebeca. Voltei… para casa! Talvez possa fazer parte da família.”
Ela riu timidamente. Raquel era linda e correu a contar ao seu pai. Labão ficou encantado por ver o sobrinho. Jacob ficou um mês inteiro como convidado. “Podes ficar de muito bom grado” – disse Labão, – “mas não deves trabalhar para mim gratuitamente. O que te posso dar que aceites como pagamento?”
Jacob suspirou. “Trabalharei durante sete anos se me deixares casar com Raquel” – disse ele.
Labão riu. “Gosto do acordo” – disse ele. “Gosto muito do acordo. Espero que não consideres a espera demasiado longa.”
Jacob não achou. Pareceu-lhe que o tempo tinha voado. Ao fim de sete anos, Labão organizou um banquete de casamento. A noiva, envolta em joias e véus, quando a noite caiu, foi levada por Labão a Jacob, o qual fez dela sua mulher.
Mónica Aleixo, in Boletim Voz Jovem, janeiro 2012
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